Capítulo 4

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"Onde você conseguiu isso?" Kenma perguntou, o rosto contraído enquanto segurava o item ofensivo para Kuroo. Ele não tinha visto Kuroo embalá-los e, se tivesse visto, teria queimado a caixa em que estavam.

  A cabeça de Kuroo apareceu no canto da parede para inspecionar o que Kenma estava falando. E quando o fez, um sorriso malicioso cruzou seu rosto.

  "Eles me lembraram de você."

  "Isso te lembrou de mim?" Kenma ficou pasmo.

  Em suas mãos estavam de longe os travesseiros mais feios que ele já tinha visto. Cada um mostrava um desenho diferente de gato, adornado com um slogan cafona como "Como você chama uma pilha de gatinhos? Miautanha" E "você colocou o miau em mim!" Que tipo de Pessoa faria um produto tão miserável? E então, que idiota iria comprá-los?

  "Eu acho que eles são legais."

  Ah. O idiota dele.

  Kenma enterrou o rosto nos travesseiros, principalmente para não ter que olhar para Kuroo.

  "Eu não posso acreditar nisso." Os travesseiros abafaram a voz de Kenma, Kuroo incapaz de entender uma palavra do que ele disse.

  "Vamos lá, eles são divertidos. Agora você pode me ajudar a desempacotar os pratos? "

  A cabeça de Kenma ergueu-se dos travesseiros.

  "Você já está preparado para isso?"

Kuroo acenou com a cabeça.

  "Eu trouxe as caixas."

  Depois de jogar a esmo os travesseiros de volta na caixa, Kenma seguiu Kuroo da sala de estar de volta à cozinha.

  "Você arruma os pratos porque é mais baixo e pode chegar mais facilmente ao armário. E eu vou arrumar os copos." Kuroo acrescentou, gesticulando para um armário superior onde pretendia colocar os copos.

  Kenma estava cansado demais de mover caixas para retrucar o gracejo sobre sua altura. Em vez disso, ele se sentou de pernas cruzadas na frente do armário onde os pratos deveriam ir, e os mudou um por um da caixa de papelão em uma pilha organizada.

  Eles trabalharam juntos em um silêncio confortável, exceto Kuroo cantarolando algumas canções pop enquanto empilhava xícaras e canecas em sua prateleira.

  O silêncio foi quebrado pelo som de vidro batendo no chão, quebrando-se em centenas de pedaços. Kenma virou a cabeça para ver Kuroo de pé sobre os restos de um copo que parecia ter deixado cair.

  Kenma levantou-se de um salto, os olhos examinando a cena à sua frente.

  "Não se mova, você pode acidentalmente pisar no vidro e se cortar."

  "Porra, Kenma, sinto muito. Não sei o que aconteceu, apenas escorregou." As sobrancelhas de Kuroo estavam unidas. Kuroo nunca foi uma pessoa particularmente desajeitada, mas acidentes aconteciam. Kenma sabia disso. Os copos eram substituíveis.

  "Está tudo bem, é só um copo. Você sabe em qual caixa a pá de lixo e a vassoura estão?" Quanto antes ele limpasse essa bagunça, menos provável que Kuroo se machucasse acidentalmente.

  "Hum, acho que é aquele com o rótulo 'lavanderia'. Deve estar na sala de estar."

  Com um aceno de cabeça, Kenma agarrou o abridor de caixas de cima da bancada da cozinha e se aventurou na sala de estar. Com certeza, havia uma caixa de papelão com a caligrafia familiar de Kuroo etiquetada exatamente da maneira que Kuroo disse que estava.

A Galáxia é Infinita (Pensei Que Nós Também) | Tradução Onde histórias criam vida. Descubra agora