Tabata é Presa

8 6 0
                                    



Enquanto isso, Greyktor e Consmagu conseguiram chegar ao local em que Raika foi capturada.
— Raika esteve por aqui! Posso sentir — Disse Greyktor, olhando para todos os lados.
— Será que ela foi morta por algum animal? — Perguntou Consmagu, ajudando seu tio a procurar algum vestígio dela.
— Não fale besteira! — Respondeu o caçador. — Se ela estivesse morta o meu apito já teria quebrado. — Disse mostrando o seu apito intacto.
— E como vocês se desconectaram e por que Raika desapareceu? — Perguntou Consmagu.
— É isso que estou tentando descobrir nesse exato momento! — Respondeu o caçador começando a procurar por algum vestígio pelo chão.
— Tel! Ajude o nervosinho aí a achar por algo suspeito! — Disse o jovem mago, começando a vasculhar por algum vestígio.
— Tenho minhas suspeitas do que possa ter lhe acontecido, mas antes de tirar minhas conclusões, preciso achar qualquer coisa que me conte o que aconteceu por aqui. — Disse Greyktor. — Bruke, meu garoto! Me ajude a procurar por algum vestígio da Raika. — Todos estavam procurando por algo que dissesse o que aconteceu com a raposa e, depois de um tempo de procura, Tel surge com um cubo dourado em sua boca.
— O que é aquilo que o Tel achou? — Perguntou o jovem mago, apontando para seu fiel amigo e, sem perder tempo, o caçador pega o cubo da boca do esquilo. Dentro desse cubo continha um pedaço de papel enrolado como um papiro.
— É um dos recipientes do bracelete da Raika! — Disse Consmagu vendo o objeto nas mãos do seu tio.
— É ele mesmo! — Disse Greyktor, desenrolando aquele minúsculo papiro que se transformou em um pedaço de papel.
— Que papel é esse? — Perguntou Consmagu, com um olhar curioso.
— É um recado de Tabata. — Respondeu o caçador.
— E o que está escrito nele?
— Aqui está escrito: “Greyktor, dê a poção para Consmagu e volte para casa o mais rápido possível pois, Rendkahan voltou e me roubou o fragmento da Pedra Unida”.
— Rendkahan voltou? — Perguntou Consmagu. — O tal irmão da Tabata? Mas ele não estava morto?
— A cada primavera que passa Tabata fica pior! — Disse o caçador colocando de volta o papel dentro do cubo e guardando em seu bolso.
— E por que a Tabata mandou você dar a poção? — Perguntou Consmagu.
— Lembra que você quase morreu por causa do veneno do Marresflo e mandamos a Raika buscar a poção com a Tabata? É dessa poção que ela está dizendo na carta!
— Eu quase morri por causa do veneno de um Marresflo? Mas quando isso? —Perguntou o jovem mago olhando para seu fiel amigo que estava no chão! — Teeeeeel! — Gritou. — Você está vivo, meu amigo! — Disse pegando o esquilo no colo e o abraçando fortemente.
— Desisto! — Disse o caçador balançando sua cabeça de um lado para o outro. — Tel, me mostre onde você encontrou o cubo — Sem perder tempo, o pequeno esquilo saltou dos braços do seu dono e correu para levar o caçador até o local onde ele tinha achado aquele cubo. Assim que chegaram, Greyktor tratou de investigar o local passando o seu brasão (Ostium) por todo o local.
— Achou alguma coisa? — Perguntou o jovem mago.
— Calma que já vou analisar! — Respondeu o caçador ativando seu Drextal. — O Cubo realmente caiu nesse local, mas ele se desprendeu da Raika antes que ela tocasse o solo!
— Se eu conseguisse descompactar informações de rastreio, eu estaria te ajudando! — Disse Consmagu.
— Não precisa analisar nada! É só achar e me entregar que eu analiso!
— Já que é assim, então vou procurar! — Disse o jovem mago.
— Espere! — Disse Greyktor, desligando seu DREXTAL e pegando entre as folhas, gramas e galhos secos que estavam á sua frente, um pequeno pelo. — Esse pelo é da Raika! — Ela tocou o solo aqui, mas por quê? — Perguntou para si mesmo passando sua mão no chão.
— Você conseguiu enxergar um pelo no meio dessa sujeira toda e da distância em que você estava? — Perguntou Consmagu. — Só você mesmo! — Disse com um olhar de espanto.
