Carol e Sam empacotavam suas coisas nas grandes caixas que haviam ali, finalmente dariam adeus a aquele minúsculo quarto.
- Vou por essas caixas no carro e volto para ajudar você. - o pai da garota diz e desce com três caixas.
O celular de Carol começa a tocar em seu bolso e ela atende assim que vê o nome de Changbin na tela.
- Carol? Tudo bem? - ele diz
- Sim, estou arrumando algumas coisas, aconteceu algo?
- Preciso que você fique calma e me escute... - Changbin suspira.
Enquanto o rapaz lhe explicava o que havia acontecido pelo telefone, tudo em sua volta parecia estar desmoronando, as paredes perdiam a cor e o chão se desfazia em cinzas. As lágrimas começam a rolar por seu rosto e a garota entra definitivamente em pânico.
Minho havia tido uma overdose depois de injetar uma alta quantidade de heroína.
...
Alguns anos antes
- Mamãe, pode pedir ao Changbin parar de fazer tanto barulho?
- Tá tudo bem querido, ele está se divertindo com os amigos não precisa se estressar ok? - O garoto de dezesseis anos suspira se dando por vencido. - Eu vou trabalhar ok? Cuide da casa quando seu irmão sair.
- Pode deixar.
Meio hora depois que sua mãe saiu para trabalhar Changbin saiu também, finalmente Minho teria um pouco de paz naquele lugar. Ele faz dois mistos quentes com achocolatado e leva para o seu quarto no segundo andar. O filme máquina mortífera passava em sua televisão e o garoto estava tão concentrado que nem ouviu o seu pai chegar em casa.
Quando o seu achocolatado acaba ainda havia sobrado um misto então ele decide sair para fazer outro. O garoto abriu a porta do seu quarto e ouviu alguns sons estranho vindo do quarto de seus pais, ele anda na ponta dos pés para saber o que era já que sua curiosidade falava mais alto do que tudo. Ele empurra a porta de vagar e consegue ver o seu pai com uma mulher que não era sua mãe, a porta velha faz barulho e o homem pode ver o seu filho com o rosto molhado pelas lágrimas que caiam.
Ele tentou de todos os jeitos convencer o garoto a não contar nada para sua mãe mas era inevitável, Minho era completamente leal a ela. Quando sua mãe chegou do trabalho percebeu Minho quieto em seu quarto, ela vai até o mesmo e senta ao lado do garoto.
- Preciso lhe contar uma coisa mamãe. - ele respira fundo e o seu pai entra no quarto.
- Minho por favor... - ele suplica.
- Papai estava com outra mulher no quarto. - Ele solta e sua mãe arregala os olhos surpreendida, sabia que o seu filho nunca mentiria para ela.
- Querida não é verdade, ele se enganou. - o velho tenta.
- Não chame meu filho de mentiroso! - No fundo a senhora já sentia que havia algo errado com seu marido mas queria que tivesse descoberto sozinha, Minho era muito novo para passar por algo assim.
Ela vai para o seu quarto e arruma suas roupas dentro da mala grande que ali havia enquanto Minho assistia o seu pai implorando para ela ficar.
- Mamãe, você vai me deixar? - Minho pergunta quando vê a mulher quase saindo de casa.
- Não posso levar você comigo querido, me perdoe... - Ela sai de casa sem olhar para trás e Minho soluçava de tanto chorar.
Na mesma noite, seu pai bebeu quase tudo de sua adega. Com o álcool fazendo efeito em sua cabeça, ele seguiu até o quarto do garoto que ainda chorava pela sua mãe e tirou o cinto de sua calça. O menino encolheu-se no canto da cama encostada na parede assim que viu o homem com uma aparência deplorável se aproximar.
- É culpa sua! - ele diz - É tudo sua culpa!
Minho aterrorizado pula da cama e tanta passar pelo homem em sua frente mas o mesmo lhe segura pelo braço e bate o cinto contra a sua pele pálida deixando uma enorme marca roxa. Quem dera aquilo tivesse terminado ali... Changbin assim que chega em casa e ouve os gritos de dor do seu irmão pequeno corre para ver o que era.
Ele segura a mão do seu pai e retira o cinto do mesmo.
- O que está fazendo? - ele grita.
- Seu irmão estragou a nossa família. - o velho diz e sai cambaleando para fora do quarto.
O mais velho se ajoelha em frente ao irmão e observa as enormes marcas em seu corpo, se tivesse em casa nada daquilo teria acontecido. Minho carregou essas marcas até sua vida adulta e não conseguiu lidar com isso sozinho, o trauma era muito maior do que aparentava.
E assim na esperança de lidar com a dor veio o primeiro cigarro de maconha. Ele se sentia tão bem todas as vezes em que estava alucinado, podia ver sua família feliz mais uma vez e isso era tudo.
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refuge - lee know - stray kids
Fanfiction"Não há toque ou sentimento, prazer ou dor qualquer coisa como a forma como você está correndo em minhas veias. " [plágio é crime] NÃO PERMITO ADAPTAÇÕES #1 em skz #1 em leeminho #1 em juvenil #2 em leeknow #3 em juventude