Fases da Lua

Novo Mundo

Os soldados atiram na gente e nós corremos e tentando nos proteger, eles erram todos os tiros e começam a nós atacar com as espadas.

Estamos desarmados porem Alek consegue derrubar alguns só no soco e pegamos suas espadas, Nevra e ele estão em melhor estado, mas eu ainda consigo lutar, não vou ficar para traz, se for para morrer vamos morrer com honra.

Nos três lutamos juntos, em uma dança perfeita e muito bem coordenada, mas do nada perco Nevra de vista.

Nevra

- Sua mulher é boa –Fala lebka com um sorriso nojento sujo de sangue.

- Cala boca – falo atacando ele que se defende com dificuldade.

- Ela deu pra mim na cela – ele fala e tenta me atacar. Tenho certeza que ela fez isso, mas graças a ela nos temos a chance de sobreviver.

- Você fala demais – falo e o taco nas pernas.

Mesmo ferido essa porra não morre, já acertei ele algumas vezes, mas mesmo assim ele continua lutando, quando finalmente tenho a vantagem sinto algo atravessar meu peito, olho para trás e tem outro saldado, ele me atacou pelas cotas.

Merda, eu vou morrer, essa era a visão.

Sinto falta de ar e me ajoelho, olho diretamente para Marjorie lutando e ela olha para mim e tenta correr na minha direção.

- Eu te amo – falo antes de sentir meu corpo cair no chão.

Marjorie

- NEVRA! - grito e corro em sua direção.

- Não.... por favor... não - Me ajoelho ao seu lado e escuto Lebka rir, ele esta fraco e quase morrendo, eu terei minha vingança.

Ele fica ajoelhado rindo para mim, me levanto e fico bem na frente dele, ergo minha espada e enfio em seu peito.

- Isso é pela minha família – falo entre os dentes e retiro a espada.

- Por minhas meninas – falo enfiando novamente e rasgando sua barriga de um ponta a outra.

- E pelo único amor da minha vida – retiro a espada novamente e corto sua cabeça.

Chuto seu corpo para que caia no chão e enfio minha espada em seu corpo morto.

Todos param de lutar e me olham, me abaixo e abraço o corpo de Nevra e fico chorando e gritando.

- Marjorie – fala Alek segurando no meu braço.

- ME SOLTA – falo em protesto, não vou embora.

Alek fica ao meu lado o tempo todo até eu me acalmar, o corpo de Nevra já está frio.

- Alek - falo quebrando o silencio.

- Sim – ele responde.

- Vamos enterra-lo – falo passando a mão pelo rosto de Nevra.

- Sim senhora - ele fala e pega Nevra nos braços.

Levamos ele ate a praia e enterramos o seu corpo perto do mar, faz uma pequena oração em alemão e coloca a espada de Nevra cravada na areia.

- Me desculpe, não pude te salvar, mas não vou deixar sua morte ser em vão - falo encostando a testa na areia.

- Marjorie, temos que ir agora – fala Alek colocando a mão no meu ombro.

- Eu sei – falo me levantando.

Fomos andando e Alek não derramou uma lagrima, e após o enterro eu também não chorei mais, eu e Alek pegamos um barco que estava atracado no porto e fomos em direção a mar aberto.

Alek assumiu o leme e eu ficava olhando o mar, fechei meus olhos e senti um abraço atrás de mim, eu não preciso abrir os olhos para saber quem é, o espirito de Nevra está comigo, e ficara para sempre, sorrio fraco e uma lagrima desce pelo meu rosto.

Abro os meus olhos e olho para o céu para ver a lua, lua nova.

- Vamos para o oeste, para o novo mundo.

- Sim, capitã - ele fala e roda o leme para o leste e seguimos nosso novo trajeto

Que novas descobertas me aguardam nesse novo mundo.

400 anos depois.

- Bom dia turma, hoje a aula será sobre pirataria, mas, vou contar uma história diferente de piratas, vocês já ouviram falar da sereia do bruxas do mar? - fala a professo gerando um suspense.

Todos balançam a cabeça negativamente

- Ótimo, vou contar uma história para vocês, em 1649, Marjorie Corey, 20 anos, foi capturada na primavera acusada de bruxaria.- Fala a professora abrindo seu livro de historia.

Eles olham a professora atentamente prestando atenção em cada palavra que ela falava sobre as incríveis aventuras, os conturbados romances e as bilhões de mulheres que até hoje são salvas e se inspiram pela coragem e rebeldia da sereia, Marjorie Corey.