Capítulo 06

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Os três estavam sentados na mesa tomando os seus sorvetes, Carol e Sam conversavam sobre como Changbin era um tremendo cavalheiro o que deixou Minho extremamente zangado. Ele joga sua casquinha de sorvete no chão e em seguida sai andando pisando forte.

- O que aconteceu? - Sam se questiona ao olhar a casquinha de sorvete no chão.

- Nada surpreendente, sabia que ele disse que me odeia?

- Até eu odiaria você se não fosse sua amiga Caroline. - Ela diz rindo e deixando sua amiga com a feição sem emoção.

No final das aulas, quando Carol e Sam já estavam no dormitório, a ideia de visitar a casa de Changbin veio em sua mente, sempre é ele quem tem iniciativa e isso parecia frustrante para ela.

- Rápido me ajuda a escolher uma roupa! - Carol diz e Sam arregala os olhos.

- Pera, onde você vai?

- Na casa do binnie. - disse revirando a sua pequena comoda.

- Binnie? Deu um apelido para ele... - Ela sorrir maliciosa.

Carol estava de vestido novamente e seus tênis favoritos nos pés, ela caminhou até a casa de Changbin com receio, e se não fosse uma boa ideia ir sem avisar?

Já era tarde para voltar atrás quando avistou a casa do rapaz. Ela para em frente à sua porta e começa a contar até três para tocar a campainha, antes que ela pudesse fazer, ouviu sons estranhos vindo de dentro da casa.

Carol tocou a maçaneta e girou, a porta abriu e então viu Minho e Changbin aos socos.

- Você é um idiota, delinquente! - Changbin gritava enquanto batia no irmão - Sempre quer ser o centro das atenções e destrói a nossa família.

- Que família? - Minho gritou, ela não estava mais reagindo para se defender, como se quisesse apanhar.

- Parem com isso! - Carol gritou indo até Minho que estava no chão com sangue descendo pelo rosto.

- O que você tá fazendo aqui? - Binnie estava muito surpreso, Carol não deveria estar ali, não sem avisar.

- O que você tá fazendo! - Ela tenta ajudar Minho a levantar-se do chão mais ele se recusa a receber ajuda, ainda mais dela e põe-se de pé sozinho.

- Parece que o príncipe encantado não é tão bonzinho quanto parece... - ele disse baixo e em seguida subiu as escadas provavelmente indo para o seu quarto.

Carol estava assustada, nunca achou que Changbin fosse capaz de bater no próprio irmão.

- Olha eu sei que... - ele tenta aproximar-se de Magnólia mas ela dá um passo para trás.

- Você bateu no seu próprio irmão, você tirou sangue dele! - Ela diz alto e logo percebe que estava chorando - Não tente jogar a culpa nele, você não tem um arranhão.

Sem esperar ele se pronunciar, Carol sai pela mesma porta por entrou e anda as pressas de volta para o seu dormitório. O que Carol inventou de Changbin em sua cabeça agora estava completamente arruinado, ela enxuga o seu rosto, abre a porta do quarto e joga-se em sua cama. Sam não estava ali e isso era bom, não precisaria explicar para ela o porque de estar chorando.

As fraternidade adoravam fazer festas em dia de semana, haviam vários panfletos espalhado por todo o campus e Sam pega para as duas lerem.

- Vamos? - Ela tinha um sorriso largo nos lábios - É na fraternidade do Binnie... - a garota da ênfase no Binnie e Carol revira os olhos.

- Eu vou pensar.

- Pensar nada, você vai e pronto.

O pai de Carol ligou durante a noite inteira mas a garota o ignorou, não estava bem para um sermão ou qualquer pregação que seu pai estivesse afim de fazer agora.

Ela olhou para a bíblia em cima da mesa e pensou muito, pensou sobre os anos em que esteve pregando o evangelho para todos os jovens da sua idade e viu muitos deles desviarem do caminho por se descobrirem "diferentes". Existe uma versão do mundo que Carol nunca conheceu e foi proibida de saber sobre.

Mais uma vez o seu pai ligou e ela sem paciência atendeu.

- O que aconteceu? Não me atendeu o dia inteiro! - ele estava furioso.

- Desculpe, estava resolvendo algumas coisas no campus e acabei esquecendo de retornar.

- Não vai me pedir a bênção?

Ela afastou o celular do seu ouvido e respirou fundo.

- Bênção.

- Deus abençoe você, os irmãos convidaram a gente para dar um passeio e estudar a bíblia no final de semana, eu passo ai para buscar você.

Ele nem ao menos perguntou se Carol tinha interesse em ir, sempre foi assim... Sempre teve que fazer tudo sem se questionar o porque deveria fazer mesmo que não quisesse.

refuge - lee know - stray kids Onde histórias criam vida. Descubra agora