Hinata On.
O Natal seria daqui a uma semana. Eu me joguei nas compras de última hora e nos casos do trabalho, incluindo o de Kiba Inuzuka. O julgamento estava marcado para Janeiro, portanto eu tinha tempo para preparar o caso. Não que houvesse aparecido muitas evidências novas. Tínhamos o resultado da autópsia e, além da causa óbvia da morte - uma bala de arma de fogo na cabeça -, não havia nenhum trauma físico, nenhum problema de saúde nem traços de drogas no organismo. E o mais interessante: pelo o que os legistas disseram, a moça era virgem. Isso descartava toda a teoria da prostituição que seu errado. Ainda assim, a evidência do DNA era irrefutável. O sangue do acusado estava na cena do crime, na pedra, e o da vítima foi encontrada em roupas no apartamento do Sr. Inuzuka. Sem mencionar que a bala retirada do corpo era da arma do Kiba. Com evidências como essas, eu achava que não precisaríamos oferecer um motivo.
Não havia testemunha para preparar além do legista e do especialista em DNA, por isso eu me senti em dia com o caso. O que era bom, porque no Natal iria tirar uma semana de férias em Ohio. Shino iria comigo e eu mal podia esperar para passar um tempo com a minha família, aproveitando o conforto e a tradição da data. Precisava muito da tranquilidade mental que isso me traria.
Não falei com Naruto desde que ele saiu da minha casa pelos fundos, dois dias atrás. Eu precisava de espaço. Tudo com Naruto parecia acontecer rápido demais, de forma inesperada. Assim como na primeira vez. Imaginei que a questão éramos nós. Não que houvesse de fato um nós. Mais ainda assim... eu estava abalada. E ainda me sentia culpada e sensível em relação ao que fiz com Shino. Algo que eu não tinha a menor intenção de contar a ele. Ainda não estávamos casados. Sim, eu sabia que, tecnicamente, o traí. Mas será que teria algum problema se ele nunca soubesse que a noiva beijou outro homem uma única vez? Ah, e também que quase teve um orgasmo contra a coxa musculosa de outro homem enquanto ele a pressionava contra a parede? Gemi alto de vergonha e bati na testa, sentada diante a mesa do meu escritório. Meu Deus, como eu me odiava...
Pelo que parecia, Naruto respeitava o fato de eu precisar de espaço, já que não entrou em contato. Isso era bom. Embora eu estivesse muito curiosa sobre o motivo para ele não ter dormido com ninguém a última vez em que estivemos juntos, quase cinco anos atrás. Queria perguntar a ele. E precisava admitir para mim mesma que um arrepio subiu pela minha espinha toda vez que eu pensava a respeito. Seria apenas porque ele passou a maior parte desse tempo fora do país, em serviço? Devia ter sido por isso. Mesmo assim, não havia mulheres disponíveis nos portos ao redor do mundo? E por que ele não aceitou ir adiante as avanços da Shion? Quais eram as razões de Naruto? Eu não deveria me importar tanto em saber. Afinal, tinha a minha própria vida agora... e meu próprio homem para pensar. Não deveria pensar tanto no Naruto. Mas não conseguia evitar. Que Deus me ajudasse. Também não parava de me perguntar se Naruto teve algo a ver com o caso do Kiba Inuzuka. Os dois eram amigos, com uma história nas Forças Armadas, e ambos haviam se mudado para Las Vegas ao mesmo tempo, quase pela a mesma razão. Isso não que Naruto soubesse mais do que contou para a detetive Yuuhi quando ela o interrogou. Mas eu tinha a sensação de que havia mais coisas ali. E deve-se acrescentar isso ao fato de que outro colega era o dono do hotel em que ambos trabalhavam, além da enorme quantia que foi depositada para pagar a fiança. As perguntas não saíam da minha cabeça. Alguma coisa me incomodava nesse caso. Havia uma ligação, eu só não conseguia compreender qual poderia ser.
Suspirei alto e me recostei na cadeira. Seria bom ficar fora por uma semana. Eu conversaria conversaria com as minhas irmãs... isso me daria uma perceptiva melhor sobre essa situação caótica. Sim, seria bom para mim. Era o que eu precisava.
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Meu Doce Veneno-NaruHina (Concluída)
Fiksi PenggemarHinata Hyuuga tem 23 anos e é estudante de direito. Após as dificuldades encontradas na infância, ela faz de tudo para não decepcionar o pai,segue todas as regras, é dedicada e cheia de planos. Porém, após viajar para uma conferência de direito em L...