C A P Í T U L O 8

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Emma Young

Uma semana presa em meu quarto. Uma semana inteira que me fez pensar em muita coisa. Meu violão foi a melhor companhia estes dias. Eu precisava ficar um pouco sozinha, na verdade.

Percebi que minha vida iria mudar. Minha amizade com Dylan provavelmente faria essa mudança e sinceramente, eu não estava tão preocupada.

Eu estava tentando tocar algo no violão quando o toque de meu celular me distrai.

Deixo o instrumento na cama para pegar o celular que estava na escrivaninha.

Atendo o telefonema sem pensar duas vezes assim que leio o nome dele na tela.

- Alô? -Escuto a voz de Dylan.

- Olá. -Volto para a cama. -Quanto tempo.

Por que eu falei isso?
Coloco a mão na testa.

- Pois é. -Dylan ri. - Eu estava pensando: amanhã é sábado.

- Sim. -Eu o interrompo.

- E vou sair com uns amigos. -Dylan dá uma pausa. -Será que você quer ir?

- Claro. -Falo animada. -Quer dizer, sim. Pode ser.

Coloco a mão na testa novamente censurando a mim mesma.

- Tudo bem. Vou te buscar às 18:00.

- Okay.

- Okay. -Dylan diz. -Até amanhã.

- Até.

Dylan desliga. Sorrio e começo a pular na cama.

- Emma? -Meu pai entra no quarto me assustando.

- Pai! Não sabe mais bater?

Desço da cama e fecho a porta. Segundos depois, ouço batidas na porta. A abro novamente e vejo meu pai com um sorriso envergonhado, o que me faz sorrir também.

- Aconteceu alguma coisa? -Pergunto.

- Você está diferente.

- Isso é bom?

- Pode ser. -Meu pai fala entrando em meu quarto. -Você está idêntica a sua mãe.

Falar sobre minha mãe sempre era assunto sério para meu pai. Se ele falasse alguma coisa dela, algo havia acontecido.

- Sinto saudades dela. -Falo baixinho.

- Eu sei, filha. Eu também.

Meu pai se senta em minha cama e me puxa para seu colo.

- Emma, quero que você saiba que não importa o que aconteça, você sempre vai ser minha bebê.

- Pai...

- Eu sei, eu sei. Você está velha demais para isso.

Sorrio para meu pai, que retribui.

- Tudo bem, posso abrir uma exceção para você, papai.

- Você só me chamava assim quando era criança.

- Eu sei.

Abraço meu pai. Eu estava sentindo falta destas conversas com ele.

Quando minha mãe morreu, meu pai teve de substituí-la em nossas conversas. Ele sempre me escutava com atenção e dava os melhores conselhos.

Mesmo quando ele estava cansado, nossa rotina era a mesma: meu pai chegava em casa e andava até meu quarto para escutar o que havia acontecido no meu dia. Na adolescência, ele me escutou falando sobre alguns garotos e isso provavelmente não o deixava muito feliz.

- Filha, tenho que trabalhar.

Levanto do colo de meu pai e o abraço novamente.

- Eu te amo, pai.

- Eu te amo, filha.

Capítulo curtinho para vocês entenderem a relação da Emma com o Christian

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Capítulo curtinho para vocês entenderem a relação da Emma com o Christian. Vou fazer mais capítulos como esse para reforçar a relação deles que em minha imaginação, é muito boa!

Espero que estejam gostando da história até agora!

Tempo Para AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora