C A P Í T U L O 15

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                                                                                Emma Young

Eu não podia acreditar. Minha cabeça estava tão confusa e eu não podia fazer nada para mudar aquilo.

Como ele poderia ter feito aquilo? Alguma parte de mim acreditava que Emily havia inventado aquilo apenas para me deixar com raiva, mas eu realmente não sabia em quem acreditar.

- Filha? -Meu pai fala atrás da porta do meu quarto. - Posso entrar?

Passo as mãos pelos olhos para ter a certeza de que não ficariam tão vermelhos. Ele não podia perceber que eu estava chorando.

- Pode entrar.

Meu pai abre a porta do quarto e sorri para mim. Ele estava de terno, o que me dizia que ele tinha acabado de voltar do trabalho.

- Está tudo bem? -Ele pergunta sentando em minha cama.

- Sim, está tudo muito bem. - Respondo sem muita animação.

Meu pai olhava ao redor. Seu olhar estava tão confuso. Ele queria me falar alguma coisa, eu podia sentir.

- Pai? Está aí?

- Sim. Eu queria conversar com você.

Me aproximo mais dele e coloco a mão na queixo.

- Eu vou me separar de Jade.

Eu estava em choque mas ao mesmo tempo, aliviada. Eu cresci vendo aquela mulher fazendo o que podia para tirar tudo do meu pai.

Meus olhos se arregalam assim que meu pai me dá aquela notícia.

- Como assim? O que aconteceu? - Pergunto.

- Ela estava me traindo. - Meu pai passa um dedo por baixo dos olhos para não deixar uma lágrima cair.

- Pai, me desculpa.

- Não, foi bom descobrir isso agora.

Abraço meu pai rapidamente e sinto um peso saindo de meus ombros. Eu nem conseguia acreditar que aquilo estava acontecendo.

- Nós podemos fazer alguma coisa divertida hoje. - Falo tentando deixá-lo mais calmo.

Os olhos de meu pai estavam sem brilho, totalmente ao contrário do que eu estava acostumada a ver.

Ele sorriu para mim e me abraçou.

- Obrigado pela tentativa mas estou cansado. -Meu pai se levanta e anda até a porta. -Boa noite, meu amor.

Dou um sorriso meio sem graça e meu pai sai.

Por alguns minutos, consigo esquecer de Dylan e do quanto ele foi idiota.

Eu não estava mal. Quer dizer, estava chateada. Pelo menos uma notícia boa: meu pai iria finalmente sair das garras daquela mulher.

Deito na cama e olho para o teto. Com o tempo, sinto os olhos pesarem e acabam se fechando mesmo eu não estando com um pingo de sono.

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