— E o que é isso? — Perguntou o caçador ao encontrar uma pena da cor preta com sua ponta cor de ouro. — Uma pena de uma Águia Dourada, mas o que ela está fazendo aqui? — Se perguntou.
— Depois do Marresflo, e da minha experiência com o seu veneno, eu nem quero saber o porquê da sua pergunta querendo saber o porquê essa pena está aí. Simplesmente eu não quero “porquês” mais! Não faça mais essa pergunta — Disse o jovem mago, acelerado.
— Calma, Consmagu! Não se preocupe que essa águia, não tem veneno e nem é capaz de matar você, mas talvez conseguisse capturar Raika. — Disse o caçador ativando outra vez seu DREXTAL e, com a sua mão esquerda, começou a passar por sobre a pena. — Ela caiu no chão instantes depois do pelo da Raika, então isso significa que Raika realmente foi capturada.
— Mas para onde levaram a Raika? — Perguntou Consmagu e nisso, Bruke dá uma latida logo adiante.
— O que você achou aí, meu garoto? — Perguntou o caçador, se pondo em pé e correndo até o encontro do seu fiel amigo. — O que é isso? — Perguntou ao chegar e vendo um círculo vermelho que havia no chão. Ao se aproximar, viu que o vermelho do círculo é formado por um pó vermelho brilhante.
— O que é isso aí no chão? — Perguntou Consmagu ao se aproximar do local.
— Nunca vi nada parecido! — Respondeu Greyktor, ativando mais uma vez a sua tela azul e, após analisar o círculo vermelho por alguns segundos, chega a uma conclusão: — Raika desapareceu nesse local!
— Mas como assim desapareceu? — Perguntou o jovem mago se ajoelhando no chão para observar melhor o círculo vermelho. — Você acha que usaram uma magia para pulverizar a sua raposa?
— Quantas vezes falei para você parar de falar besteiras! — Disse o caçador. — Ela não está morta!
— Mas como uma raposa desaparece assim? — Perguntou Consmagu. — Espere! Está sentindo a magia no ar? — Ele perguntou olhando para todos os lados.
— Não! — Respondeu seu tio. — Tente analisar a magia que está aqui sobre esse círculo. Consmagu tratou logo de ativar seu DREXTAL e passar seu Ostium por sobre o círculo.
— UAAAAAAAAU! Que magia magnífica! — Ele disse, admirado.
— Que magia é essa? — Perguntou o caçador, ansioso.
— Não tenho nada parecido nos meus registros com essa magia, mas uma coisa eu tenho certeza, a magia que foi usada nesse local é muito forte.
— Forte o suficiente para abrir um portal? — Perguntou Greyktor.
— Olha, se fosse possível abrir um portal sem uma base, eu diria que sim! É possível abrir um portal com a magia que foi usada aqui. — Respondeu Consmagu.
— Pegue suas coisas e me siga! — Disse o caçador.
— Mas antes me deixe coletar um pouco desse minério vermelho para levar para a Tabata analisá-lo. — Disse o jovem mago pegando o pó vermelho brilhante e colocando em um pequeno recipiente vazio que havia em seu estojo de poções.
— Agora sim! Vamos voltar para a casa da Tabata o mais rápido possível.
— Nos não íamos primeiro na Feira buscar os ingredientes para a Tabata? — Perguntou Consmagu.
— Vejo que sua memória está voltando! — Disse o caçador. — Mas agora preciso conversar com Tabata, tem alguma coisa acontecendo e eu preciso descobrir o que é para conseguir localizar a Raika e me preparar para o que está por vir!
— Então você realmente está acreditando que naquele local foi aberto um portal?
— Algo me diz que o Marresflo foi uma distração, sua verdadeira função era de nos afastar da Vila Água Verde! — Disse Greyktor, começando a correr de volta para a casa de sua amiga Tabata, seguido por seu fiel amigo Bruke, Tel e seu sobrinho. Mas Tabata não estava em sua casa naquele momento, pois ela estava no laboratório da Dorai analisando o mesmo pó vermelho que Consmagu acabara de coletar.
— Já temos alguma resposta? — Perguntou Dorai para Tabata, que estava olhando o pó vermelho com um microscópio.
— Ainda não! — Ela respondeu. — Mas, deixa eu te perguntar.
— Pergunta!
— Você chegou a estudar alguma vez sobre o sangue do povo antigo?
— Sim! Por quê?
— Olha isso aqui e me diga o que você acha. — Disse Tabata saindo da frente do microscópio e dando lugar para Dorai olhar por sua lente.
— Realmente isso aqui tem vestígio de sangue, mas não é sangue do povo antigo! —Respondeu Dorai. — Porque, olha essas células praticamente transparentes! Elas não fazem parte do sangue do povo antigo e o que seriam esses pontos brilhantes?
— Foi a mesma dúvida que eu tive!
— Essas células transparentes têm um formato arredondado que parecem coletoras de energia! Você também achou isso? — Perguntou Dorai.
— Você acha que esses pontinhos brilhantes possam ser moléculas espelho? — Perguntou Tabata.
— Moléculas que ao invés de coletarem energia refletiriam tudo o que está a sua volta?
— Exatamente!
— Olhando bem, dá para desconfiar disso sim, mas para termos certeza precisamos fazer alguns testes. Para isso iríamos precisar encontrar algumas células dessas vivas, pois nessa amostra estão todas mortas. — Disse Dorai.
— Você tem algum livro de Composição de Matéria? — Perguntou Tabata.
— Livro de matérias? Devo ter sim! — Respondeu Dorai indo até uma prateleira no canto do seu laboratório e pegando na parte de cima uma caixa toda empoeirada. Após olhar dentro dela, Dorai retira dois livros, um de capa marrom e outro de capa azul. — Esse livro tem matérias que surgiram na Nova Era, mas tem também várias páginas falando dos principais componentes de várias matérias do povo antigo, acho que você vai gostar. Disse entregando o livro da capa marrom para Tabata. — E enquanto você pesquisa as matérias no livro eu vou passar um café fresquinho para a gente tomar. — Disse saindo do seu laboratório com o livro de capa azul em suas mãos e indo até a cozinha.
— Perfeito! — Respondeu Tabata voltando a olhar no microscópio, depois na tela azul do seu DREXTAL, em seguida olhava no livro, depois voltava a olhar no microscópio, depois na tela azul, em seguida no livro outra vez e assim ela ficou fazendo enquanto ia relaxando sua tensão com a voz de Dorai, que cantava uma música enquanto preparava o café. Seu corpo poderia não ser o mais belo da vila e sua pele, já na flor da meia idade, não exaltava tanta beleza, mas o seu canto era belo como o cantar de um passarinho na manhã de primavera. — Desse jeito vou acabar dormindo. — Disse esfregando os olhos e voltando a analisar o pó vermelho. Depois de um tempo, Dorai retorna ao laboratório com uma bandeja carregando duas xícaras de café.
— Com esse café você vai se manter acordada por muito tempo! — Disse Dorai colocando uma xícara com café ao lado do microscópio enquanto que, com sua outra mão, ela segura o livro de capa azul aberto.
— Nossa! Que gostoso o seu café! — Disse Tabata após tomar um gole. — Que livro é esse?
— Quando fui procurar o livro de matérias eu me deparei com esse livro aqui que minha primeira professora de alquimia adorava ler e, no final do curso, após criarmos uma linda amizade, ela me presenteou com o livro.
— E qual é o nome do livro? — Perguntou Tabata ao ver que na capa não tinha nada escrito.
— “DO DICKINSONIA ATÉ O SURGIMENTO DO UNICÓRNIO”. Esse livro foi escrito por um autor do povo antigo e ele fala do animal mais antigo que viveu nessa terra até o surgimento do unicórnio.
— Antes da guerra de Azulho se ouvia falar de aparições de unicórnios, pessoas que juravam que viram, mas até hoje ninguém nunca apareceu com um! — Disse Tabata fazendo um gesto de negativo com a cabeça e, depois de mais um gole de café, volta a olhar no microscópio.
— Você então não acredita que os unicórnios existiram?
— Para mim unicórnio é uma lenda e nada mais! — Respondeu Tabata.
— O autor nesse livro jura que não só os unicórnios existiam como também ele fala sobre poder que tinha seu sangue brilhante.
— Sangue? Brilhante? — Disse Tabata, pensativa. — O que mais ele fala sobre o sangue de unicórnio nesse livro?
