CAPÍTULO 8

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Lydia: O que você está fazendo? – Perguntou, enquanto Damon a puxava pela alça da mochila.
Damon: Mamãe me proibiu de tocar em você. Logo, estou tocando sua bolsa. – Disse, obvio, e Lydia revirou os olhos. Damon hesitou um instante ao encontrar o que procurava. Elena estava... Deslumbrante. Mexia em seu armário, distraída. Usava tiara outra vez. Lydia suspirou e Damon acordou, rebocando-a de novo, levando-a até a outra.
Damon: Pronto, pode começar. – Elena olhou como quem vê um inseto na cadeira ao lado, então ergueu as sobrancelhas, fechando o armário. As bochechas de Damon queimaram ao pensar que ele tinha se declarado pra ela ontem mesmo, e agora estava ali. – Lydia?
Lydia: Ok. – Disse, respirando fundo – Elena, eu sinto muito pelo que fiz com você. – Elena sorriu de canto – Minha atitude foi errada, e eu não tinha o direito de me meter no seu passado, ou no de ninguém. Espero que me perdoe. – Disse, sem nenhum arrependimento no rosto.
Damon: É o melhor que você pode fazer? – Grunhiu, olhando a irmã.
Lydia: É. – Disse, debochada.
Elena: Está tudo bem, pequena Lydia. – Disse, sorrindo, inabalada – Todos nós erramos. É uma condição humana. – Disse, e Damon sorriu, satisfeito.
Lydia: Ótimo. Com licença. – E saiu, largando os dois ali. O rosto de Damon queimou mais ainda, e ele assentiu, saindo também. Elena riu de leve, sozinha, voltando ao armário. Na próxima aula, foi a hora da MID. Eles foram levados a uma sala enorme, onde só havia seniores que iam prestar a prova individualmente. Os dois se posicionaram, em dupla, e nesse instante Elena esqueceu a situação com Lydia. Lembrou-se do propósito de se aproximar da ralé: O garoto Salvatore salvaria suas notas.
Damon: Tome. – Disse, passando uma folha de papel pra ela, vendo seu desconforto – Rabisque algo aleatoriamente. Copie meus cálculos, qualquer coisa que faça parecer que estamos trabalhando em dupla. – Disse, ajeitando os óculos, e Elena assentiu, apanhando seu estojo.
Elena: Você tem certeza de que pode fazer isso? – Perguntou, vendo a concentração com a qual ele analisava a prova.
Damon: Tenho. – Disse, lentamente... Então não disse mais nada. Isso a irritou, mas como ele começou a fazer cálculos que ela não entendia nem de longe, ela não questionou. Assim foram as próximas 3 horas. Damon respondia as questões avidamente, e Elena, ótima atriz que era, fingia estar ajudando, enquanto apenas copiava os cálculos dele. Às vezes ele parava, pensativo, então recomeçava. Os cálculos eram enormes, levaram folhas e folhas. Ele não falou nada o tempo todo. Às vezes ajeitava os óculos, coçava o cabelo ou secava a testa. Ela esperou, paciente e ansiosa, então quando faltavam 15 minutos pro fim do horário...
Damon: É isso. – Disse, erguendo os papeis. Alguns seniores já haviam entregado a prova. Elena olhou, ansiosa.
Elena: Tem certeza? – Perguntou, olhando. Pra ela aqueles cálculos não significavam nada.
Damon: Tenho. Os resultados batem com as opções. – Disse, mostrando, enquanto preenchia o gabarito. Ela olhou. Os resultados dele realmente batiam com as alternativas nas perguntas. Elena teve vontade de gritar de alegria. Damon terminou de preencher e assinou no espaço no fundo da prova – Aqui, você precisa assinar aqui. – Disse, apontando a lacuna. Ela assinou o nome com um floreio, então entregaram a prova.
O fiscal olhou os dois por um instante, então as folhas de resposta e os gabaritos e assentiu, mostrando uma lista que precisavam assinar. Depois disso saíram da sala, dando pra um corredor vazio no 4º andar. Damon parecia ainda mais cansado, mas respirava em suspiros, uma vez livre do fardo. Já Elena quase saltitava.
Damon: Os resultados só saem amanhã, mas estou positivo em relação a isso. – Disse, sorrindo da animação dela – Só precisamos revisar pra sua prova final, que é na sexta, e tudo pronto.
Elena: Livre. Livre, livre, livre! Ah, obrigada! – Disse, eufórica, e se lançou no pescoço dele, abraçando-o. Damon riu, hesitando um instante e a abraçou de volta.
Damon: De nada. – Disse, corado.
Naquela manhã, Elena foi vista sentada na mesa do refeitório fechado, as pernas cobertas pelas meias brancas cruzadas, cercada pelas minions. Ela radiava luz, de tão feliz. Não era como se no dia passado todos houvessem descoberto que ela tivera bulimia. Estava brilhante de feliz, só isso. Mas nem felicidade era capaz de mudá-la. Depois do intervalo tinham educação física. As turmas femininas do 1º e 2º ano jogariam hóquei juntas. Os meninos do Lacrosse, dispensados após o fim do torneio, ficavam pra assistir o show.
