Capitulo 2

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  • Dedicated to Angélica Teles
                                    

  O hospital onde Mary foi admitida foi o imenso Hospital Psiquiátrico Hellingly.

  Foi arquitetado ainda durante a Primeira Guerra Mundial, com a capacidade inicial para setecentos pacientes.

   Depois da Segunda Guerra Mundial, sua capacidade foi quase triplicada para aproximadamente mil novecentos e vinte cinco pacientes.

   O sanatório era minuciosamente distribuído em vinte cinco hectares de terra, sendo assim titulado como um dos maiores hospitais do mundo.

   Sua localização tinha papel fundamental na recuperação dos doentes, pois se situava no sul da Inglaterra, em uma região distante dos grandes centros ingleses.

   O gigantesco hospital era composto por mais de mil e quinhentos quartos exclusivos para os pacientes, incluindo banheiro em todos os dormitórios. Cada banheiro era composto por um chuveiro adaptado, uma pia e um vaso sanitário, em alguns banheiros podia se encontrar banheiras e mais algumas mordomias. Essas mordomias eram para os pacientes que estavam ali por outro motivo, não sendo a doença mental. Era comum naquela região, as pessoas colocarem seus familiares idosos no hospital, pois não tinha naquela cidade nenhuma casa para idosos, e com uma bela quantia em dinheiro era possível colocar os velhos juntamente com os doentes mentais.

   Em outra área do hospital, se situava a chamada "Casa dos Enfermeiros". Os enfermeiros e alguns médicos não poderiam deixar o hospital, deveriam se dedicar totalmente a cura daqueles pacientes alienados. Eles deveriam escolher entre os alienados pacientes ou a família e na maioria das vezes essa ultima ficava em segundo plano.

  Nos quartos dos enfermeiros, podia se encontrar geladeira, fogão, uma pequena televisão, além de um equipado banheiro.

  Os médicos tinham os mesmo utensílios, porém, por serem médicos, tinham um amplo escritório, além de telefone.

  Alguns médicos e enfermeiros, simplesmente abdicavam de todo o salário, afirmando que o prazer de cuidar daqueles pacientes, era o melhor pagamento que poderiam receber.

  Outra área era direcionada para o lazer dos pacientes e funcionários. Nas intermediações do prédio principal; um vasto jardim era visto. Tão belo quanto qualquer outro jardim. Várias espécies de flores se misturavam pelo chão, orquídeas, rosas, tulipas e tantas outras

  Todos os sábados, após o chá das cinco da tarde, todos se reunião no grande salão de dança, onde permaneciam bailando até altas horas da noite.

  Ao lado do salão, tinha uma pequena loja, onde eles podiam encontrar os mais variados produtos.

  Uma grande lavanderia podia ser encontrada atrás do hospital. Nela trabalhava mais de cem lavadeiras. Após a lavagem das roupas, elas eram encaminhadas para os quartos de costura onde as roupas passavam por reparos antes de irem para os devidos dormitórios.

  Devido o tamanho do hospital, o mesmo era dotado de uma ótima estação de tratamento de água, além de ser o primeiro e único hospital a ter sua própria linha ferroviária, que era utilizada quase sempre para o transporte de carvão vegetal.

  O Hospital Psiquiátrico Hellingly era mais bem equipado que muitas cidades do mundo. Era um local onde varias pessoas gostariam de passar ferias.

  Mas este hospital foi cenário de um fato tétrico, que não foi um fato adulterado, como relatou o presidente do hospital David Murry na carta enviada para a Dr. Mary.

  Era um sábado tipicamente inglês, as quatro estações do ano puderam ser vistas e sentidas em apenas um único dia.

A Outra Face do MedoWhere stories live. Discover now