Um Outro Lado da História

Capítulo XXI

Nesses sete anos que Morgana habitava a terra, ela aprendeu bastante sobre as coisas que os terráqueos, ou melhor humanos faziam, falavam, criavam. Andar igual a eles, vestir-se, falar, Morgana definitivamente teria se tornado uma midgardiana. Teria tido um filho, e arrumado um trabalho, qual não era lá essas coisas mas dava para sustentar a família.

Morgana estava trabalhando como garçonete em um café no centro da cidade, todos os dias, ela engolia algo na companhia de seus melhores amigos e seu filho, e saia rumo ao local.

— Tenha um bom dia Daniel. - Morgana se despede do amigo.

— Você também Morg, nos vemos no jantar? - Ele questiona dando partida no carro assim que a moça desceu.

— Espero que sim. - Morgana argumenta. — Tchau. - Ela se vira e adentra o estabelecimento. "Bora para mais uma dia", ela pensou.

Morgana neste 7 anos na terra, tinha aprendido a se comportar como os Midgardianos. Comer a mesma comida, vestir as mesmas roupas, trabalhar, se relacionar.

A ainda Deusa cortou os longos cabelos ruivos, passou a usar calças e camisetas largas, se tornou mãe, passou por bastantes mudanças e tudo isso graças a Louise e Daniel, a quem lhes deve a vida.

Louise anos atrás havia trabalho como garçonete na mesma cafeteria em que Morgana trabalha agora, e foi ela que a indicou ao trabalho, afinal, já que Morgana não iria voltar tão cedo para Asgard, deveria trabalhar. Mal sabia a deusa que ela nunca mais voltaria para Asgard e seus noves reinos.

— Bom dia Morg. - A companheira de trabalho Haile fala assim que chega.

— Bom dia, que olheiras são essas? Alguém não dormiu essa noite não é mesmo? -  Morgana zomba.

— Não, conheci um cara, um Deus grego. - Morgana olhou confusa com o termo usado por uns instantes, depois lembrou que era apenas uma forma diferente de chamar alguém de bonito.

— Você não tem medo de sair com essas desconhecidos toda semana? - Morgana questionava enquanto limpava o balcão aguardando a chegada dos clientes.

— Por que me prender a uma pessoa só se eu posso me divertir? - Haile ria.

— Nem todas as pessoas são boas Haile, só tome cuidado. - Morgana diz espirrando água na mulher. Logo o sino da porta toca e o chefe das meninas adentra.

— Logo cedo com brincadeiras meninas. - Ele pausa as olhando sério, porém em menos de segundos cai na risada. — Bom dia, vamos trabalhar! - O mesmo fala indo para o escritório.

Enquanto a ruiva trabalhava, Louise cuidava da unica coisa que mais importava na vida da deusa, Lucca ou melhor Haydn, o menino ruivo de olhos verdes que sempre a esperava antes de dormir, e ela sempre contava os minutos para ver o rostinho.