CAPÍTULO 42

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Damon derrapou pela grama, disparando pra piscina. Esperou ouvir os gritos: Clair era delicada, com certeza gritaria. Os outros dispararam correndo atrás dele. Debaixo do guarda-sol Caroline e Lydia se
levantaram, alarmadas, tentando entender o que aconteceu. Caroline
procurou por Clair com os olhos por instinto: De onde estava conseguia
ver a menina brincando na água. Ela, no entanto, nem percebia Juliet
brincando com seu maiô, sujando o tecido todo com protetor solar branco. Damon estancou ao ver Elena: Ela ria, sentada na beira da piscina, só os pés na água. Ele colocou as mãos no rosto, respirando fundo, o coração batendo dolorosamente no peito. Os outros o alcançaram mas fizeram silencio, pra não assustar Elena.
Caroline: O que foi? – Perguntou, confusa, os olhos de lince sem deixar a filha, se aproximando do grupo. O mundo de Caroline gravitacionava em torno de Clair; qualquer indicio de que algo pudesse ocorrer a menina já a deixava alerta.
Stefan: Achamos que Elena tinha caído na água. – Respondeu, e ela
assentiu, entendendo. Ele fez uma careta – Cah, que diabo é isso? –
Perguntou, olhando a barriga do maiô dela. Estava tudo manchado de branco. Ela tocou, levando ao nariz e riu, se virando pra olhar Juliet, que agora brincava com o cabelo da mãe.
Caroline: Juliet me passou protetor. – Dispensou, e ele sorriu, abraçando-a –Não tenha um ataque cardíaco. – Aconselhou, dando dois tapinhas no ombro de Damon, que assentiu.
Todos retrocederam sem ser notados por Elena, que ria gostosamente,
chutando água nos meninos, os cabelos caindo em cascata pelas costas. Ele se aproximou dela, se sentando ao seu lado e abraçando-a. Ela sorriu, divertida.
Damon: Porque não entrou na água? – Perguntou, muito mais tranqüilo agora que a tinha firme em seus braços.
Elena: Bem, parece fundo. – Considerou, olhando a piscina com um biquinho – Eu não tenho uma bóia. – Apontou. Todas as crianças usavam bóias laranjas nos braços, exceto Greg, que sabia nadar, e Clair, que além das do braço tinha uma rosa em torno da cintura, porque Stefan era neurótico. – De qualquer forma, Greg venceu. – Disse, dando de ombros.
Damon: Você não precisa de uma bóia pra entrar. – Disse, beijando a testa
dela, que o encarou. Viu Damon tirar a camisa e desatar o nó da saída de praia dela – Venha. - Ele deslizou pra dentro d’água e a trouxe junto, a saída de praia dela ficando esquecida na beira da água. As crianças não estavam na parte mais funda da piscina, mas Elena se sentiu numa aventura. Só entrara em piscinas até agora no hospital, pela fisioterapia, e era sempre uma piscina fechada acompanhada por médicos. Aqui havia sol, haviam risos e havia
Nate e Damon; era infinitamente melhor. Ele sorriu, vendo ela se
acostumar por um instante, os pés batendo freneticamente debaixo
d’agua.
Elena: Eu sabia nadar? Antes? – Perguntou, erguendo os olhos pra ele, que hesitou.
Damon: Sabia. – Disse, se lembrando momentaneamente de Elena saltando da pedra onde eles estavam sentados e mergulhando de ponta no mar, se
afastando dele com movimentos fluidos.
Elena: Sou uma chata, não é? – Perguntou, ansiosa. O tempo todo tinha medo de que Damon se cansasse da esquisitice dela.
Damon: Não, você é a criatura mais fascinante em que eu já coloquei os olhos. – Disse, mimando-a e a puxou pra dentro dos seus braços, enchendo-a de beijos mordidos, fazendo-a soltar um gritinho – A mais linda... A mais cheirosa... – Disse, entre os beijos. Elena ria gostosamente: Os dentes dele lhe faziam cócegas.
Elena: Mentiroso. – Brincou, segurando o rosto dele entre as mãos e dando um beijo na ponta do nariz dele, que sorriu.