Elena trocou de uniforme, pondo tênis, meia branca, um shortinho preto e uma camisa pólo branca com o emblema do St. Jude no peito. Ela prendera o cabelo em uma polpa, sem a tiara, e continuava radiante. As turmas se dividiram em duas: A equipe de Rebekah e a de Elena. Elena sorriu consigo mesma quando Rebekah escolheu Lydia pra sua equipe. As duas se encararam, cúmplices, e de repente parecia errado deixar que aquelas garotas segurassem tacos. As minions não precisaram receber ordens. Os dois grupos foram alongar, e Elena sorria, se esticando nas roupas mínimas. Matt, na arquibancada, estava satisfeitíssimo com a visão. Os times se posicionaram, Elena de frente pra Lydia, Rebekah flanqueando Elena, então...
Lydia: Sei que o que fiz foi errado. – Começou, todas em posição esperando o apito – Mas faria tudo de novo só pra ver sua cara humilhada, soterrada pela própria podridão. – Disse, e Elena sorriu. Rebekah ergueu as sobrancelhas, assoviando.
O apito soou, e não se sabe como, Lydia já estava no chão. Ninguém vira Elena atingir a barriga da outra com o cabo do taco antes de roubar a bola e sair em direção a sua rede. O apito soou e todas pararam. A cara surpresa de Elena ao ver Lydia emborcada no chão foi quase genuína. O professor se abaixou, ajudando a menina.
Elena: Professor... – Disse, se aproximando – Talvez os mais novos não devessem jogar conosco. – Aconselhou, então encarou Lydia – Quero dizer, não se deve comprar um jogo se você sabe que não pode vencer. – Alfinetou, apoiada em seu taco. Lydia encarou Elena então respirou fundo, se levantando com um grunhido, e dispensou ajuda. Ajeitou o rabo de cavalo ruivo e o apito soou de novo. Elena levou a bola enquanto Lydia fazia a volta pra bloqueá-la perto da rede. As calouras tentavam sair do caminho, as minions esperavam ordens, de modo que só sobravam duas pessoas. A bola foi tirada de Elena, sendo levada pro lado oposto, então Elena e Lydia estavam cara a cara, os tacos brigando pela bolinha que quicava entre as duas.
Lydia: Essa é sua tática? Me tirar daqui debaixo de pancadaria? – Perguntou, enquanto as duas revezavam a bolinha, uma tomando da outra – É baixo até pra você.
Elena: Sua boca vai sangrar pra poder lavar as palavras imundas que saem dela. – Garantiu, sorrindo.
Lydia: Você já conseguiu o que queria. Agora fique longe do meu irmão. – Rosnou, então Elena inocentemente perdeu a posse da bola, que Lydia levou. Elena deixou o jogo prosseguir um pouco, então se curvou, se esticando pra tocar a perna esquerda. Os meninos adoraram ver o corpo esguio se esticando naquelas roupinhas, pro professor era apenas um alongamento, mas então Chloe, acidentalmente, deu uma tacada em cheio justamente na perna esquerda de Lydia, que foi ao chão outra vez.
O apito soou. Elena, distante da cena do crime, sorriu em aprovação.
Professor: Certo, você precisa ir pra enfermaria. – Disse, olhando a perna dela. Ficara uma marca vermelha instantaneamente. Elena observava, de longe, apoiada no seu taco. Mas Lydia se levantou. Tropeçou por uns instantes então recuperou o equilíbrio. O jogo recomeçou... Só pra menina ir ao chão mais duas vezes. Nunca na mão de Elena. Por fim Rebekah a acertou na barriga de novo, fazendo-a cair e tossir, cuspindo um nadinha de sangue. Elena riu, satisfeita, ao ver Lydia tentar se levantar sem conseguir. O professor deu o jogo como encerrado e levou a menina para a enfermaria. Bom, a parte da dor física já fora. No dia seguinte, porém, mesmo ao ver uma Lydia enfeitada de hematomas, ainda havia uma parte a ser cumprida: A humilhação. Todos estavam no refeitório fechado. Havia uma placa de piso molhado na entrada, logo depois da saída de onde se pegava o lanche. Até ai tudo bem, mas quando Lydia entrou na fila, subitamente a placa sumiu. Resultado, ninguém viu como, mas de repente houve um grito, a menina deslizou no molhado, caindo de cara no chão, com o rosto na bandeja, se sujando de torta. Os risos explodiram no refeitório. Lydia se apoiou em uma mão pra levantar, mas escorregou de novo.
Stefan : Lyh, o que houve?! – Chamou, se aproximando as pressas. Damon vinha correndo do outro lado pra ajudar.
Damon: Você está bem? – Perguntou, empurrando a bandeja com a torta amassada e o copo de suco esmagado pra longe. Além do rosto sujo, Lydia estava ensopada de suco de laranja.
Lydia: Não. – Disse, em lagrimas. O refeitório em peso ria. – Me tirem daqui. – Pediu, derrotada.
Elena assistiu Stefan , o mais velho, apanhar a irmã no colo. Lydia afundou o rosto sujo no peito do irmão, que saiu. Damon catou a bolsa e os livros dela do chão, indo logo em atrás logo em seguida. Segunda parte, que era humilhação, concluída. Agora faltava o arremate final, pensou Elena vendo Damon terminar de pegar as coisas da irmã no chão e sair às pressas, abrindo a porta do refeitório pra Stefan .


|Continua...

OBS: Postei bastante hoje. Amanhã eu posto mais somente se comentarem.

EFEITO BORBOLETA 1° Temporada (DELENA) ADAPTAÇÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora