Hinata On.-- Posso jurar que esqueci algum a coisa. - Disse pro Shino pela quinta vez.
-- Meu bem, você já repassou a lista toda. Não se esqueceu de nada. E se tiver esquecido, pode comprar quando chegar lá. Relaxa.
Ele deu tampinha carinhoso no meu joelho. Olhei para ele distraída enquanto as portas do avião se abriram e a fila de pessoas começava a andar.
-- Ok... - falei enquanto nos levantámos.
Shino pegou nossas bagagens de mão no compartimento acima das nossas cabeças e passei à dele, puxando a alça da minha mala atrás de mim. Eu acordei me sentindo inquieta e distraída. Talvez estivesse para ficar gripada ou algo parecido. Não sei. Estava voltando para casa pela primeira vez depois de um tempo. Deveria estar me sentindo relaxada e animada. Em vez disso, não conseguia afastar a sensação de que deixei alguma coisa para trás, de que havia algo errado.
Não ajudou o fato de ter rolado de um lado para o outro na cama a noite toda, incapaz de desligar a mente. Agora, eu estava exausta.
Além do mais, acho que um pouquinho nervosa com a viagem. Shino só encontrou a minha família uma vez, quando meu pai e minhas irmãs vieram para Las Vegas, logo depois da minha mudança. Na época, eu e Shino tínhamos acabado de começar a namorar e saímos todos para jantar. Portanto, essa viagem de agora era uma oportunidade para Shino conhecer melhor meu pai e minhas irmãs. O que era bom... certo? Mordi o lábio.Atravessamos o terminal do aeroporto. Teríamos que esperar uma hora antes de pegar a conexão para Dayton e, por isso, decidimos comer em um restaurante próximos ao nosso portão de embarque.
Descemos pela escada rolante e, quando olhei para as pessoas que estava subindo, uma senhora idosa chamou a minha atenção. Ela sorriu para mim e piscou. Eu me espantei, percebendo algo familiar nela... Olhei para trás, virando o pescoço enquanto a senhora seguia o caminho dela, se afastando de mim, mas ela não olhou para trás.
Enquanto atravessávamos o aeroporto enorme, passamos por uma garotinha desenhando. Bem quando passamos por ela, a menina sorriu e mostrou o desenho para mãe. Olhei para ver o que era, e o tempo pareceu passar mais devagar enquanto eu reparava na florzinha amarela, delicada, que ela desenhou. Virei a cabeça para frente bem rápido, o tempo voltando ao ritmo normal, e continuei caminhando. Uma sensação cálida percorria o meu corpo.
Quando chegamos ao terminal onde nosso avião estaria, sentamos numa mesa pequena de um restaurante que slserbia sopa e sanduíches. Shino foi até o balcão pedir o almoço.
Enquanto eu ficava sentada ali, esperando Ele, olhei ao redor. Um homem sentado numa mesa perto da entrada do restaurante, de costas para mim, chamou minha atenção. O cabelo loiro e os ombros largos e musculosos. Meu coração acelerou mais rápido e prendi a respiração. Naruto? Não pode ser. Como? Comecei a me levantar no instante em que o homem fez o mesmo, e o ar ficou preso em meu peito. Quando o homem e se virou, um profundo desapontamento me dominou e quase comecei a chorar. Não era ele. Afundei de volta na cadeira, a mão segurando com força a beirada da mesa. Fiquei olhando para o nada por vários minutos, enquanto a verdade do que eu sentia invadiu a minha alma.
Ah, meu Deus... Meus verdadeiros sentimentos me atingiram enquanto eu estava sentada ali, no meio de um restaurante no aeroporto. Era Naruto que me faltava. Era Naruto que eu estava querendo. Naruto. O único homem que me fez perder o controle de várias formas.... o único que era tudo, menos seguro.
A verdade me atingiu como aquela primeira luz do sol despontando no horizonte. Ele foi atrás de mim em Washington. Voltou pra me ver depois de ter mudado a própria vida. Quase gritei quando a realidade me atingiu. Eu não me permiti pensar muito nisso, mas como as coisas poderiam ter sido diferentes? De repente eu soube que as coisas teriam sido diferentes porque eu teria pulado nos braços do Naruto sem qualquer hesitação. Fosse qual fosse a razão, aquela não foi a hora certa. Mas esta é. Minha alma vibrou quando compredi isso.
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Meu Doce Veneno-NaruHina (Concluída)
FanfictionHinata Hyuuga tem 23 anos e é estudante de direito. Após as dificuldades encontradas na infância, ela faz de tudo para não decepcionar o pai,segue todas as regras, é dedicada e cheia de planos. Porém, após viajar para uma conferência de direito em L...