A gente que vem de fora pra aproveitar o baile acha que não acontece de nada, tu tem que ter um olho no padre e outro na missa filha.
A sensação de estar sendo observada me incomodava e eu sabia que não era somente por uma pessoa e sim por mais de dez.
— Olha, ao mesmo tempo que eu amo o baile daqui, eu não amo. — falei alto por causa do barulho com a Mariana. — Cara, só falta me pisarem.
— Isso é complexo da mangueira nega, quer o que? — riu.
Me deu uma vontade absurda de fazer xixi mas olhei em volta e tinha muita gente, até eu passar pelo pessoal, já fiz xixi na minha roupa.
— Vou procurar um lugar pra fazer xixi.
Sai do meio da multidão e fui procurar um local para fazer xixi. Olhei pra trás sentindo que estava sendo perseguida mas não vi ninguém.
Fiz meu xixi e quando eu estava saindo, dois caras altos me cercaram.
— Tá sozinha aqui, princesa? — um deles falou tocando no meu cabelo e eu dei um passo pra trás.
— Deixa eu sair por favor. — pedi quase me rastejando para sair dali.
— Vamos conversar princesa, não vai ser nada de mais. — colocou a mecha do meu cabelo pra trás e eu empurrei ele.
— Segura ela. — um dos amigos falou e eu me encolhi mais ainda.
As mãos frias de um deles me tocavam e eu só conseguia chorar, eu não podia nem gritar por socorro por causa do barulho alto da música.
Um deles beijou o meu pescoço descendo para o meu macacão abrindo ele. Ele deslizou a mão sobre meu peito e eu fechei os olhos negando.
— Meu Deus, me ajuda por favor. — pedi em pensamentos e do nada escutei barulho de tiro.
Coloquei o braço na direção dos meus seios enquanto um deles caia no chão.
Ainda em êxtase, levantei meu olhar e vi o Anderson segurando uma arma e outra atravessada.
— Coloca tua roupa. — falou de longe.
Eu não conseguia nem me mover pela cena que tinha acabado de acontecer, ele me olhava e eu fazia o mesmo.
— Porra Nathalia. — veio andando até a mim. — Cadê tua prima?
— Eu não sei. — falei nervosa. — Eu só vim fazer xixi e aconteceu isso. — abracei ele e ele não tinha retribuído
— Vem Nathalia, vou te levar lá pra casa. Depois eu passo um rádio pra tua prima.
Ele me ajudou a colocar a roupa e foi me guiando até o carro dele.
— Próximo baile, tu não vai sozinha pra canto nenhum. Cadê a porra desses bandidos? Caralho, mandei ficaram na contenção. — falou nervoso no rádio e eu fiquei observando.
Ele parecia já está na altinha, tentava de todas as maneiras não demonstrar que estava preocupado mas era em vão.
— Não precisa se preocupar comigo, eu vou ficar bem. — levantei e ele me pressionou na parede.
Meus olhos foram diretamente para os seus lábios e os dele também. Ele segurou meu cabelo e quando eu ia pra beijar, a porta foi aberta revelando uma mulher loira que aparentemente tinha 45 anos.
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Escola da vida - Livro I
FanficCoração blindado não pega feitiço O amor constrói a força da paixão Vai incomodar mas não ligue pra isso, não escute os fofoqueiros de plantão. Vai aqui dali aos trancos e barrancos. Quanta coisa que a gente superou O tesouro bem maior que conquista...