— Ah, veja você mesma! — disse Dorai entregando o livro para Tabata que começou a lê-lo no mesmo instante.
— Aqui não fala nada sobre a composição do seu sangue, a única coisa importante que ele fala é que o sangue de unicórnio consegue segurar energia e depois expeli-la. — Disse Tabata.  — Expelir energia acumulada! — Voltou a dizer olhando para cima. — Para conseguir abrir o portal sem base alguma outra coisa teria que segurar a energia! Será que o pó vermelho seria sangue de unicórnio? Mas como? Se unicórnio não existe! E se realmente ele existiu e o seu sangue consegue segurar energia e depois liberá-la toda ao mesmo tempo. Seria possível abrir um portal sem base, mas mesmo se isso for verdade, ele precisaria de energia renovada, teria que conseguir nova energia toda vez que fosse abrir um novo portal, então teria que ter sangue de unicórnio em estoque e energia da alma de sobra, a não ser que ele consiga uma energia infinita, que no caso seria a Pedra Unida. Então é por isso que ele está atrás do fragmento, ele quer ativar a Pedra Unida ou...
— Você está bem, Tabata? — Perguntou Dorai, preocupada com sua nova amiga alquimista que, de tanto falar sozinha e de andar de um lado para outro, ficou muda e parada no meio do laboratório até que soltou um grito!
— GAMABRAY! Como que eu não percebi! — Disse Tabata recolhendo alguns dos seus materiais da mesa de pesquisa e guardando dentro de uma pequena bolsa que ela tinha amarrada em sua coxa. — Meu irmão, Rendkahan, pelo visto planejou isso tudo! Como eu ia imaginar que a verdadeira intenção dele era de deixar o Gamabray desprotegido. E eu achando que se os mandasse para o Reino Celestial eles estariam protegidos, pelo contrário, eles estão correndo mais risco do que se tivessem ficado aqui, onde eu estava com a cabeça! Disse para si mesma, saindo do laboratório!
— Espere, Tabata! — Disse Dorai, indo atrás dela. — O que está acontecendo?
— Meu irmão também acha que a energia da Pedra Unida está oculta dentro do Gamabray e que ele consegue extraí-la através das marcas da tatuagem no nosso pulso! Ele sequestrou o senhor Nicolas da Vendinha e a próxima coisa mais importante para ele é o meu filho que está desprotegido, só depois ele vai querer encontrar o outro fragmento! — Disse Tabata, eufórica.
— Calma, Tabata! Quem é o seu irmão? E por que ele acha que a energia da Pedra Unida está dentro do seu filho? E o que são esses fragmentos? E para onde você está indo, “muié”?
— Não tenho tempo para explicar, Dorai! Pegue isso! — Disse Tabata entregando para Dorai o colar que ela carregava em seu pescoço. — Um caçador virá aqui, o seu nome é Greyktor, avise a ele que Rendkahan está com dois dos três fragmentos, que ele sequestrou o senhor Nicolas e está indo atrás do Gamabray.
— O senhor Nicolas da mercearia de doces foi sequestrado? — Perguntou Dorai, preocupada. — E quem vai fazer os doces agora?
— Preste atenção no recado, Dorai! — Disse Tabata, alterada. — Avise a ele que eu fui para o Reino Celestial buscar Gamabray, Niara e Lana e que, por hipótese alguma, ele verifique o fragmento que ficou com ele.
— Mas que fragmento é esse?
— Não importa agora! O que importa é você falar para ele que é para não pegar o fragmento por hipótese alguma pois a vida do Gamabray depende disso! Agora estou indo para o quartel, não esqueça o recado! — Ela disse saindo da casa de Dorai, que foi até o sofá pegar o saco de batata.
— Eu achava que ela era maluca, mas depois de hoje! — Disse Dorai, se sentando no sofá e entregando um pedaço da batata para sua gata, que dá uma mordida tirando um pedaço da batata, e o pedaço que sobrou ela o coloca dentro da sua boca e o engole sem mastigar.
Assim que Tabata chega ao quartel da Vila Água Verde, vai direto para a sala de recepção do portal.
— Por favor, me vê uma passagem para o Reino Celestial! — Ela disse chegando ao balcão, jogando 10 moedas de ouro sobre o balcão e indo direto para o portal, mas é impedida pelo guarda.