Damon: Prenda a respiração. – Elena o olhou, confusa, mas encheu o pulmão de ar, obedecendo. Ele afundou, puxando-a pra baixo. No começo ela se bateu, até que viu ele olhando pra ela debaixo d’agua, com um sorriso de canto. Ela deixou, abraçada a ele, que deu um selinho nela... Só que ela, ansiosa como sempre, achou que seria um beijo. Na distração deixou o ar escapar, engolindo água. Ele tomou impulso no fundo da piscina imediatamente, puxando-a pra cima e ela desatou a tossir.
Damon: Péssima idéia. Eu sou uma anta, me desculpe. – Elena ria entre os tossidos, fazendo-o sorrir. Ele segurou o queixo dela, fazendo-a levantar a
cabeça e respirar fundo e ela parou de tossir aos poucos.
Elena: Sou um desastre. – Concluiu, abraçando-o.
Damon: Não é. Mês que vem vou levá-la aos Hamptons. – Disse, satisfeito com a idéia, e ela olhou, confusa.
Elena: Hamptons? - Repetiu, testando a palavra.
Damon: É praia. Bem diferente daqui. – Simplificou, sabendo que a palavra
“balneário” a deixaria confusa – Nós temos uma mansão lá, na beira da praia. É enorme, linda, e é tudo muito calmo, só se ouve o barulho do mar. – Contou, vendo ela se animar com a idéia. – O ar tem um cheirinho gostoso, de água salgada.
Elena: Parece bom. – Disse, animada, enlaçando o pescoço dele com os
braços.
Damon: Estava esperando o verão chegar para irmos. Mês que vem, depois do 04 de Julho, nós vamos. Vai ter menos gente lá. Vamos poder ficar em paz, eu... – Ele selou os lábios dela – Você... – Ele repetiu o beijo e ela sorriu – E o nosso filho.
Elena: Gosto disso. – Disse, manhosa, se estreitando em torno dele.
Elena se inclinou, beijando-o e ele correspondeu de forma apaixonada.
Ela suspirou, satisfeita, brincando com o pé do cabelo dele, deleitada com os braços dele em torno da sua cintura. Adorava os beijos dele, seu
gosto, seu toque a deixava sem ar... E acabou com um assovio agudo.
Eles se separaram e viram Caroline parada do lado da piscina, tendo
trocado o maiô por um biquíni vermelho. Segurava um protetor solar na mão, os cabelos loiros contrastando com a pele pálida.
Caroline: Com licença, bom dia, desculpem interromper. – Disse, apontando com a cabeça. Nate, Greg e Clair haviam parado de brincar e olhavam os dois num misto de incredulidade, exasperação e graça.
Elena: Oh. – Disse, vermelha, se agarrando a Damon, que sorria abertamente.
Clair: Isso é nojento. – Decidiu, com uma careta.
Caroline: Venha aqui, patinha. – Chamou, achando graça na bóia da filha, e a menina chapinhou na água até a mãe. Ela se abaixou, primeiro juntando os cabelos longos da menina, que estavam grudados no rosto e prendendo-os em um rabo de cavalo alto – Agora vai poder brincar melhor. – Disse, carinhosa, e começou a espalhar protetor solar no rosto da menina.
Elena: Nate. – Chamou, e o menino olhou, os cabelinhos molhados grudados na testa. Elena o chamou com a mão e ele foi pra ela, alegre. Ela acariciou o cabelo dele, tirando-o da testa – Você quer ir pra praia? – Perguntou, animada. Damon beijou o ombro dela, sorrindo.
Nate: Vamos pra praia? – Perguntou, os olhinhos castanhos se arregalando de excitação.
Damon: Vamos. – Confirmou, e os sorrisos de Nate e Elena ofuscavam tudo em volta. Caroline, que terminava de passar protetor agora nas costas da filha, riu, divertida.
Elena: Vamos pra praia! – Disse, animada, e Nate pulou no pescoço dela, abraçando-a, feliz. Ela riu, espirrando água no menino. Damon ergueu os dois no ar, fazendo-os gritar, e logo os três espirravam
água um nos outros, entre risos. O que eles sentiam era felicidade em sua
forma bruta: Não havia insegurança, medo, rancor, tristeza, fantasmas...
Nada. Só amor, alegria e plenitude. Era uma noção romântica, acreditar
que aquele sentimento pudesse durar pra sempre...

EFEITO BORBOLETA 1° Temporada (DELENA) ADAPTAÇÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora