Capítulo Oito

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O Grand Hotel de Londres ficava no centro da cidade, uma construção alta, em pedra branca, com dezenas de janelas dispostas em mais de um metro e meio de altura. Com uma entrada grande, onde empregados ficavam a postos para receber os clientes. As carruagens paravam na frente ao local para a comodidade dos hospedes que estavam a um passo do hotel. Era o mais prestigiado da cidade, recebia duques, lordes e até a própria rainha que desfrutaram de acomodações luxuosas. Se você tivesse muito dinheiro e quisesse se hospedar em algum lugar prestigiado, o Grand Hotel era o lugar certo.

E aquele lorde chegou no fim de tarde no hotel, e foi recepcionado por um jovem, que o levou até a recepção. A moça que o atendeu pediu seu nome e confirmou que havia um quarto reservado para ele.

Simon subiu para o segundo andar, e procurou por seu quarto entre todos aqueles. Viu o numero vinte e dois na porta, e entrou. Ficou admirado ao ver o quarto todo arrumado esperando por ele. Teria uma boa noite de sono ali.

Deitou-se e decidiu esperar pelo jantar. Acabou adormecendo, e foi acordado por batidas a porta. Ele levantou e foi até lá atender.

Era um empregado, lhe dizendo que era hora do jantar e que ele devia descer.

O conde o acompanhou até o andar de baixo, e foram até uma sala ampla e bem iluminada, onde havia uma mesa redonda no centro, decorada, e com dois lugares postos.

Conforme caminhava até a mesa, Simon começou a se sentir triste, porque sabia que o outro lugar era para Tessa, mas ela não estava ali naquela noite. Ela não viera porque o odiava.

— Sente-se, senhor. — o empregado o ajudou com a cadeira. — Logo o jantar será servido.

Ele concordou.

Olhou ao redor, com o coração despedaçado, sentindo-se um completo idiota. Por que ainda sofria por ela? Estava perdendo a esperança e não tinha mais certeza que seu plano funcionaria. Deveria ir embora.

Levantou-se para sair, mas deu de encontro com Tessa de vestido cor de rosa claro, sapatilhas brancas, brincos e colar de pérolas, e o cabelo preso em um coque com pequenos cachos soltos. Estava linda, ele queria ir até ela e envolvê-la em um abraço, somente para depois beijá-la.

— Não vá embora, milorde. Eu estou aqui. — ela ofereceu a mão a ele, que segurou-a.

— Prometa-me que será minha essa noite. — ele pediu antes de depositar um beijo sobre os dedos dela.

— Não sou sua. — Tessa puxou a mão e foi até seu lugar. — Mas essa noite farei companhia como uma amiga.

Ele se sentou também, um de cada lado da mesa. Mas a um braço de distância.

Três empregados entraram carregando bandejas e dispuseram pela mesa. Em seguida se retiraram rapidamente.

— Coma, senhorita, deve estar com fome.

— E milorde não está com fome? — a jovem perguntou com um sorriso.

— Não estou com fome de comida. — ele respondeu em tom de malícia

Ela não entendeu, e mesmo assim decidiu não perguntar. Sabia como a mente do conde funcionava.

Tessa começou a se servir, do pato assado com ameixas, do arroz, do pão e depois de uma taça de vinho. Comia delicadamente, e Simon estava adorando contemplá-la, vê-la como ela parecia concentrada enquanto mastigava. O nariz arrebitado, e as bochechas coradas deixavam-na com um quase angelical. Por Deus, como suas mãos queimavam por tocá-la.

O calor dos teus beijosOnde histórias criam vida. Descubra agora