CAPÍTULO 44

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Demorou até as crianças dormirem aquela noite. Todos estavam
alvoroçados com as brincadeiras, e Stiles não ajudava. Estava ficando tarde, e não havia jeito. Até que Stefan se agachou do lado de Clair, sério,
e falou algo com ela. A menina assentiu, parecendo frustrada por não
poder mais brincar, mas obedeceu o pai, estendendo os braços pra ser
carregada. Ele sorriu, apanhando-a no colo, e juntamente com Caroline
foram dormir. Damon aproveitou e deu o bote, apanhando Nate. Juliet já
havia tombado a muito tempo, toda fofinha. Nate protestou: Damon havia
prometido que deixaria ele dormir com Greg, pros dois assistirem o filme
que haviam programado.
Damon: Você sabe que tem colégio amanhã. Vai terminar cansado. – Disse, severo, e Elena tocou o braço dele, intercedendo. Não gostava de falar duro com Nate.
Elena: Bebê, você não quer ficar comigo? – Perguntou, parada ao lado de Damon.
Nate: Quero, mamãe, mas... – Ele suspirou, dividido. Mas era incapaz de dizer não a Elena. – Tudo bem. – Disse, derrotado. Elena olhou Damon, com o
coração partido, e ele suspirou, revirando os olhos.
Damon: Nathaniel, você vai dormir assim que o filme acabar? – Perguntou, sério – Sem nenhuma brincadeira, comentário, nem nada? – O menino assentiu, solene – Eu vou lá checar. Se você não estiver dormindo, vai ficar de castigo sem vir na casa da sua avó por um mês. Entendidos?
Nate: Sim, papai. – Disse, solene, e Damon suspirou de novo. Nunca tinha chances contra Nate e Elena. Essa, por sinal, apanhou o menino do colo dele.
Elena: Então durma direitinho. – Disse, dando um monte de beijos apertados nele – E sonhe com os anjos. – Completou. Damon sorriu de canto. Greg apareceu na sala, avisando que o filme ia começar e Nate se foi. – Não faça essa cara. – Disse, abraçando Damon.
Damon: Vocês me fazem de gato e sapato. – Disse, desaforado, ela riu – E
você ri?
Elena: Desculpe. – Disse, prendendo o riso – Olhe, como as outras frutas da
próxima vez se você não ficar bravo comigo. – Prometeu, beijando os dedos. Damon sorriu.
Damon: Não estou bravo com você. – Disse, retribuindo o abraço dela –
Nunca. - Os dois ficaram na sala de estar conversando com os outros por mais algum tempo, e depois todos se recolheram. Ao passar no quarto de
Greg, ele e Nate já haviam pego no sono, o filme passando na TV
abandonado. Damon desligou a televisão e as luzes enquanto Elena
acomodava Nate e Greg na cama, e logo os dois saíram. Os dois tomaram
banho separadamente, ela primeiro enquanto ele lidava com as malas e
depois ele. Quando voltou, ela sorria consigo mesma, penteando os
cabelos.
Damon: Do que está rindo, senhora Salvatore? – Perguntou, divertido, secando os cabelos.
Elena: Você trouxe uma cueca pra mim. – Disse, rindo em seguida. Vestia uma camiseta e cueca brancas. Ele olhou e riu também.
Damon: Minha mulher só dorme de cueca. – Confidenciou, e Elena riu.
Elena: Inteligente, ela. – Se gabou, fazendo charme, e ele riu, fascinado.
Espiar por maçanetas era ridículo. Sempre foi ridículo, em toda a
história da humanidade, mas Jennifer não podia evitar. Ela precisava
confirmar. A casa toda estava em silencio, todos dormiam (ou estavam
ocupados), mas ao chegar à porta do quarto mais distante do resto da
casa o riso alegre de Elena ressonava. Ela se inclinou, e a fechadura grega a deu uma boa visão. Eles brincavam. Entre beijos e carinhos, brincavam. Damon nunca brincava com ninguém, exceção a Nate, e ele ria junto com ela. Ele falou algo e ela se soltou dele, empurrando-o e correu, mas ele tropeçou com a mala e caiu de bunda no chão. Ela parou de correr, tapando o riso com as mãos, os olhos arregalados, e ele ergueu as sobrancelhas pra ela, largado
no tapete.
Elena: Ai. Meu. Deus. – Disse, voltando até ele, que continuava no mesmo
lugar – Você está bem?
Damon: Não consigo levantar. Me ajude. – Disse, oferecendo a mão e ela,
inocente, pegou. Ele a puxou, fazendo-a cair no chão e ela gritou, surpresa. Damon arregalou os olhos azuis, tapando a boca dela, que o encarou, confusa. Era engraçado ler a confusão dela nos olhos castanhos.
Damon: Não podemos fazer barulho, não estamos em casa. – Explicou.
Elena: E o que tem? – Perguntou, interessada.
Damon: Em casa estamos sozinhos, aqui está minha família toda. – Ela
continuou esperando – Eles podem acordar com o barulho. – Ela assentiu,
entendendo.
Elena: Ah, tá. – Respondeu, agora sussurrando. Ele riu, passando a mão no rosto.
Damon: Não tanto... Ok, deixa pra lá. – Disse, se sentando, mas ela o segurou.
Ele esperou, observando-a – O que foi?
Elena: Você ainda está bravo? – Perguntou, sondando. Ele estreitou os olhos e ela arregalou os dela, fazendo-o sorrir.
Damon: Não consigo ficar bravo perto de você. – Confidenciou, e ela sorriu,
satisfeita.
Elena: Que bom. – Disse, satisfeita e se inclinou, apanhando-o pelo pescoço e
beijando-o. - Não era o beijo calmo e doce que ela costumava dar a ele; esse era mais apaixonado, mais afoito, e ele, estando no mesmo estado de espírito, entendeu. Elena suspirou quando ele voltou a deitá-la, por cima dela, a boca devorando-a. Agora que ele sabia que ela não ia se lembrar não tinha receio (Deus era realmente grande e sabia amar, ele se convenceu), e não a rejeitava mais. Elena se estreitou a ele, uma das pernas enlaçando sua cintura. Não entendia muito de sexo, mas seu corpo sabia como queria ser tocado. Damon mordeu o queixo dela, o frontal do pescoço e o colo, fazendo-a arfar. Ele passou uma mão pela lateral do corpo dela, indo até o traseiro e puxando-a contra si e riu consigo
mesmo. Elena o olhou, confusa.
Damon: Nunca pensei em transar com alguém que usa cueca. – Admitiu,
divertido, e ela riu, divertida, mas ele percebeu o quanto ela estava afoita. – Se eu perguntar uma coisa, você me diz?
Elena: Umhum. – Assentiu, sentindo a mão dele subindo por sua barriga por
debaixo da camiseta. Ele se abaixou, mordendo a orelha dela de leve.
Damon: Você gosta que eu toque você? – Perguntou, em um murmúrio,
alcançando um seio dela por debaixo da blusa. Ela arfou, não sabia se era pela voz dele ou pelo toque. Se sentia quente.
Elena: Gosto. – Admitiu, vermelha, e ele se separou dela, se sentando. Ela o
acompanhou.
Damon: Erga os braços. Me deixe tirar isso. – Ela assentiu, entendendo, e
após puxar a própria camisa pela gola ele tirou a camiseta dela. Ela o abraçou, os seios desprotegidos contra o peito dele, ainda conhecendo-o, como ele mandou, ele beijou o ombro dela – Melhor assim?
Elena: Me beije. – Pediu, inquieta. Se sentia febril. Ele levou uma das mãos ao cabelo dela, trazendo-a pra si e beijando-a de novo. Ela o agarrou pela cintura, satisfeita. Era daquilo que precisava. Jennifer saiu dali. Se deu por satisfeita: Ele voltou a transar com a outra, era só isso que ela precisava saber. Voltou pro quarto pensativa, se organizando. Com Damon apesar da calma e da paciência que ele queria ter com Elena, não era nenhum menino. Tinha fome. Ele voltou com ela pro chão, os dois quase se atracando pela intensidade dos beijos; o corpo dela reconhecia o dele, apesar que a mente não. Após deixar os seios dela vermelhos ele desceu pela barriga dela, se demorando na cicatriz da cesárea, onde deixou um beijo demorado e apanhou o elástico da cueca dela. Sorriu de novo. Nunca ia se acostumar com isso. Alguns instantes depois ele estava entre as pernas dela, a língua brincando com o clitóris dela, que estava agarrada ao carpete. Não podia fazer barulho, não podia fazer barulho...
Elena: Meu Deus... – Grunhiu, atordoada, quando o orgasmo ameaçou vir... E ele parou. Ela o olhou, frustrada.
Damon: Ainda não. – Ela gemeu, frustrada, e ele recomeçou. Era assim. Ele a levava a beira do orgasmo, então acalmava o corpo dela. Elena não sabia o que ele pretendia. Confiava nele, mas aquilo estava ficando impossível. Ela se sentia quente, quente demais, e não parava nunca... Então o orgasmo dela veio e ele deixou. Ela gritou abafado,
mordendo a boca, e durante o orgasmo dela ele se ergueu, se desviando da própria bermuda e possuindo-a, ainda sentindo as ultimas contrações do orgasmo dela. Elena quase convulsionou com o misto de sensações. Queria gritar. Atendendo ao desejo mudo dela ele se agarrou ao quadril dela, forçando os movimentos, e o corpo dela, recém anestesiado, reagiu maravilhosamente.
