Ps: Amitripilina, por favor.

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Carta 2:5: " Ps: Amitripilina, por favor."

As vezes, até a situação mais ruim, possui um lado bom. Talvez um pouco oculto, necessitando assim de uma certa procura para ser encontrado.

— Pra mim a "Luz do fim do túnel" é, nada mais, e nada menos que um trem vindo te atropelar.— Soyeon falava dando de ombros. Caminhava junto de Jimin e de Yuqi pelo jardim de cores apagadas. Era uma manhã carregada de nervosismo para Jimin, pois de qualquer forma, hoje seria o dia que conheceria o rei da Coréia do Norte e o príncipe regente.

O seu noivo. Jimin estremeceu-se com tal pensamento.

— Soyeon!— Yuqi exclamou da fala da mais velha, dando um leve tapa no braço da irmã. Nem se lembrava de como haviam chegado no assunto em questão.

— Oush! É a mais pura verdade, poxa. Quando achamos que estamos perto de sair da situação, vem algo e mostra que ainda estamos atolados na merda.— Soyeon falou, Jimin riu nervoso da fala da princesa mais velha.

— Sinceramente, Soyeon...— Yuqi falou suspirando.— Jimin, verá o rei hoje, certo? Saiba que eu e Soyeon estaremos lá. Qualquer coisa, nós fazemos o velho "ajuda aqui".— Yuqi sorriu ardilosa.

— Não, não, não, sapeca! Sem essa de "ajuda aqui". A gente pode até fingir cio ou a merda que for. Ajuda aqui é plenamente humilhante.— Soyeon declarou fazendo Yuqi gargalhar.— Qual é a graça?

— Ajuda aqui é uma ótima e prática opção, ué!— Yuqi sorriu.

— O que seria "ajuda aqui"?— Jimin perguntou confuso da conversa quase que codificada das irmãs. Elas são estranhas— pensou o lobo interior ômega, analisando de forma relaxada o ambiente tedioso e desfavorável.

— É algo extremamente humilhante, Jiminie, extremamente!— Soyeon afirmou. Jimin riu, corando levemente do apelido repentino dito pela tal.

— "Ajuda aqui", na verdade, é uma prática brilhante que sempre, sempre mesmo, funciona. É o seguinte, se começarem a fazer você se sentir meio zonzo de informações ou desconfortável, Soyeon fingi desmaio e cai sobre mim, eu seguro ela e grito um "ajuda aqui!" desesperado. Sempre funciona, Jimin.— Yuqi riu, Soyeon somente negou suspirando.

— Me sinto idiota toda vez que caio no chão, sentindo todo mundo me tocar desesperado, querendo saber se ainda estou viva.— Soyeon falou sincera.— Já fingi tanto desmaio, que os nobres acham que eu sou morada do maligno, tu acha! Nao sei como ainda caem nessa merda.— bufou.

Jimin riu da cumplicidade das irmãs. Mesmo a contra gosto, Soyeon parecia super disposta a fazer os gostos da irmã.

— Obrigado, princesas. Vocês são muito gentis.— Jimin sorriu elogiando tais garotas.— Prometo não rir quando você cair estatelada no chão, Soyeonnie— Jimin caçoou.

Suas madeixas loiras bagunçavam-se levemente graças aos ventos fracos. Jimin é encantadoramente jovial.— pensava Yuqi.

— Ora, seu...

— Princesas Ha. Príncipe Park.— Um dos criados se aproximou, logo curvando-se na presença dos jovens.— O rei deseja conhecê-lo, príncipe de Seoul. Ele almeja sua presença em imediato na sala do trono.— informou sorrindo, pela ausência de cheiros naturais, Jimin identificou o servo como um beta. O servo não tinha características asiáticas. Sua pele era levemente bronzeada com algumas sardas, seus olhos eram grandes e belos. Seu cabelo era ruivo. Definitivamente, era muito belo. Jimin até o confundiria com alguém da corte real, se o mesmo não trajasse roupas gastas e rasgadas.

— Obrigada por informar, James.— Soyeon sorriu para o beta.— Aliás, esse é o Jimin. A sós podemos nós tratar sem esses pronomes ridículos, que tal? Já falei que você é nosso amigo.— deu um sermão disfarçado, James pigarreou.

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