seven

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POV Melanie

Apressei o passo e senti meu braço sendo puxado com força para dentro de uma sala bem escura, tentei gritar mas a pessoa tampou minha boca com a outra mão.

- Shhhhhh!!!

Em seguida a pessoa me soltou e fechou a porta rapidamente.

Eu não via nada além da escuridão e cheiro de produtos de limpeza

- Oque porra é essa? - Perguntei quase gritando, completamente assustada.

- Será que dá pra você falar baixo? - Caramba, essa voz. Não é possível... Elita? Oque caralhos ela quer comigo?

- Elita? - Revirei os olhos - Oque você quer? - Perguntei irritada - Abre essa merda agora ou eu vou gritar!

Tentei abrir a porta mas ela estava trancada.

Garota diabólica.

- Eu não vou abrir enquanto você continuar tentando fugir da minha presença - Falou seriamente e eu bufei percebendo que realmente não tinha outra maneira de sair dali.

- Fala logo - Cruzei os braços e me encostei na porta.

Estava tudo escuro mas pude sentir sua respiração próxima ao meu pescoço.

Gelei com a sensação.

- Oque você estava fazendo na mesa da maldita Eilish? - Perguntou de forma ríspida e eu franzi o cenho.

- Primeiro de tudo: Oque eu faço ou deixo de fazer não é da sua conta, segundo: qual o motivo de toda essa raiva da Billie? Ela é incrível e me tratou muito bem, coisa que você e seus amiguinhos fazem o contrário dês de quando pisei meus pés nessa escola - Falei secamente e senti ela se afastar em passos fortes.

- Olha, eu só quero te alertar pra ficar longe dessa garota, ela não presta e você deve se afastar.

- E por que ela não presta?

- Não importa - Respondeu impaciente e eu revirei os olhos com tamanha palhaçada - Ela claramente quer te usar pra me atingir de alguma forma, ela não quer se aproximar de você por ser uma pessoa legal que gosta de fazer amizades, ela quer te usar como uma marionete e fazer algo contra mim, eu tenho certeza.

- Olha, eu não sei oque aconteceu entre vocês duas pois sou novata e ninguém me disse nada ainda, mas me parece que você tem inveja da Billie.

Logo Elita soltou uma risada carregada de deboche.

- Eu? Com inveja daquela horrorosa? - Riu mais - Ela não chega perto nem da poeira dos meus pés, por favor.

- Quanto narcisismo - Revirei os olhos - Agora me deixa sair, era só isso não era?

- Era - Senti ela se aproximando e logo o barulho da chave abrindo a fechadura tomou conta dos meus ouvidos me causando um grande alívio - Já está avisada - Ela sussurrou no meu ouvido me causando alguns arrepios e rapidamente saí dali com pressa.

-

- Hey Mel, como você está? Pensei que iria me esquecer de vez estando em outro país e com outras amizades, você prometeu que iria me ligar todo dia, sua cadela. Certeza que se eu deixasse pra lá você nem iria me ligar né?

Era ela, minha melhor amiga de infância que eu carinhosamente chamava de Jackie.

Desde que eu saí da Suiça graças à separação dos meus pais, ela me fez prometer que todos os dias iríamos conversar de alguma forma, nem que fosse só uma rápida troca de mensagens.

Nem preciso dizer que quando eu falei para ela que iria me mudar nós choramos juntas por horas, né?

Com certeza foi mais doloroso do que qualquer separação de namoro que eu possa ter no futuro.

in detention Onde histórias criam vida. Descubra agora