Capítulo 44

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DULCE

Christopher me beija e assim vamos para o nosso banho juntos, e claro, transamos. Confesso que sentia falta disso, sentia falta do toque dele, da forma que me deixa louca e me satisfaz. Como de costume, ele fez questão de lavar meu cabelo mas não demoramos muito, logo terminamos o banho.

"Que bom que desceram, o bolo acabou de ficar pronto." - minha vó diz assim que aparecemos na cozinha.

"Então vamos cantar o parabéns!" - minha mãe diz animada e meu pai aparece com duas velas e as coloca no bolo.

"Ponto de interrogação? Estou ficando tão velha assim?" - Digo ao observar duas velas em forma de ponto de interrogação.

"É porque não tinha o número seis, filha. Mas vai se acostumando porque depois dos trinta ninguém gosta de assumir." - sei que meu pai tem razão, por isso dou risada e finalmente cantamos o parabéns.

Na hora de cortar o bolo, perguntaram para quem seria o primeiro pedaço mas sinceramente não quero fazer isso porque estou rodeada das pessoas que mais amo no mundo, e o Rodrigo. Não quero excluir ninguém e por isso foi para mim mesma, a pessoa que eu aprendi a amar acima de tudo. Ficamos por um tempo conversando, aproveitei a presença dos meus avós, eles já estão velhinhos e sei que não são eternos, gosto da companhia deles, são as pessoas que me ensinaram muitos dos valores que tenho hoje. Estava tudo certo até que começo a sentir mal estar, era como se a comida quisesse voltar. Levanto da mesa e vou até a cozinha, coloco um pouco de suco no copo, mas o cheiro me deixa enjoada e decido não tomar.

"Está tudo bem?" - Christopher aparece na cozinha e se aproxima de mim.

"Sei lá, o enjoo veio de novo." - respiro fundo e encosto na pia, sinto que minha pressão está caindo.

"Quer ir comprar um remédio?"

"Não, deve ter lá no quarto dos meus pais. Vem comigo?" - ele assente e vamos juntos.

Chegamos no quarto e sinto um tontura, um calor sobe e começo a não enxergar muito. Sei que é minha pressão caindo então sento na cama e peço para que ele pegue o remédio no armário, assim ele faz e não demora muito para achar. Olho para o remédio e até o cheiro do comprimido me deixa enjoada, mas dessa vez é o suficiente para me fazer ir até o banheiro vomitar.

Christopher fica me esperando na porta do banheiro e me olha preocupado quando termino de lavar a boca.

"Dul..." - ele está nervoso. - "Será que você não tá... grávida?"

"O que? Não! Isso é impossível."

"Não é, a gente transa... e com frequência. Você sabe que a gente só usou camisinha na primeira vez."

"Tudo bem, mas eu uso DIU."

"Eu não quero saber mais sobre o seu corpo do que você mesma, mas DIU também pode falhar."

"Eu não posso estar grávida, não quero isso."

"Pode estar, é melhor fazer teste e saber, assim você já começa a se cuidar." 

Essa possibilidade de estar grávida me deixa louca, como pode acontecer? A gente tem relações há pouco tempo e eu uso DIU, é um ótimo método contraceptivo. Mas no fim aceito ir com ele até a cidade para tirar a dúvida dele. Pego minha carteira e digo a minha família que vamos comprar remédio, então ele dirige até a cidade e compro um teste de gravidez.

"Vai dar negativo... já estou até me sentindo melhor. Vai ver meu corpo precisava colocar pra fora e não sossegou até isso acontecer." - Digo sem olha-lo.

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