Outubro, três meses mais tarde.Hinata On.
Olhei para o diamante no meu dedo e abri um sorrisinho antes de pegar o relatório em que estava trabalhando.
Ouvi uma batida na porta do escritório.
-- Entre! - falei.
A porta se abriu. Shino apareceu e voltou a fechá-la.
-- Oi, minha noiva linda - disse ele.
-- Oi para você também. - falei, sorrindo, mas sem me levantar.
Ele deu a volta na minha cadeira, pousou a mão sobre os meus ombros e começou a massageá-los, enquanto se inclinava e beijava o topo da minha cabeça.
-- Ai.... - gemi. - Não para, está tão bom...
-- Já está terminando? - perguntou ele.
Franzi o cenho.
-- Acho que não. Preciso de mais uma hora.-- Eu espero. Vamos jantar mais tarde?
-- Ok. Passo na sua sala quando acabar.
Olhei para ele por cima do ombro, ainda sorrindo. Ele beijouo topo da minha cabeça outra vez e saiu do escritório.
Fitei de novo o meu anel. Ainda estava me acostumando a vê-lo ali, já fazia apenas três dias que Shino me pediu em casamento. Recostei-me na cadeira, pensando no turbilhão que havuam sido os três últimos meses: me adaptar ao novo emprego que eu amava, e conhecer Shino, meu doce Shino. Só havíamos namorado por três meses, mas, como eu contei pra Ino e às minhas irmãs, sabemos quando encontramos a pessoa certa. Eu estava com 27 anos. Sabia o que queria. Por isso, quando Shino se ajoelhou durante um jantar no restaurante francês Joël Robuchon, eu aceitei na hora. Ainda não tínhamos marcado a data, mas eu estava pensando em fazer a cerimônia no outono. Olhei outra vez para o anel e voltei a trabalhar.
Hinata off.
Naruto On.
Bebi o restante da cerveja e pousei a garrafa no balcão do bar à minha frente. Lee, sentado à direita, com as muletas em cima do balcão, ao seu lado, gesticulou para o barman pedindo mais duas garrafas.
-- Aguenta firme cara - disse com um sorriso.
Lee olhou para mim.
-- Na última vez que ouvi isso eu estava em um helicóptero e meu corpo jorrava sangue- comentou com uma risadinha.Sorri sem humor.
-- É. Não posso dizer que me lembro direito daquele voo.Ficamos em silêncio por um instante, antes que o barman colocasse as garrafas diante de nós. Acenei com a cabeça em agradecimento ao homem.
-- E então Naruto, já decidiu se vai aceitar a dispensa por motivos médicos?
Lee me olhou com cautela e tomou outro gole de cerveja.
Fechei os olhos por um instante.-- Acho que vou continuar. - falei.
Era grato à Marinha por ter me dado a chance de escolher. No fim das contas, a bala que acertou meu peito por pouco não atingiu meu coração. Um centímetro para a direita e eu teria morrido na hora. As queimaduras nas minhas mãos estavam quase curadas, a não ser por umas cicatrizes superficiais em vários lugares nos meus dedos e nas palmas. Mas o berço atingido demoraria um pouco para sarar. Levaria pelo menos um ano até que eu pudesse voltar a ser um soldado confiável com uma arma de fogo nas mãos. Ia ser muito chato ficar sentado na base, limpando armas, enquanto todos os meus parceiros ficariam indo e vindo, mas eu não tinha alternativa. Lee não teve tanta sorte. Os ferimentos internos provocados pelas balas haviam sido tratados, mas os ferimentos na perna foi sério o bastante para que ele fosse dispensado por motivos médicos, sem escolha. Mas, pelo menos, Lee não perdeu a perna. Mancaria um pouco para sempre, mas conseguiria caminhar.
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Meu Doce Veneno-NaruHina (Concluída)
Fiksi PenggemarHinata Hyuuga tem 23 anos e é estudante de direito. Após as dificuldades encontradas na infância, ela faz de tudo para não decepcionar o pai,segue todas as regras, é dedicada e cheia de planos. Porém, após viajar para uma conferência de direito em L...