Pode me chamar de sereia

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Fico olhando-o dormir e mexendo em seus cabelos, mas logo me levanto, tenho uma missão a cumprir, coloco minhas roupas, sempre ando armada com uma faca, mas preciso de uma espada então eu pego a de Nevra, pego minhas botas e saio sem calçá-las para não fazer barulho.

Saio da taberna pela porta dos fundos e me certifico que ninguém está me seguindo, pego um dos cavalos e vou em direção ao tal forte que o taberneiro falou.

Chegando lá já vejo dois guardas parados na frente, paro o cavalo onde eles não possam ver e ando de me escondendo entre os arbustos es as arvores, consigo chegar bem perto de um deles e jogo uma pedra em uma direção contraria da onde estou para eles a seguirem.

Eles escutam mais apenas um vai, o outro eu pego de surpresa cortando sua garganta, ele cai no chão e eu o arrasta para dentro do arbusto que eu estava escondida par ao o outro não veja.

Entro sem ser vista e me escondo em uma carroça cheia de feno, fico olhando o movimento dos guardas, assim que eles se afastam eu saio e entro onde provavelmente estão as mulheres, ando e não tem ninguém aqui embaixo.

- Onde vocês estão? - falo para mim mesma.

Então chego em uma sela e vejo 3 pessoas 2 mulheres e uma menininha.

- Psi, eu vim ajudar vocês - falo chamando a atenção delas.

- Quem é você? - elas falam chegando perto da grade.

- Pode me chamar de Sereia – assim que falo isso elas sorriem, ainda sou famosa.

Olho a sela que estas estão e me lembro do dia que fiquei trancada num lugar assim, péssimas condições de higiene, fora os ferimentos, preciso tira-las daqui os mais rápidos possíveis.

- Com quem fica as chaves? - falo par uma delas.

- Com o capitão da guarda, ele é muito forte você não vai conseguir lutar contra ele – fala a mulher.

- E quem disse que vou lutar, rápido me de suas roupas – digo tirando meu colete.

- O que? - ela fala se abraçando

- Ande, tire as roupas – digo tirando as minhas.

A mulher me obedece e retira seu vestido, me entrega com uma cara desconfiada e eu entrego as minhas, ales olham com curiosidade minhas calças, mas para não ficar pelada ela as veste.

Coloco o vestido dela e me preparo, arrumo meu cabelo e tento parecer a mais bonita possível.

- Eu já volto – falo e elas me confirmam com a cabeça.

Saio andando rápido pelo calabouço e não encontro nenhum guarda, chegando a sua porto eu escondo minha espada nas costas do vestido e com o cabelo cubro o seu cabo para terminar de esconde-la.

Saio andando normalmente pelo pavilhão do forte, como se estivesse perdida, então alguns guardas me abordam

- Parada, o que está fazendo aqui – ele fala em português.

- Eu me perdi – digo em inglês e eles não me entende

Eles se olham e tentam se comunicar comigo, mas sem nenhum sucesso.

- Vamos leva-la ao capitão - um deles fala para o outro e eu fico olhando com cara de confusa, deveria ganhar um prêmio pela atuação perfeita.

Eles me seguram pelos braços de forma rígida porem ainda educada e me levam até a sala do capitão.

- Capitão, essa mulher estava andando pelo interior do forte, tentamos nos comunicar, mas ela não fala nossa língua- fala o guarda.

- Saiam, me deixe a sós com ela – ele fala levantando da sua mesa. Hora do show.

Os homens confirmar com a cabeça e saem da sala.

- Estava perdida mocinha? - ele fala em um inglês perfeito.

- Sim, estava procurando meu gatinho – digo fazendo biquinho de triste, os homens amam quando eu faço essa linha infantil.

- Eu não vi nenhum gatinho por aqui, mas vejo uma mulher muito bonita – ele fala chegando perto de mim.

- Obrigada, o senhor também é muito charmoso – digo recuando e encostando na parede, eles também adoram quando demostramos algum medo.

- É? O que você acha de a gente procurar seu gatinho juntos – ele encosta chega mais perto de mim e segura nos meus braços fazendo um carinho malicioso.

- Faria isso, muito obrigada, não sei nem como agradecer – digo felizinha. Te peguei filho da puta.

- Eu sem muito bem – ele fala me puxando para um beijo e eu permito.

Assim que ele me beija direciono minhas mãos para a espada e a puxo cortando seu ombro, ele grita então eu o silêncio colocando minha faca dentro de sua boca, ele cai morto na hora, ando em direção a sua mesa e pego suas chave, saio andando com minha espada não mão, o grito dele com certeza chamo a atenção dos guardas.

Assim que saio da sua sala já encontro os dois guardas quem me trouxeram apontando suas armas para mim, eles estão apenas ameaçando, as armas não estão carregadas e iram demorar anos para carregar, então eu os ataco.

O primeiro consegue se defender e o segundo me ataca por trás, mas eu abaixo o fazendo errar o golpe, aproveito que ele está com os braços para cima e ataco sua barriga, fazendo-o cuspir sangue.

O primeiro homem me ataca e eu uso o corpo do sal amigo como escudo fazendo ele terminar de mata-lo, ele olha seu amigo cair no chão e lamenta sua morte, péssimo momento para isso, aproveito essa fragilidade e o ataco novamente cortando sua barriga, ele não morre na hora mais cai no chão.

Volto a andar e me livro de mais alguns homens pelo caminho, uma 3 no total, chego ao calabouço e liberto as mulheres.

Nós corremos para longe do forte e escutamos as sirenes anunciando que foram atacoados, corremos para onde meu cavalo estava.

- Como podemos te agradecer – fala a mulher retirando minhas roupas.

- Não sejam pegas novamente – falo retirando as delas.

- Obrigada – fala a menininha me abraçando e chorando.

Aquilo me deixou em choque, essa criança deveria ter uns 5 anos, que mente doentia acusaria uma criança por uma coisa tão absurda quanto bruxaria.

- Rápido antes que nos vejam – falo e elas sobem no cavalo.

Elas sobem no cavalo e eu bato em seu traseiro para que ele corra, fiquei vendo-as se distanciarem, ainda estou nua então coloco minhas roupas e quando volto a vê-las já estão longe.

- Nenhuma a menos – digo sussurrando para mim mesma

Volto andando para a taberna, o dia já está amanhecendo, mas ninguém acordou ainda, assim que chego na sua frente vejo o taberneiro me esperando na porta, jogo a moeda para ele e ele sorri piscando para mim.

Entro e vou para o quarto, Nevra dorme igual a um bebê, me olho no espelho e meu rosto e meus seios então sujos de sangue, pego uma tolha em uma bacia de água e começo a me limpar, tiro minhas roupas e me deito ao lado dele.

Sinto ele mexer na cama e me abraçar, mas não acorda, acho que ele não suspeita de nada.

Fecho meus olhos e sorrio, a sensação de missão comprida é ótima.  

Fases da LuaOnde histórias criam vida. Descubra agora