Capítulo Treze

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Simon tinha um plano. E o colocaria em prática naquela noite. Era o baile de lady Stephania, e ele sabia que Tessa e Neil iriam, o que era perfeito para que ele executasse o plano. Ele tinha pensado muito se faria mesmo aquilo, mas quando entendeu que tinha sentimentos pela doce jovem, soube que sim, o faria.

O conde foi até o quarto do filho, que estava com um livro nas mãos, tentando ler. O pai se aproximou e se sentou ao lado dele, que lhe deu um sorriso angelical.

— Estou conseguindo ler, pai. — contou o menino, feliz.

— Parabéns Charlie. — o lorde disse fazendo carinho na cabeça da criança.

E deviam tudo a jovem, pensou Simon, com o coração apertado.

— Pai eu posso visitar a senhorita Tessa? —pediu Charlie, com os olhinhos brilhando na direção do conde.

O homem queria poder dizer que sim, porque por Deus, como ele queria aquilo. Mas sua resposta tinha que ser não porque havia coisas demais acontecendo.

— Em breve você vai voltar a vê-la. — garantiu o pai.

O pequeno assim esperava. Tinha saudade dela, e não sabia o que estava acontecendo. Não compreendia por que ela tinha se despedido dele, mas ele poderia fazê-la mudar de ideia quanto a isso. Será que ainda havia alguma chance de fazê-la casar-se com seu pai? Quem sabe talvez ela descobrisse que amava seu pai e não o tal doutor. Nutriria esperanças quanto a isso.

— Jantará comigo hoje, pai? — o menino pediu esperançoso.

Simon sorriu para ele.

— Sim, irei, filho. — afirmou Simon

E os dois continuaram lendo, enquanto o coração e a mente de Simon estavam não muito distante ali.

**

Ela estava ansiosa. Passara os dias, desde o último encontro com Simon, angustiada. Àquela altura, quando devia ter ainda mais certeza de sua união com Neil, ela tinha um profundo sentimento de contrariedade, e de dúvida. Questionava-se aquilo era mesmo amor, e se o sentia pelo noivo mesmo.

Mas, mesmo que decidisse que não amasse Neil, ela havia firmado um compromisso com o homem, e não podia voltar atrás.

— Eu amo Neil. — disse para si mesma em frente ao espelho, enquanto passava um pouco de batom carmim.

Ela repetira aquela frase várias vezes nos últimos dias, como se estivesse auto-afirmando para si mesmo que o amava, o que seria suficiente para salvar tudo.

— Está pronta, querida? — a mãe dela disse ao entrar no quarto.

— Estou sim, mãe. — Tessa levantou para mostrar o vestido a ela.

A peça era rosa, com um bordado branco na frente e a baixo do busto uma fita de cetim na mesma cor. O cabelo estava preso no alto da cabeça com uma fita vermelha, que contrastava com as mechas loiras.

As duas foram para a sala, onde estava o pai, ansioso para ver a filha.

— Está linda. — ele elogiou docemente.

— Obrigada, pai. A carruagem está pronta? — perguntou a jovem nervosa.

— Sim, filha. Eu te acompanho até lá fora. Vamos. — o pai pegou na mão da filha, e a conduziu para fora.

Mas enquanto caminhavam até a carruagem, o homem parou para falar-lhe algo.

— Filha, é meu dever como pai dizer que você não precisa se casar com doutor Neil se não quiser. — ele disse calmamente.

O calor dos teus beijosOnde histórias criam vida. Descubra agora