Letícia já havia vivenciando momentos bem constrangedores no decorrer de sua vida, afinal passar vergonha ou raiva era algo que estava entranhado em seu sangue desde o nascimento, não havia muita coisa a fazer contra isso, porém nada se comparava ao que estava acontecendo agora.
Meu ex-melhor amigo e antigo caso romântico com tendências psicóticas estava andando ao meu lado, como se estivéssemos ainda na época colégio, quando ainda saiamos juntos para irmos ao nosso esconderijo secreto, o único lugar da cidade que possuía um lago só para nós.
Pensando dessa maneira, nem parece que estamos procurando Clarisse, que por incrível que pareça havia sumido no pior momento do mundo, ela podia ter esperado por uma tarde mais quente, facilitaria muito as buscas.
– Nada contra esse seu jeito observador, porém encarar uma pessoa por mais de dois minutos é esquisito. – Theo falou se virando para me encarar de maneira abrupta.
– Pensei que não estivesse me notando. – Falei um pouco sem jeito.
– Saiba que também não estou confortável com essa situação, vocês me arrastaram para essa busca. – Theo retrucou visivelmente incomodado. – Não queria estar aqui, mas sei que você provavelmente me denunciaria na polícia caso não viesse.
– Você é um suspeito bem provável, já que estava sempre ao lado dela. – Expliquei chutando uma pequena pedra que atrapalhava o meu caminho.
Theo sorriu.
– Ainda bem que você desistiu da carreira de detetive, você é péssima nisso.
– Eu não sou tão ruim. – Retruquei fingindo estar ofendida com a crítica.
– Só o suficiente para levar um inocente para a cadeia.
– Tudo bem, me desculpe. – Falei me dando por vencida.
– Não precisa se desculpar, sei que não sou um bom exemplo a ser seguido. – Theo falou dando de ombros, sem dar muita importância ao assunto. – Na verdade, sou eu que está te devendo um pedido de desculpas.
– Um pedido de desculpas? Para mim? – Perguntei perplexa.
Theo fingiu não notar a minha surpresa.
– Não foi nenhum pouco legal o modo como falei com você naquele dia, eu te tratei de uma maneira indigna e não me orgulho nem um pouco do que fiz. – Theo explicou ao notar a minha confusão, mas aos poucos me recordei das palavras nenhum pouco legais que ele me falou no nosso reencontro. – Fui um idiota machista.
– Sim, você foi. – Concordei. – Porém, isso não importa mais. Você está desculpado, só espero que isso não se repita com nenhuma outra garota.
– Às vezes eu exagero quando estou irritado, mas isso não justifica as minhas ações vergonhosas. – Theo continuou desviando o olhar. – Eu só quero dizer que apesar do que eu falei e do meu amor platônico pelo Jason, foi especial o que aconteceu entre a gente naquela festa.
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Querido Diário De Outono | Amor Em Estações Livro II
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