Capítulo 23

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CHRISTOPHER

Depois de guardar nossas malas no carro, coloco meu óculos de sol e vou abrir a porta para Dul, ela agradece e nós entramos no carro.

"Confesso que estou preparado para ouvir cinco horas de James Arthur." - digo em tom de brincadeira assim que arranco com o carro.

"Achei que as músicas dele fossem melancólicas demais para você, senhor Uckermann." - seu tom foi irônico e sinto que minha Dulce estava sendo a mesma que conheci no início, mas dessa vez é diferente porque não estamos nos provocando.

"Mudei muitos conceitos depois que te conheci, minha Dul." - ela sorri imediatamente assim que a chamo de minha e isso me traz alegria.

"Não garanto que serão cinco horas de James Arthur, mas posso dizer que será muito bom enquanto durar."

Essa última frase fez com que meu coração acelerasse, afinal, não há frase melhor para definir esse momento em que estamos vivendo... será muito bom enquanto durar.

De repente a música começa a tocar fazendo com que meus pensamentosfossem interrompidos, a batida é legal e tento me concentrar para prestaratenção na letra. Já posso dizer que gostei do ritmo, tem uma boa vibe e Dulparece estar pensando o mesmo, já que batuca na própria perna com os dedos eessa imagem é a que eu quero sempre guardar nas lembranças, minha mulher estásolta, cantando e balançando o corpo.

We're all strangers
Fighting in the streets
With no common ground
We're just strangers
Tryna find release
When there's none around
Then there's you

You don't feel that much a stranger
You stand out from all the crowds
I don't feel that much in danger
I was lost till I found you

Baby, baby, won't you please come rescue me?
I don't really wanna stay if you're not
All I know is that I need you, baby
Hold me close so I can finally breathe

Percebo como a letra dessa música reflete perfeitamente o que sinto pela Dul, éramos dois estranhos procurando nossa liberdade e tentando proteger a nós mesmos, até que nossos caminhos se encontram e tudo mudou. Com ela eu sinto que é mais do que certo e que não vou me machucar. Eu estava perdido até encontrá-la.

A viagem de volta para São Paulo estava sendo tão boa quanto a ida para o Rio, Dul e eu cantamos e até improvisamos algumas dancinhas, ela é uma mulher divertida e uma ótima companhia e claro, eu estou amando conhecê-la assim. O tempo passou muito bem, quando me dei conta já havia passado da hora do almoço então resolvemos parar em um restaurante para almoçar.

"Você sabe que esse lugar é bem caro, certo?" - ela diz enquanto estávamos na fila do caixa. Eu estava realmente disposto a pagar o almoço dela já que ela já tinha pagado a gasolina do carro.

"Eu não me importo, Dul." - ela sorri e vejo que estava prestes a contestar isso mas não deixo e dou um selinho nela - "Por favor, eu pago."

Ela me olha como se estivesse pensando e no fim aceita, depois de pagar voltamos para o carro e assim que entro meu celular vibra. "Não esquece que hoje seu prazo de amor acaba, boa sorte no fora que vai dar :) beijinhos, Belinda". Vadia. Eu preciso urgentemente pensar no que fazer, o que eu não posso é deixar ela ganhar. Todavia, não posso deixar Dulce sofrer qualquer coisa que seja, eu preciso proteger minha mulher...

"Ei, Christopher!!!" - sua voz alta chama a minha atenção e interrompe meus pensamentos, quando a olho ela parecia estar confusa -Estou te chamando e você tá nesse transe... Tá tudo bem?

"Sim, perdão... Era... era aquele cliente... perguntando se já estou voltando." - droga! Eu gaguejei demais e ela não vai acreditar na minha história.

Extraña SensaciónOnde histórias criam vida. Descubra agora