Dois meses depois
Hinata On.
Estacionei em frente à casa onde cresci e sorri. Estava cansada por causa da viagem de oito horas de Washington até Ohio, mas ver meu lar me proporcionou uma injeção de energia. Já sabia onde meu pai estaria sentado dentro de casa - na poltrona reclinável marrom caindo aos pedaços que ficava de frente para a TV. Era a poltrona dele, e o papai nunca abriria mão dela, nem quando eu e minhas irmãs implorávamos para que ele comprasse uma nova. Uma vez, quando a minha irmã Hanabi tinha 11 anos e frequentava aulas de costura, ela fez uma capa para essa poltrona, com um tecido estampado de margaridas amarelas. Meu pai quase teve um ataque, mas então ele olhou pra minha irmã, que estava quase explodindo de tão orgulhosa diante do trabalho perfeito que fez, sentou na poltrona e disse:
-- Ora, Hanabi, nunca imaginei que alguma coisa pudesse tornar essa poltrona mais confortável, mas acho que você conseguiu.
Papai fez uma grande cena, ajeitando-se bem na poltrona e descansando a cabeça no encosto, com um sorriso satisfeito. Sim, meu pai era um cara legal.
-- Papai? - chamei, enquanto destrancava a porta e entrava.
Ele saiu sorrindo da sala de estar.
-- Nossa, olhe para você, Hina. - E me deu um beijo no rosto. - A faculdade de direito deve estar lhe fazendo bem. Você parece ótima.-- Obrigada pai. Está mesmo. - sorri.
-- Como foi a viagem?
-- Tranquila. Ouvi alguns audiolivros, por isso passou rápido.
-- Audiolivros, GPS... - zombou ele. - Logo, logo, as pessoas não terão motivos para ler um livro ou um mapa. Estou dizendo.
Revirei os olhos.
-- Você devia tentar, papai, talvez mude de ideia.Ele pegou a mala pequena que eu levava e deixou na sala. As aulas de outono começavam em uma semana e eu fui até Ohio para visitar meu pai e minhas irmãs antes do começo do novo semestre. Tinha poucos dias, mas estava com saudades deles. Sentia falta de casa.
-- Hanabi e Sakura não estão? - perguntei.
-- Não , mas já já estão aqui. As duas saem da aula às cinco.
Assenti. Minhas irmãs estavam na faculdade. Hanabi se formaria como professora, e Sakura estava num curso ligado a um hospital local, onde ofereciam um programa que pagava a faculdade caso o aluno assinasse um contrato para trabalhar por dois anos no hospital após se formar. Eu sentia orgulho delas duas. Elas iam bem nos cursos e trabalhavam durante o verão pra ajudar a pagar as contas.
Levantei.
-- Quer alguma coisa? Vou pegar um chá.-- Então pegue uma cerveja para mim. Obrigado.
Fui até a cozinha e peguei uma lata de Skol na geladeira, a mesma cerveja que meu pai bebia desde que me entendo por gente. Eu peguei um copo de chá, voltei para a sala e entreguei a cerveja pra ele.
Papai abriu a lata, tomou um gole e pediu:
-- Me conte sobre suas aulas, Hina.Também tomei um longo gole do meu chá.
-- Na verdade, papai, queria conversar com o senhor sobre isso. - disse nervosa.-- É mesmo? - perguntou ele, me fitando.
-- Sim. - Respirei fundo. - A questão é que mudei o meu foco no direito.
Olhei para baixo e tomei outro gole do chá. Quando ergui os olhos, meu pai me encarava, muito sério.
-- Está certo. Em qual área você está interessada?
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Meu Doce Veneno-NaruHina (Concluída)
Fiksi PenggemarHinata Hyuuga tem 23 anos e é estudante de direito. Após as dificuldades encontradas na infância, ela faz de tudo para não decepcionar o pai,segue todas as regras, é dedicada e cheia de planos. Porém, após viajar para uma conferência de direito em L...