Pizza, Baby! - MYG ✓ [EM REVISÃO]

37. ᴡᴏᴡ!

     Eu finalmente tinha passado no teste. Enfim, motoqueira. Uau!

Era satisfatório pegar o capacete pizzaria e colocar como se fosse a senhora da porra toda. A autoestima deu um pulo e tanto.

Assim que cheguei, os meninos e elogiaram bastante pela conquista. E logo me mandaram entregar. E foi perfeito, nunca que eu me imaginaria pilotando uma moto.

Bom, mudando de assunto. Depois de sexta, Yoongi estava sumido, eu não quis perguntar o porquê, sabe... para não atrapalhar ou não parecer emocionada. Afinal, só tínhamos ficado uma vez, eu não queria parecer doida.

Para atualizar os acontecimentos, Lucas continua em Paris, trabalhando de modelo. Tipo, primeiro eu não gostei, mas fui obrigado a levar ele no aeroporto. Sobre ele e a minha irmã... e eu tô pouco me fudendo para isso agora, só achei meio nojento da primeira vez.

E a minha semana foi resumida a isso, trabalho, trabalho, pensar no Yoongi, trabalho...

De longe, avistei Yoongi, com as mãos nos bolsos. Desacelerei a moto, parando-a em frente a ele.

— Isabela... — tirei o capacete, vendo seu sorriso, enquanto passava o olhar por mim. — WOW!

— Oficialmente entregadora, gatinha! — Falei, saindo da moto. — E você? Por onde andou?

Ele não parava de me encarar.

— Faculdade, família... — Nossa... ele nunca mencionou a família.

— Ah sim..., mas que bom que você está bem...

— É. — respondeu ele.

Ficamos sem jeito, estávamos alguns segundos ali, parados, olhando

um para o outro.

— Vamos entrar. — Yoongi sugeriu, e eu o acompanhei.

Assim que pus os pés lá, ouvi uma voz bem família, falar de longe. Hoseok, rindo e se divertindo com sua família. Eu me sentia péssima por senti lá no fundo, vontade de acabar com aquilo, mas seria maldade.

No olhar de Yoongi dizia "Você vai ficar bem?" era uma pergunta silenciosa que eu tive o prazer de responder em voz alta.

— Sim, eu vou ficar bem.

Caminhei para dentro da cozinha, vesti meu uniforme e fui atendê-los. Ainda contendo o peso que eu sentia em olhar para eles, felizes, se saber do que Hoseok havia feito.

Respirei fundo, e caminhei até a mesa.

— Com licença. Em que posso ajudá-los?

Eles ficaram em silencio, parecendo ver algo de errado.

— Nossa! Bella! — A senhora Jung, me abraçou calorosamente, sem ligar para onde estávamos. — Está tão bonita!

Fiquei em silencio sorrindo e ouvindo.

— Já fomos atendidos, querida. — A mulher disse novamente. — Nunca mais a vimos.

— E a faculdade? Está difícil? — Jiwoo, a irmã de Hoseok, perguntou. — Quando nos vimos pela última vez, você disse que estava economizando para a faculdade. Imagino que já esteja cursando.

Claro, se seu irmão não tivesse me roubado, claro que eu estaria cursando.

Olhei para Hoseok, e falei.

— Não. Ainda não estou. — Encarei meu ex, friamente. — É que aconteceu uma coisa terrível. — Olhei para eles. — Fui roubada.

Eles fizeram uma cara de pena, que quase tive certeza de que finalmente eu confessaria.

— É... mas eu espero que a pessoa pague por isso. Não, melhor. Quero que ela me pague de volta. — Declarei.

Hoseok bebeu um gole de água, com dificuldade.

— Okay. Já pode ir. — O miserável falou.

Olhei bem no fundo de seus olhos. Eu não acreditei que um dia havia sido apaixonada por ele.

Quando eu abri a boca para confessar tudo, Yoongi chegou, com um sorriso lindo, pondo a pizza quentinha na mesa. Foi ali que eu percebi, que o meu passado já não importava mais, que toda aquela mágoa não importava mais nada.

Eu sorri para eles, fazendo toda raiva se dissipa. E fui pacientemente até a dispensa.

Eu queria, eu pagaria para ver, a cara deles ao descobrir, mas, eu não entendia ainda, como Yoongi fez aquilo comigo. Não entendia como em tão pouco tempo, eu me sentia tão amada. Talvez tenha sido algo que ele disse, ou foi a forma que ele me tocou. Eu não fazia esforço para entender, não entender me fazer gostar mais.

— Ei! — o loirinho entrou na dispensa, fechando a porta.

Senti meus olhos arderem, querendo chorar.

— Eu... eu ia dizer tudo... — uma lágrima caiu. — Eu ia... — outra lágrima... — Yoongi...

Quando notei, seus lábios já estavam colados nos meus. Meu corpo já estava perto do seu. E suas mãos me seguravam com tanta força, que eu tinha certeza, que nunca mais cairia de novo.