Apostado!

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Já estamos a alguns dias no mar indo para a Espanha, os ventos não estão ajudando, eu ensino Nevra todos os dias sobre os mapas e ele me ensina a falar alemão e outras línguas, nos dormimos juntos todos as noites, as vezes transamos outras a gente briga e cada um vai para o seu lado, mas sempre acordamos abraçados.

- Bom dia sereia - diz Nevra me apertando contra seu corpo.

- Bom dia capitão - digo me virando para ele.

- Gosto quando me chama assim – ele diz e me beija com tesão ficando por cima de mim, nos dois rimos e ficamos nos beijando com o lençol por cima dos nossos corpos.

- Capitão, estamos chegando na Espanha - diz Alek abrindo a porta, nós não paramos.

- Estou indo – Nevra fala e levanta de cima de mim, pega sua roupa e vai ao toalete.

Alek fica na porta me olhando, estou me cobrindo com o lençol, mas seu olhar em mim me excita, acho que dá tempo de brincar com ele.

- Já descobriu por que me chamam de sereia? - digo ficando de joelhos na cama e sentando sobre eles.

- Não - ele fala sem expressão

- Quer descobrir – digo me levantando da cama.

- Não - ele fala sem se mover, seu rosto é sem expressão. Que home difícil.

- Que pena, você iria adorar – digo isso e deixo o lençol cair, ele me olha e fica ofegante por um milésimo de segundo, depois fecha a porta e sai.

- Suspiro, não sei se eu e Nevra temos algum relacionamento, ou se posso ficar com outras pessoas, preciso tirar isso a limpo.

Pego minhas roupas e vou para o tolete também, ele já saiu então vou aproveitar para tomar um banho demorado.

Saio e encontro eles dois na área do leme, como sempre, assim que eu chego Alek sai.

- Acho que ele me odeia – digo me encostando na madeira do barco.

- Quem? Alek? Não, ele gosta e você - diz Nevra usando o leme.

- Nos temos algum relacionamento? - falo e ele começa a rir

- Quer casar comigo é? - ele me olha de maneira sexy, se fossem outras circunstancias eu casaria com toda certeza com ele.

- Não, quero saber se posso ficar com outras pessoas?

- Eu não sou suficiente? - ele fala me puxando para perto, ele esta brincando mas sinto uma preocupação no seu tom de voz, melhor para de enrolar e ir direto ao assunto.

- Alek me perguntou por que me chamam de sereia, queria mostrar.

- Quer matar meu amigo, não vou permitir – ele realmente sabe as historias.

- Não preciso matar ele, só, seduzir.

- Ele não vai ceder para você, ele é uma pedra, não cede a ninguém, as únicas mulheres que ele transa são as que fogem dele – diz Nevra com o rosto sério, Alek é um estuprador, talvez agora eu tenha motivos para mata-lo.

- Vamos apostar – digo estendendo a mão para ele. Ele começa a rir e aperta minha mão.

- Ok sereia, vamos apostar, o que você quer?

Se eu conseguir seduzir ele, quero virar a comandante, ainda vou te ensinar a ler os mapas, mas quero ser a responsável por eles - digo me encostando nele, ele sorri o tempo todo para mim, ele adora um joguinho e eu sou ótima neles.

- Esta bem, se você não consegue seduzir ele, você casa comigo – ele fala e me rouba um beijo.

- O que? Porque quer casar comigo? - digo surpresa, nunca pensei em casa, acho isso uma idiotice, mas seria bom ter ele só para mim, se é que ele iria ser fiel, se bem que sou que estou querendo dar para outro homem.

- Gosto de você, te quero só pra mim, e sei que só posso te prender a mim se me casar com você - ele fala e me coloca entre ele e o leme cola seu corpo ao meu e me beija na frente de todos.

- Você quer uma família? - Digo empurrando seu peito. Espero que não, ele sabe do meu problema.

- Não, quero só você - ele me beija novamente e desce para meu pescoço.

- essa é sua vantagem, não tenho responsabilidade – ele fala com o rosto no meu pescoço e me morde.

- Você é ridículo - digo com voz de dor, ele se afasta e ri.

- Apostado? - diz ele me estendendo a mão.

- Apostado! - digo pegando-a. Ele aperta com força, esta muito confiante que não vou seguir.

Coitado.   

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