CAPÍTULO 80

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O tempo estava se tornando cada vez mais úmido e frio, pela cor escura e nem um pouco convidativa das nuvens, em breve estaríamos todos molhados e no meio de uma chuva de grande porte

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O tempo estava se tornando cada vez mais úmido e frio, pela cor escura e nem um pouco convidativa das nuvens, em breve estaríamos todos molhados e no meio de uma chuva de grande porte. O casaco leve que estava usando não estava dando mais conta de me esquentar, Luana também não estava lidando bem com a situação. Nenhum de nós esperávamos cair de cabeça em uma busca no meio do anoitecer.

– Esse lugar fica tão longe assim? – Luana perguntou apertando o tecido do casaco contra o corpo. – Não vamos conseguir chegar no ritmo que estamos.

Ela estava certa.

– Eu sei, mas mesmo assim eu sinto que devemos continuar. – Insisti a abraçando, tentando aquecê-la de alguma maneira. – Você deveria ter ficado em casa, seu corpo é sensível a friagem. Não quero que fiquei doente de novo.

– Eu estou bem. – Luana retrucou, mas era nítido que não estava. – Clarisse está perdida nesse lugar, toda ajuda é necessária.

– Espero que não tenha me enganado. – Falei preocupado. – Arrastei todos vocês aqui nesse lugar, sem nem mesmo ter pedido ajuda.

– Isso foi um pouco precipitado. – Luana concordou se aconchegando contra o meu corpo.

– Isso foi burrice! – Theo retrucou se aproximando, trazendo consigo uma Letícia ofegante e vermelha pelo frio. – Provavelmente estamos tão perdidos, quanto ela.

– Não estamos perdidos, na verdade já estamos perto do parque. – Retruquei irritado, não gostava quando alguém me contrariava, principalmente quando esse alguém era o Theo.

– Assim espero, estou congelando nesse frio. – Letícia reclamou esfregando as mãos. – Não estou sentindo mais os meus dedos dos pés.

– Todos nós estamos com frio. – Luana respondeu em tom irônico.

Pelo visto o ânimo deles estavam visivelmente exaltados.

– Se acalmem, ok? – Falei tentando evitar uma discussão desnecessária. – Estamos quase chegando, só falta mais alguns passos até o nosso destino.

– Você sabe o que está fazendo, não é? – Theo perguntou diretamente para mim. – Ela pode já ter voltado para casa há muito tempo, Clarisse é muito temperamental quando quer.

– Se isso tivesse acontecido, alguém teria nos ligado. – Respondi o óbvio.

– Se tivéssemos sinal no celular para isso. – Letícia retrucou visivelmente cansada. – Estamos praticamente isolados do mundo, igual em um filme de terror clichê.

Por isso eu não estava esperando. Peguei o meu celular e verifiquei, realmente estávamos isolados e sem qualquer contato com alguém fora desse lugar. Tentei ligar para a minha mãe, mas todas as vezes caiu na caixa postal.

– Minha mãe vai me matar. – Declarei guardando o meu celular.

– Que pena, pensei que ainda poderia comer alguns daqueles biscoitos deliciosos, que ela faz nessa época. – Theo falou me ignorando. – Não creio que ela os faça em enterros.

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