Capítulo 18

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CHRISTOPHER

Aquela tinha sido uma das melhores transas que já tive, não esperava gozar rápido mas aconteceu, Dulce estava feroz, sexy e sedutora. Essa mulher ainda me mata! Ela sai de cima de mim e senta do meu lado, coloca a cabeça no meu ombro ainda tentando recuperar o fôlego, pego em sua mão e acaricio lentamente, era estranho porque sempre que terminamos de transar sinto essa vontade de acariciá-la.

"Nossa segunda-feira rendeu, senhorita Saviñón."

"Rendeu muito mais que qualquer trabalho, talvez não sejamos tão anti profissionais assim." - Ela ri e eu também.

"Eu gostei muito, Dul. E quando disse que te quero não foi só no calor do momento, ok? Eu quero mesmo."

"Eu também te quero, Ucker. Mas eu tenho um passado complicado demais pra simplesmente me jogar nos seus braços... mas saiba que quero te conhecer melhor e criar algo legal entre nós. Sem pressa, tudo bem?" - Olho em seus olhos, ela parecia estar aflita e esperando que eu reagisse de forma ruim, mas é claro que isso não aconteceu. 

Eu quero essa mulher e não me importa o tempo que isso vai levar, se no final estivermos juntos tudo vai ficar bem.

"Sem pressa, Dul. Eu também tenho meu passado e te entendo, quero que a gente se conheça melhor e no nosso tempo." - Eu a beijo sem que houvesse malícia, de forma calma e respeitosa como se estivéssemos firmando nosso acordo de ir devagar e no nosso tempo.

Nos vestimos e pedi para que ela sentasse na cadeira que tem em frente à minha mesa, finalmente iríamos falar sobre o trabalho.

"Estou com um caso que preciso trabalhar com urgência e está sendo bem complicado, em duas semanas estarei no tribunal e acho que seria bom ter a sua ajuda. Sei que não é exatamente a sua área mas poderá ser um desafio, sei que você é uma advogada excelente e conseguirá me ajudar. O que acha?"

"Adoro desafios profissionais Ucker, com certeza adorarei trabalhar com você. Mas por que está sendo complicado?"

"É um agressor que tentou matar a ex-namorada, mas o pior é que ele tem histórico de denúncias com todas as suas ex-companheiras e por mais que eu odeie, preciso ajudá-lo." - Percebo que ela engole seco e se remexe na cadeira, aquilo claramente havia deixado ela completamente desconfortável. Ela apenas me olha e não diz nada, fica parada e pálida. -"Dul? Está tudo bem?"

"Eu não posso defender um cara assim, Ucker. Desculpa." - Ela olha para baixo e fica quieta, nunca vi essa mulher desse jeito. Dulce tem um alto astral e sempre está sorrindo.

"Eu sei que é horrível defender um cara como esse e imagino que é pior ainda quando se é mulher, mas eu preciso de ajuda... Não te chamaria pra um caso desse se eu achasse que você não é capaz. Eu vou estar lá no tribunal, do seu lado... e pronto pra te defender de qualquer perigo que há nesse mundo. Você é uma mulher forte, Dul. É uma mulher independente, cheia de luz e uma profissional extraordinária... sei que é completamente capaz disso." 

Ela sorri e parecia estar mais aliviada e menos pálida, fico grato por isso porque não estava me fazendo bem ver Dul daquele jeito. Então ela concorda e aceita entrar nesse caso comigo, o que me deixa aliviado.

"Eu posso ficar com a parte de falar com as vítimas e ir atrás de pessoas que possam nos ajudar a testemunhar a favor do cara. Não quero ter nenhum tipo de contato com o agressor até o dia do tribunal, ok?"

"Tudo bem."

Entrego a ela alguns papéis, com informações das testemunhas e de pessoas que poderiam de alguma forma nos ajudar, ela agradece e vai para a sua sala trabalhar. 

Extraña SensaciónOnde histórias criam vida. Descubra agora