Damon: Puta merda. – Gemeu no ombro dela, deliciado com o modo como o corpo dela se encaixava ao dele. Os dois oscilavam no tapete pela intensidade e ela mordia o ombro dele: Era o jeito que encontrou de não gritar. Então, depois de algum tempo,
ele diminuiu os movimentos. Ela abriu os olhos, olhando o teto,
atordoada. Ia ficar maluca se ele começasse com aquele jogo de privação de novo. Ele sorriu de canto vendo a inquietação dela, ainda mantendo os movimentos lentos, rasos.
Damon: Você gosta? – Ela o encarou, a maçã do rosto corada, e ele deu um
beijo chupado no canto da boca dela – Gosta de me sentir dentro de você,
Elena? – Ela assentiu. A voz dele, baixa, rouca, a fazia ter vertigens – Quer que eu continue?
Elena: Por favor. – Ele sorriu, selando os lábios dela, e pra seu desespero total ele a soltou, saindo dela e se afastando.
Damon: Me dê a mão. – Uma vez foi dela a urgência dele transpareceu. Ela deu a mão e ele a guiou, colocando-a de joelhos em frente a cama, encostada nela, com os braços em cima do colchão. Elena não entendia
nada de posições, mas confiava nele. Ele a posicionou como bem queria,
se pondo entre as pernas dela, ajoelhado atrás dela e abraçando-a pela cintura.
Damon: Se incline um pouco pra cama. – Instruiu, o rosto entre os cabelos longos dela. O perfume era inebriante – Empine essa bunda linda que você tem pra mim. - Ela obedeceu, e, após ajudá-la, ele voltou a entrar nela. Elena deitou a cabeça pra trás, apoiando-a no ombro dele e apertando o edredom da cama entre os dedos. Ele estava totalmente no controle, ditava como e quando, mas ela não tinha do que se queixar. Ela gemeu alto; não faltava muito agora, e ele se refreou.
Damon: Se você gritar, não deixo você gozar. – Avisou, e algo na malicia da
voz dele a fez estremecer. Ela não lembrou o que, mas parecia familiar... E era delicioso. – Entendeu?
Elena: Entendi. – Disse, a garganta seca. Ela precisou se agarrar a isso quando ele voltou a intensidade dos dois. Era tão bom, tão gostoso, que ela se sentiu fraca. Em certo ponto os
braços dela fraquejaram e ela caiu com o rosto na cama, mordendo o
edredom. Ele se inclinou sobre dela, arranhando as costas dela com os
dentes, sem perder o ritmo das investidas.
Damon: Você é deliciosa, Elena.- Disse, mordendo a lateral do corpo dela
como se quisesse provar, fazendo-a arquear. – Principalmente quando fica assim. Vai gozar logo, mas antes fica toda tensa, arisca, toda gulosa. Tão quente, tão apertada... Deliciosa. – Concluiu, rouco. A voz dele foi a perdição dela. O orgasmo dela veio, intenso, demorado, e ele previu o grito um instante antes. Apanhou o rosto dela pelo queixo, beijando-a, bebendo o grito que ela emitiu. Ele ainda levou alguns instantes pra alcançar o seu; durante esse instante ela, sensível, gozou de novo, gemendo baixo, fraca. O segundo orgasmo dela chamou o dele, que gemeu o nome dela, caindo sem força em cima das costas dela. Levou uns instantes pros dois se normalizarem. Ela ainda tremia brevemente. Ele rolou do lado dela, trazendo-a pro chão e tirou o cabelo dela do rosto.
Damon: Você está bem? – Perguntou, atencioso. Ela sorriu.
Elena: Maravilhosa. – Garantiu, com um sorriso preguiçoso, que fez ele rir de leve. Ela apanhou o rosto dele entre as mãos, selando os lábios dos dois – Eu amo você.
Damon: Assim como eu amo você. Elena Katherine Salvatore. – Respondeu, fazendo-a sorrir – Venha,
você precisa dormir. Teve um dia cheio. – Elena não contestou. Estava
realmente sonolenta. Ele a carregou, deixando as roupas emboladas no chão e a levou pra cama. Logo havia apagado as luzes e acomodado ela na cama, debaixo do edredom. Elena achou sua posição preferida de dormir: Abraçada a ele, com a cabeça em seu peito, e logo caiu em um sono profundo, tranqüilo. Ele a assistiu por um bom tempo mas depois, cansado, dormiu também. Em outro quarto, Jennifer também decidiu dormir. Tinha a mente organizada, focada. Sabia exatamente o que fazer e como fazer pra que ela se lembrasse do que nunca devia ter esquecido. Era só uma questão de tempo agora.

Na manhã seguinte Nate foi direto pra escola, Damon pro trabalho... E Elena com ele. A terapia dela era só as 10, e ela quis ir, mas foi descoberto que era impossível ele se concentrar com ela ali. Elena usava jeans e uma blusa bem simples.

EFEITO BORBOLETA 1° Temporada (DELENA) ADAPTAÇÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora