Gays Anatomy [FRERARD]

SEIS

Gerard saiu do banho sentindo as gotículas de água escorrerem das pontas de seus fios de cabelo e descerem pelo ombro. Ele se secou sem muita paciência - porque banho não era exatamente sua atividade favorita -, amarrou a toalha na cintura e abriu a porta do banheiro.

Frank estava aguardando por ele na cama, usando apenas sua cueca; suas tatuagens cuidavam de esconder cada centímetro de sua pele. Eram muitas, que passavam os dias escondidas sob a camisa de manga longa, a gola abotoada até seu pescoço. Quem via as mãos de Frank tão tatuadas imaginava que seu corpo era completamente fechado, mas ver aquilo com os próprios olhos tornava a experiência muito mais interessante. Gerard não tinha tempo de decorar todas as tatuagens, mas estava no caminho.

A cabeça de Frank afundava no travesseiro e ele mordia o lábio enquanto... Acariciava seu membro rígido, a mão deslizando com maestria sobre o tecido fino de sua cueca preta.

"Caralho, Frank, que delícia", lamuriou e sentiu o sangue quase instantaneamente descer para o seu próprio membro.

Com a menção de seu nome, Frank abriu seus olhos e lançou a Gerard um sorriso completamente malicioso e convidativo. Ele logo se livrou da toalha no caminho em direção à cama e se ajeitou ao lado de Frank, sua boca indo direto à tatuagem de escorpião no pescoço de Iero, trilhando um caminho de beijos molhados em direção à sua boca.

Frank invadiu a boca de Gerard com sua língua, convidando-o para um beijo completamente intenso e cheio de desejo, ainda mais depois que a mão de Gerard invadiu sua cueca e, sem rodeios, começou a masturbá-lo, ávido por contato. Frank gemia com o estímulo e Gerard gemia em resposta, porque o prazer em tocar Frank era imenso.

Nos últimos dias, a maneira como se comunicavam melhor era essa: as bocas caladas de palavras, ocupadas com pele. Aquele era o porto seguro, o lugar para o qual eles podiam voltar e tudo era como deveria ser. Por exemplo, Frank ali era honesto em suas reações e sensações e Gerard preferia não pensar demais e deixar seu corpo agir. Ali eles se entendiam e se comunicavam com perfeição.

No dia em que Brian chegou ao hospital, eles iam à sala de Miranda oficializar o relacionamento, o que acabou não acontecendo. Gerard pensou mais um pouco e sentiu que era cedo demais para tornar aquele relacionamento tão novo em algo sério e público - afinal de contas, quando você assina um contrato, você traz importância aquilo. E será que Frank estava pronto para viver algo assim tão sério com ele?

Frank, por sua vez, não queria pressionar Gerard. E ele ainda tinha que dividir a presença de Gerard em sua cabeça com a presença de Brian na cidade, que era agridoce. Brian parecia mais lúcido agora, mais tranquilo, lembrando a Frank muito o seu Brian. Aquele era o homem por quem ele sempre nutriria um carinho sem fim. E havia aquilo que ocupava a sua cabeça o tempo inteiro agora: a possibilidade de ser promovido à vaga de Miranda. Talvez a primeira coisa que quisesse, antes de ser médico, era comandar uma equipe de médicos. Por isso, não insistiu para que dessem aquele passo.

Gerard quebrou o beijo para voltar a beijar o pescoço de Frank, em uma brincadeira de decorar todas as tatuagens conforme se inclinava e descia em direção ao seu peito. Com toda paciência do mundo, contornou um dos mamilos de Frank com a ponta de sua língua e o mordeu de leve, ouvindo seu nome deixar os lábios de Frank em um gemido baixo. Sua mão trabalhava ritmada no membro de Frank, deslizando por toda sua extensão enquanto sua boca descia mais conforme ele ia se inclinando mais e mais.

Uma das mãos de Frank foi ao cabelo de Gerard quando ele libertou seu membro do contato com o tecido e o abocanhou com desejo. Ele apertou os olhos quando sentiu sua glande tocar o fundo da garganta de Gerard, o interior de sua boca úmido e quente o levando ao céu - a sensação era absurdamente deliciosa.