Não dou tempo para ela entender minhas palavras, agarro sua cintura a trazendo para mim com rapidez. O beijo é ainda mais faminto e ela o retribuiu com avidez, suas mãos no meu quadril me puxando ainda mais, colando virilha com virilha. Com um movimento rápido eu a coloquei contra a geladeira, a intensidade do ato fez com que as coisas dentro do eletrodoméstico tilintassem, desci o corpo poucos centímetros e subi novamente o pressionando contra o dela me esfregando descaradamente.
As mãos em meu quadril subiram para meu peito trazendo muito calor junto a elas, mordi seu lábio inferior e isso a fez gemer - o que me fez gemer - Era como provar uma droga e eu sabia que só pararia quando tivesse uma overdose. A mão em sua cintura subia lentamente e quando se alojou na curva do seio, Júlia nos parou.- Nick... Temos que conversar.- a respiração ainda arrítmica e a testa junto à minha.
- Sim, conversar...- roubo outro beijo dela.- Falando..- mais um.- Com palavras.- antes que eu a beije novamente ela consegue se desvencilhar de mim.
- Pro sofá, agora!
- Ok!
As emoções e os pensamentos que me ocorrem nesse instante formam uma densa névoa na minha mente, a excitação faz meu corpo formigar, a alegria faz meu coração bater tão rápido quando de um beija-flor e o medo faz minha mente trabalhar como nunca.
- Desde quando você se sente assim em relação a mim?- ela pergunta, ainda de pé a minha frente.
- Huum... 9 anos?
- Sério, Nick.- ela ergue as sobrancelhas.
- Tá bem... Assim...- Olho para a cozinha.- Desde os 12, 13 anos.
- Uau!- ela se senta finalmente.- Muito tempo.
- É.
- Por que nunca disse nada?- me olhou de canto.
- No começo por vergonha...
- De gostar de mim?- virou o corpo abruptamente em minha direção.
- Não! Dos sentimentos, eu era só um garoto. E depois me convenci que era algo passageiro, mas não passou. E depois eu tive medo de me declarar e ser rejeitado e perder a sua amizade. Isso era algo incabível pra mim, porque te amo.
- Ah, Nick.- murmurou.
- Eu então decidi enterrar isso. Não aguentaria viver sem você, esse ano longe foi terrível. Posso viver sem te beijar, mas não sem escutar sua risada, sobrevivo sem te tocar, mas não sem sua presença.- entrelaço nossos dedos.
- Teve um curto período na faculdade que eu gostei, desse jeito, de você.
- O que!?
- No terceiro ano, depois que eu terminei com aquele cara. Eu me sentia diferente com você.
- E por que você nunca me contou?- meu deus, nós podíamos ter tido uma chance.
- Éramos amigos e você meio canalha.- sua voz era uma mistura entre ironia e raiva.- você sempre estava com uma garota diferente e elas tinham um padrão do qual eu não me encaixava.- aquilo me abalou em um novo nível.
- É claro que eram diferentes de você, eu não queria parecer um estranho aparecendo com uma sósia sua como namorada e também não queria confundir as coisas com quem quer que estivesse comigo.
- Eu sempre achei que eu não era seu tipo.- admite ela.- As garotas com quem saía eram em sua maioria loiras ou ruivas, baixas e MAGRAS.- ao enfatizar a última palavra ela desvia o olhar para longe do meu.
- Porque não queria que elas me lembravam de você!- solto um longo suspiro. Nunca quis alguém que pudesse se assemelhar a ela, por isso fiquei com um padrão de mulheres, nunca parei pra pensar como isso pareceria aos olhos dela.- Por isso é sua noite preferida?- pergunto tentando fugir do assunto.
- Não, aquela noite você aturou minhas lágrimas, me escutou e me paparicou.- volta o olhar para o meu.- Amo aquela noite por simplesmente ter sido eu e você.
- E por que me beijou agora?
- Porque você me deixou muito confusa, de repente recebi um beijo exacerbado do meu melhor amigo de infância, que é lindo e tem um corpão.- Ela gesticula bastante enquanto fala evidenciando o nervosismo.
- Era difícil pra mim também.- me aproximo e com calma retiro o cabelo de seu ombro, passando a ponta dos dedos pela pele.- Ter uma amiga de infância linda, gostosa, que me fazia imaginar como seria sentir o gosto da sua pele. Como seria chupar...
- Nick!- ignorando sua repreensão eu me aproximo mais.
- Desculpa.- beijo seu ombro e subo passando o nariz por toda a extensão do pescoço até a orelha.- Mas é verdade. Você não me disse quais foram as suas conclusões.
- Você sempre beijou bem?
- Isso quer dizer que gostou do beijo?- beijo novamente o pescoço, mas dessa vez raspando de leve os dentes na pele e então passando a língua no mesmo ponto provocando um pequeno gemido de sua parte e trazendo de volta as minhas labaredas de desejo.
Dessa vez não houve espanto ou demora pra que ela me recebesse, seus lábios se abriram assim que os meus os tocaram. Seu gosto suave e doce, tão inebriante. Abri os olhos entre o beijo apenas para poder vislumbrar ela, depois de tanto tempo aqui estamos nós finalmente, volto a fechar os olhos e me deleitar dos seus lábios.
O beijo é intenso, mas não do tipo agressivo, é intenso de uma forma que nunca experimente. Puxo seu corpo para que sente no meu colo, uma perna de cada lado, emaranhado os dedos em seus cabelos sedosos e tocando suas costas nos aproximando mais. O movimento a faz roçar em um lugar que nos fez gemer e por instinto repito aquilo.- Nick...- como amo o som do meu nome sendo dito por ela ofegante.- vamos terminar o que começamos na cozinha.- beijo seu pescoço enquanto ela olha para onde estávamos.
- Estamos fazendo isso.- avanço os beijos para o ombro.
- Você me entendeu.
Seus olhos tem um brilho de excitação e também de... Insegurança, talvez. E por isso digo.
- Vamos lá! Meu apetite aumentou também aumento de repente
Ela sai do meu colo sem quebrar o contato visual comigo, isso apenas acontece quando eu me levanto e tento, disfarçadamente, ajeitar o volume no meu short de moletom que não ajuda muito. Com as bochechas coradas ela dá as costas e volta para a cozinha. Sua reação, apesar de um pouco infantil para nossa idade, é extremamente fofo e não me impeço de sorrir para isso.
Entre olhares e um ou outro toque que agora traziam outro significado, terminamos o nosso jantar, que diga-se de passagem, ficou exatamente delicioso.
E mesmo com o clima palpável entre nós. Conseguimos transcorrer a noite como antes, é apenas quando chega a hora de se deitar que retornamos ao estado que estávamos durante o beijo.Olá, meus amores.
Mil perdões pelos erros e obrigada por ainda estarem aqui.
Espero do fundo do coração que estejam gostando.
Obrigada também pelos comentários e até o próximo.
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Sempre Fui Seu
RomanceJá tiveram um amor não correspondido? Eu sim, passei minha infância e adolescência ao lado dela, sem expressar o que sentia. Já tiveram um amor de infância? Aqueles inocentes, que com o passar do tempo deixa de ser? Meu Deus, como eu amava aquela g...