Capítulo Onze

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Durante sete dias as flores continuavam a chegar, pela manhã, sempre uma rosa vermelha que encantava a jovem a fazia-a suspirar. Estava cada dia mais apaixonada pelo homem, e já não via mais a hora de casar-se com ele. Precisavam marcar a data de casamento logo.

Sua mãe havia lhe falado sobre o que acontecia nas núpcias, e ela constrangida, tinha apenas assentido, morta de vergonha. Então era daquela forma que os casais...? Senhor, parecia horrível, mesmo que sua mãe tenha tentado parecer agradável. Ela não podia acreditar que fosse bom.

Mas por Neil, se sujeitaria isto. Provavelmente seria uma única vez e então vivessem felizes juntos... Sem aquilo.

— Filha, chegou algo. — a mãe de Tessa entrou correndo no quarto dela, com um cartão na mão.

— Deixe-me ver. — ela correu os olhos pelo cartão, e abriu um sorriso.

Era um convite para a ópera, e vindo de Neil. Ela levantou e rodopiou pelo quarto, muito feliz. Era um sonho se tornando realidade. Nunca tinha ido à ópera antes, e agora iria com seu noivo. O homem que amava.

— O que diz aí filha? — a mulher perguntou, tentando ler o cartão da mão dela.

Tessa suspirou.

— Neil me convidou para ir à ópera, mãe. — disse a jovem empolgada. — Será que meu pai deixará?

A mãe riu.

— Eu o convencerei, se for preciso. — brincou, feliz pela alegria da filha.

— Eu preciso encontrar um vestido apropriado, mãe. O mais bonito de todos. — a m oca já estava sonhando com o momento que encontraria o noivo.

Seria mágico, o vento bateria em seu rosto, os pássaros cantariam... E bem, talvez as coisas não fossem assim exatamente, mas ela tinha certeza que sentiria o coração disparado. Sintomas de amor, não é?

Ela e a mãe passaram a tarde procurando no armário pelo vestido mais bonito, tentaram o branco com brilhos, o vermelho escuro, o dourado e só concluíram que tinham encontrado o vestido certo quando ela provou o azul.

Era bonito, tinha uma fita de cetim na a baixo do busto, e as mangas possuíam pequenas fitinhas da mesma cor. E ficara perfeito nela.

Mais tarde, um pouco antes de Neil chegar, a mãe modelou o cabelo de Tessa em cachos e o prendeu no topo da cabeça, enfeitando o penteado com grampos adornados de pequenos cristais.

Passou um pouco de batom, colorindo os lábios, e aplicou uma quantidade de pó de arroz, e assim estava pronta.

Ele chegou na hora certa, de roupa preta, e camisa branca os cabelos loiros penteados para o lado, e usava perfume amadeirado. Quando ela saiu do quarto ele já estava na sala, e sorriu ao vê-la.

— Boa noite, senhor. — cumprimentou ela, envergonhada.

— Boa noite, senhorita. — ele olhou para os pais dela, que acenaram que sim, e então Neil foi até ela e ofereceu-lhe a mão. — Vamos, ou nos atrasaremos.

Ele a levou para fora de casa, e depois até a carruagem, ajudando-a a subir. Ela agradeceu gentilmente, e os dois sentaram um ao lado do outro, quase se tocando pela primeira vez.

Tessa estava nervosa, e era possível notar pela forma como ela balançava o pé, e ele deve ter notado também, pois o primeiro toque entre ambos aconteceu, Neil tocou-a no braço.

— Fique tranqüila. — deslizou a mão até a dela, e enlaçou-as selando-as como se fosse um pacto de amor.

Ela apena meneou a cabeça sutilmente e voltou a olhar para fora, para a escuridão.

O calor dos teus beijosOnde histórias criam vida. Descubra agora