Fases da Lua

Nenhuma a Menos!

Estávamos indo em direção a Inglaterra, estava feliz, encontraria ele novamente, estou pronta para revê-lo, espero que não lembre de mim e possamos recomeçar.

- BARCO A LESTE! – grita Silvana do observador. Pego a luneta e avisto um barco, velas negras como a noite, não parece de nenhuma marinha, olho a bandeira e são duas caveiras de tapa olho.

- Merda! – Falo e Minerva logo encosta em mim.

- O que foi? o que são? - Ela fala confusa.

- Piratas, os gêmeos franceses – os gêmeos são piratas perigosos, já derrubaram muita gente nesses mares, eles matam pelo simples prazer de matar.

- Tem certeza? - Ela pega a luneta e vê em direção ao barco.

- Sim, olha a bandeira.

- PREPAREM OS CANHÕES! - Minerva desce as escadas gritando assustando todas as meninas, mas atomisticamente todas param o que estão fazendo e a obedecem.

Em algumas horas eles estarão aqui, os canhões já foram posicionados e estão carregados, todas já estão com suas espadas e seus arcos, a única que tem arma de fogo e Minerva e creio que ela não sabe como usar.

- Subam as velas, se preparem para o combate meninas – ela fala autoritária, já estamos posicionadas, luto ao lado dela, aprendi muita coisa, mas não sou a melhor daqui.

Eles nos viram e estavam vindo em nossa direção

- Nenhuma mulher vai se render, vamos lutar até a morte, entenderam? - Ela vira para nós e levanta sua espada.

- NENHUMA A MENOS – gritamos em coro.

Não demora muito e eles já começam a atirar na gente, eles miram na parte de baixo do navio, fazendo a gente desequilibrar, a água vai entrar a vamos afundar.

- FOGO! – Grita Minerva e logos os canhões atiram neles.

Nós não ficamos para trás, derrubamos o mastro principal, e com isso conseguimos uma vantagem, porém eles começam a chegar perto do nosso barco, vão jogar o barco dele por cima do nosso, isso é loucura, suicídio.

- SE PROTEJAM MENINAS! – Grito para elas saírem da linha do barco.

Eles batem na gente com força, eu sou jogada pra longe quase que caio na água, mas me seguro em uma corda e consigo voltar. Os homens estão entrando no parco, eles vieram para matar.

ATACAR! – Grita Minerva.

Eu puxo minha espada e luto com o maior número possível de homens, algumas mulheres estão com arcos e flechas dando cobertura o que torna tudo mais fácil. Estamos com a vantagem, porém não esperávamos armas de fogo.

Eles começam a tirar e derrubar uma de cada vez, vejo o número de mulheres diminuir e mais homens virem para cima de mim, precioso fazer alguma coisa, corro e vejo minerva cercada, eu estou mais folgada, corro até ela derrubando alguns homens no caminho.

- Minerva, temos que ir! – Digo me encostando nela

- Não vou deixar meu barco! – Ela fala nervosa.

- Vamos morrer juntas! – Digo pegando em sua mão.

- Que assim seja! – Ele aperta a minha e nós partimos para o a taque.

Estou com minhas costas nas delas e os homens estão diminuindo, eu não sou a melhor mas consigo derrubar alguns, Minerva é incrível, ela se move com uma velocidade impressionante, conseguimos derrubar quase todos, estou toda ensanguentada e minerva também, não vemos mais nenhum homem, o barco esta destruído, ela esta distante de mim, eu a olho ofegante e ela sorri para mim. Mas vejo um dos gêmeos sai dos destroços do seu barco e atira em cheio em sua cabeça.

- NÃOOOO! - Grito e vou em direto a ele, consigo enfiar minha espada nele, mas o outro gêmeo atira nas minhas cotas e eu caio no mar, sinto meu corpo inteiro ficar dormente, mas não posso desistir agora, me livro das minhas roupas pesadas e fico só de camisa e calça, consigo voltara para superfície e sinto o ar nos meus pulmões.

Olho ao redor e vejo vários corpos de mulheres e homens boiando, sinto meu coração acelerar e uma poça de sangue se formar ao meu redor, preciso dar um jeito de fugir, acho um pedaço de madeira grande e subo nele, me viro de costas para estacar o sangramento, e deixo a maré me levar, sinto minha respiração ofegante e vou perdendo os sentidos aos poucos, chegou meu fim.

- Nevra – penso nele e apago completamente.