— Você não consegue atravessar o portal sem essa pedra, moça! — Disse o guarda mostrando a pequena pedra no formato de uma folha.
— É só essa que me faltava! — Respondeu Tabata, voltando e pegando a pedra da mão do guarda.
— Tem moeda a mais aqui, moça! — Disse o guarda.
— Guarde o troco para você! — Disse Tabata, já no corredor, indo para a sala do portal e, assim que chegou, não olhou nem para os lados e atravessou o portal. Assim que chegou do outro lado, tratou logo de sair da sala do portal do Reino Celestial mas, antes que conseguisse chegar até a porta, barulhos e flashes começaram a ir em sua direção e, quando se deu conta, estava com dezessete soldados da princesa á sua frente que chegaram através de portais que se abriram na lateral da sala assim que ela colocou o pé no chão.
— Parado, Tabata! Não dê mais um passo sequer! — Disse o homem que acabou de atravessar um dos portais.
Tabata, se vendo encurralada como um canarinho que acabara de cair em um alçapão, não teve outra reação a não ser tentar fugir e, ao olhar para os lados e ver que não tinha por onde passar, tenta voltar para o portal de onde veio, mas assim que ela salta para dentro do espelho de energia, ela sai do outro lado na mesma sala, o portal não funcionou.
— Eu sabia que você ia fazer isso! — Disse o mesmo homem. — Por isso eu tive essa ideia de só se teletransportar com a pedra certa na mão nos portais principais, pois sabia que, mais cedo ou mais tarde, você iria cair.
— Olha só se não é o grande alquimista Forner em pessoa! — Disse Tabata, voltando para o centro da sala. — A princesa ainda não te expulsou do exército dela? — Disse dando uma pequena risada.
— Bela piada! — Respondeu Forner. (Um alquimista, soldado do exército da princesa, um homem bem aparentado com seus cabelos grisalhos e a barba bem aparada.) — Não só me deixou ficar no seu exército como me promoveu a General de Brigada do Reino Celestial. — Disse mostrando sua insígnia em seu peito.
— Meus parabéns! — Disse Tabata, meio sarcástica. — Mas posso saber o motivo dessa palhaçada toda? — Perguntou um pouco furiosa agora.
— Palhaçada? — Perguntou Forner dando risada e todos na sala também caíram na risada. — A palhaçada, como você disse, foi feita para prender você em nome da princesa!
— E por que a princesa mandaria me prender?
Ela quer ter uma conversa com a ALQUIMISTA DO PORTAL! — Disse Forner e todos ali na sala começaram a cochichar um para o outro.
— Ela é a ALQUIMISTA DO PORTAL.
— Para mim isso era só uma história.
— Ela não parece ser a Grande alquimista.
— Achei que ela era mais alta.
— Ela é uma farsa!
— Ela é maravilhosa! Como é linda!
— Calem a boca, vocês! — Disse Forner — Prendam-na agora!
— Mas como vamos enfrentar a ALQUIMISTA DO PORTAL? Ela vai nos matar! — Disse o soldado que estava mais à frente do resto.
— Ela é uma Sumano igual a todos aqui! Ela não tem super poderes! Então parem de frescura e acatem minha ordem agora! — Ele disse e Tabata, no desespero de ver os soldados vindo em sua direção e com medo de saber o que poderia acontecer com seus filhos em sua ausência, decide tentar fugir e correr em direção a saída da sala de recepção, mas é impedida de prosseguir por três fechas que a acertaram e paralisaram todo os seus movimentos fazendo ela cair de cara no chão. Flechas essas disparada pelos três arqueiros que já estavam de prontidão para caso ela tentasse fugir.
— Precisava chegar a esse ponto, Tabata? — Perguntou Forner ao se aproximar da alquimista caída, imóvel ao chão. — Peguem ela e levem-na daqui, a princesa quer vê-la! — Disse com um olhar maldoso para um dos seus soldados. E nisso, dois soldados se aproximaram de Tabata, um pegou seus braços enquanto o outro pegou suas pernas e a levaram para dentro do portal que eles atravessaram para chegar até ali. — Terminamos por aqui! Agora vamos embora que há muitos afazeres ainda! — Disse seguindo na direção do portal que ele usou para chegar até ali e se teletransportou, e todos os soldados fizeram o mesmo.

Gamabray A Nova Era (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora