Emma Young
Uma semana presa em meu quarto. Uma semana inteira que me fez pensar em muita coisa. Meu violão foi a melhor companhia estes dias. Eu precisava ficar um pouco sozinha, na verdade.
Percebi que minha vida iria mudar. Minha amizade com Dylan provavelmente faria essa mudança e sinceramente, eu não estava tão preocupada.
Eu estava tentando tocar algo no violão quando o toque de meu celular me distrai.
Deixo o instrumento na cama para pegar o celular que estava na escrivaninha.
Atendo o telefonema sem pensar duas vezes assim que leio o nome dele na tela.
- Alô? -Escuto a voz de Dylan.
- Olá. -Volto para a cama. -Quanto tempo.
Por que eu falei isso?
Coloco a mão na testa.- Pois é. -Dylan ri. - Eu estava pensando: amanhã é sábado.
- Sim. -Eu o interrompo.
- E vou sair com uns amigos. -Dylan dá uma pausa. -Será que você quer ir?
- Claro. -Falo animada. -Quer dizer, sim. Pode ser.
Coloco a mão na testa novamente censurando a mim mesma.
- Tudo bem. Vou te buscar às 18:00.
- Okay.
- Okay. -Dylan diz. -Até amanhã.
- Até.
Dylan desliga. Sorrio e começo a pular na cama.
- Emma? -Meu pai entra no quarto me assustando.
- Pai! Não sabe mais bater?
Desço da cama e fecho a porta. Segundos depois, ouço batidas na porta. A abro novamente e vejo meu pai com um sorriso envergonhado, o que me faz sorrir também.
- Aconteceu alguma coisa? -Pergunto.
- Você está diferente.
- Isso é bom?
- Pode ser. -Meu pai fala entrando em meu quarto. -Você está idêntica a sua mãe.
Falar sobre minha mãe sempre era assunto sério para meu pai. Se ele falasse alguma coisa dela, algo havia acontecido.
- Sinto saudades dela. -Falo baixinho.
- Eu sei, filha. Eu também.
Meu pai se senta em minha cama e me puxa para seu colo.
- Emma, quero que você saiba que não importa o que aconteça, você sempre vai ser minha bebê.
- Pai...
- Eu sei, eu sei. Você está velha demais para isso.
Sorrio para meu pai, que retribui.
- Tudo bem, posso abrir uma exceção para você, papai.
- Você só me chamava assim quando era criança.
- Eu sei.
Abraço meu pai. Eu estava sentindo falta destas conversas com ele.
Quando minha mãe morreu, meu pai teve de substituí-la em nossas conversas. Ele sempre me escutava com atenção e dava os melhores conselhos.
Mesmo quando ele estava cansado, nossa rotina era a mesma: meu pai chegava em casa e andava até meu quarto para escutar o que havia acontecido no meu dia. Na adolescência, ele me escutou falando sobre alguns garotos e isso provavelmente não o deixava muito feliz.
- Filha, tenho que trabalhar.
Levanto do colo de meu pai e o abraço novamente.
- Eu te amo, pai.
- Eu te amo, filha.
Capítulo curtinho para vocês entenderem a relação da Emma com o Christian. Vou fazer mais capítulos como esse para reforçar a relação deles que em minha imaginação, é muito boa!
Espero que estejam gostando da história até agora!
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Tempo Para Amar
Novela JuvenilA diferença de classe social faz com que a amizade de Dylan e Emma seja agitada. Mas, ambos sabem que nada pode ser mais importante do que sentem um pelo outro...