Não sou a mulher de ninguém!

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Estamos deitados nus na cama ele faz carinho nas minhas costas e eu em seu peito, estávamos em silêncio até ele deitar por cima de mim entre minhas pernas e fica olhando para meu rosto, seus olhos estão calmos e ele tem um sorriso discreto nos lábios, ele me beija e deita em meu peito.

Faço carinho nas suas costas e ele nas laterais do meu corpo.

- Quantas mulheres estiveram aqui depois que fui embora? - pergunto puxando assunto.

- Nenhuma – ele fala serio.

- O que? Você passou todo esse tempo sem transar? Por que? - digo levantando seu rosto para olhar em seus olhos.

- Não conseguia, quando entrava e via que não era você eu pedia à vontade – ele levanta de mim e deita do meu lado.

- Acho melhor eu compensar o tempo perdido – digo sentando em seu colo, ele sorri a faz carinho nas minhas pernas.

- Depois, primeiro você vai me dizer o que aprendeu a lutar daquela maneira.

- Minerva, ela me ensinou tudo, tínhamos missões e precisava mata – digo

- E o que fez na banheira? – ele fala e acaricia minha bunda, sinto pulsar em baixo de mim, mas não acho que ele queira fazer nada agora.

- Hahaha, aquilo é a mesma coisa que você faz sozinho, é uma forma de ter prazer mesmo não tendo um parceiro – digo gesticulando os movimentos de uma masturbação masculina.

- Mas eu estava com você - ele fala ficando sério. Acho que ele não gostou da minha explicação, soou como se ele não fosse o suficiente.

- Eu sei, juntei os dois e foi fantástico, não foi? - digo e me inclino para deitar sobre seu peito. Ele me abraça e faz carinho nas minhas costas.

- Você deve ter praticado muito para ter ficado boa assim.

- Talvez – digo me levantando para poder olha-lo, ele sorri novamente, e alisa meu rosto.

- Tive medo de morrer e não poder te ver pela última vez – digo isso e ele fecha a cara de novo, me tira de cima e levanta da cama.

- Não deveria ter ido embora – fala ele de maneira grosseira.

- Se eu não tivesse ido eu não saberia tudo que sei, você me deixaria naquela ilha, e não estaríamos juntos agora – digo me levantando também, pego minha camisa e me visto.

- Eu não te deixaria na ilha, estava pronto para te carregar comigo, queria você ao meu lado – ele fala colocando as calças. Nunca vou saber se ele fala a verdade.

- Estou ao seu lado Nevra, eu voltei, não vou embora – digo chegando perto dele e tocando seu rosto, ele tenta me impedir, mas seguro sua mão e ele permite que o toque.

- Não confio em você - ele fala com raiva na voz. So pode ser brincadeira que estou com o pirata mais carente dos 7 mares.

- Eu juro – digo fazendo um X no peito.

Ele fica me olhando e se aproxima de mim, segura meu rosto e minha cintura me puxando para perto dele, seu nariz esta junto ao meu, seus olhos olham sem piscar para os meus e sua boca roça na minha

- Não vou cair na sua lábia de novo, sereia – ele fala isso e me solta com força.

Ele termina de se vestir e sai do quarto com raiva.

- Você já caiu Nevra – digo sozinha sorrindo.

Termino de me vestir e saio para o convés principal, todos evitam contato visual comigo, gosto dessa sensação, Alek está parado de braços cruzados olhando para mim com cara feia

- O que você está olhando – falo me aproximando dele.

- Porque sereia? - ele pergunta sério

- Adivinhe, te dou um beijo se você acertar – digo ficando de ponta de pés chegando bem perto do seu rosto.

- Você é a mulher do capitão, jamais tocaria em você, nem eu nem ninguém aqui – ele fala me segurando pelos braços com força.

- Não sou a mulher de ninguém! - Digo com raiva e ele me solta.

Ando em direção a polpa do navio e fico observando o mar, sinto falta das minhas meninas, da minha família, do que Nevra era.

- Por que tudo que eu amo tem que morrer?

Fases da LuaOnde histórias criam vida. Descubra agora