Capítulo 01.

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~Aqui estava eu, mais um dia no orfanato, fazendo as tarefas de sempre, comendo o de sempre. O que alegrava meus dias é que uma vez na semana podíamos ir até a sala de computação só para passar o tempo.
Eu amava ficar vendo filmes, vídeos, até tik Tok.~

"Ana vamos, é hora do jantar!" Acordo de meus pensamentos com minha amiga me chamando.
Sim eu sou órfã, as freiras disseram que a 17 anos atrás meu pai me deixou aqui prometendo um dia voltar, o que nunca aconteceu. 
O normal é que meninas que completam 16  anos são transferidas para outro orfanato mas no meu caso não foi assim, as freiras se tornaram minha família e para que eu conseguisse permanecer no orfanato que cresci, comecei a ajudá-las. Eu ajudo na limpeza, comida, cuido dos mais novos...

Chego até a sala de jantar e me sento, vejo minhas amigas eufóricas e pergunto para elas qual o motivo de tanta felicidade?

"Nós conseguimos ir para nossa realidade!" Amélia diz e Judite acrescenta "Amélia foi para Nárnia e eu fui para os jogos vorazes!"

"Vocês realmente acreditam nisso? Que bizarro." Falo rindo também.

"Não julgue, você deveria tentar, quem sabe consegue sorrir um pouco!" Amélia sorri de leve com a última frase.

"Não prometo." pisco para elas e volto minha atenção para o prato de comida a minha frente.

"Sendo sincera, estou aqui desde os quatro anos de idade e meus melhores momentos foram quando estava abraçada ao rei Edmundo dançando em um baile no castelo de Aslan." Fala sonhadora e rimos.

(...)

Acabei de lavar a louça e colocar as menores para dormir, tomei um banho e deitei em minha cama. Eu agora dormia em um quartinho minúsculo apenas com uma cama uma cadeira ao lado da mesma e um guarda-roupas de duas portas. Era simples mas gostava daqui.

Como de costume todas as noites eu ficava acordada pensando em como fui parar aqui, em meus pais, por que tenho sonhos tão estranhos e... minha maior pergunta... como consegui essa marca em meu peito...

As irmãs falam que meus pais eram pessoas más e que tatuaram uma cobra entre meus dois seios quando eu ainda era muito pequena, mas eu não acredito

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As irmãs falam que meus pais eram pessoas más e que tatuaram uma cobra entre meus dois seios quando eu ainda era muito pequena, mas eu não acredito. Em todos os meus anos aqui, o que mais vi foram adolescentes tatuados indo e vindo. Minha marca parece mais de nascença do que uma tatuagem, mesmo sendo tão nítida.

Quando passo a mão nela meu coração sempre acelera e sinto coisas que não sei explicar, meus pensamentos sempre voltam para a figura de uma mulher negra de cabelos castanhos e olhos verdes. Nunca a conheci mas sempre penso que ela poderia ser minha mãe.... Mas ela tem um olhar tão doce... Se as irmãs estiverem certas sobre meu passado meus pais não foram lá aquelas coisas e essa mulher não aparenta ser má, além de extremamente linda, irradia gentileza...

"APAGANDO AS LUZES!!" Saio de meus pensamentos com uma das irmãs gritando que já está na hora de apagar as luzes. Logo tudo escurece.

Meu quarto tem uma janela pequena mas que da certinho em direção a lua, e a mesma sempre ilumina o pequeno cômodo com sua beleza. Olhando para ela me lembro da conversa de hoje mais cedo com as meninas no jantar, ir para outra realidade enquanto durmo... Não seria má ideia tentar isso por uma noite mas... Não parece ser algo possível! Talvez elas apenas consigam controlar seus sonhos enquanto dormem e por isso, acham que foram para sua tão desejada realidade.

Bom... Não custa tentar! Acabo lembrando de todos os tik toks que já vi, as meninas fazendo roteiros,  assistindo filmes e vídeos antes de começar os devidos métodos para mudar de realidade... Eu não tenho nada disso.

Pego papel e caneta na gaveta da escrivaninha do quarto e penso para onde ir, lembro da minha saga favorita, Harry Potter e assim decido fazer um roteiro simples, afinal meu grande desejo não é ficar com os personagens como é o desejo de muitas, apenas tenho curiosidade em ver o castelo de Hogwarts, em qual casa o chapéu seletor me colocaria e o mais importante, se isso realmente é verdade!

Assim começo a imaginar em como meu roteiro deveria começar e depois de muito pensar e quase desistir, escuto um sussurro quase inaudível "Acorde no trem com 11 anos novamente." 

É CLARO!! 

Esse sussurro com certeza foram meus pensamentos então logo escrevo em uma folha que estava do meu lado por acaso:

"Acordo de uma soneca já dentro do trem e vestida com meu uniforme a pouco tempo para chegar no castelo com 11 anos de idade. Vou de barco com os primeiranistas pelo lago negro e passo pelo chapéu seletor, dou uma explorada e daqui uma ou duas horas acordo de volta no orfanato."

Certo, vamos tentar...

(...)

Após 30 minutos mais ou menos, não consegui nada, algumas pessoas falam que isso pode demorar até meses mas eu estou realmente achando que isso não é para mim...

Decido deitar e dormir mas escuto um sussurro novamente "A marca, passe a mão pela marca."

Por um instante paraliso de medo por achar que não é mais meus pensamentos  mas depois me acalmo. Não custa tentar, até faz sentido porque quando passo a mão nela, fico com o corpo e mente mais sensíveis.

Deito e respiro fundo, passo meu roteiro todo na cabeça várias e várias vezes enquanto minhas mãos acariciam minha marca. Meu corpo todo começa a ficar dormente, meu coração acelera mais e mais e em uma fração de segundos adormeço. Como em um estalo acordo novamente com um barulho relativamente alto e quando abro meus olhos...

- Oi pessoal tudo bem? Alguns avisos: Vou tentar postar de no máximo dois em dois dias, se isso não for possível não se preocupem que mesmo assim não irei abandoná-los.

Obrigada por estarem lendo esse livro! Beijos!❤️❤️

The Last SlytherinOnde histórias criam vida. Descubra agora