11. Vingança

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— DESCULPEM PELO ATRASO

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DESCULPEM PELO ATRASO. – Continuou Ramon, como se estivesse no controle daquela situação absurda. – Esse carinha aqui me deu mais trabalho que o planejado, mas cá estou eu. Um demônio de palavra!

— Esse é o assassino? – perguntei, aflito. – Foi esse homem que matou os garotos?

— Exatamente! – comemorou Ramon. – Um vermezinho que tinha mais amigos do que imaginei. Precisei ser criativo na hora de matar todo mundo.

A expressão do rosto do Bruxo me assustava.

Não sei o que ele planejava, mas não podia ser boa coisa. Durante todo o dia ele parecia calmo e amigável, mas agora havia uma sombra em seu olhar.

— Você dois são loucos! – falei, respirando fundo. – Não sei o que pretendem fazer com esse homem, mas é melhor chamarmos a polícia.

Ramon riu, de um jeito estridente e nem um pouco condizente com a situação.

— É o que você faria, anjinho? – ele me questionou. – Esse cara é de gangue, não deve ficar muito tempo preso. O melhor é aproveitarmos o momento para arrancar a pele deve e observá-la fritar feito carne de porco!

Revirei os olhos. É claro que Ramon queria aquilo, ele era um demônio!

Coloquei minha mão sobre o ombro direito do bruxo e tentei convencê-lo do contrário enquanto o homem aos seus pés ainda se recuperava das pancadas que levou ao longo da viagem.

— Por favor, sei que está triste. Sinto que o Jonathan era uma alma bondosa. Se quer vê-lo um dia, no paraíso, precisa perdoar esse homem e deixar que a polícia resolva esse assunto.

— É, faça isso. – Ramon se colocou à esquerda do Bruxo. – Deixe que o sujeito que matou o amor da sua vida saia impune. Afinal, o Jonathan tinha te abandonado, não é mesmo? Ele era humano, vivia longe do seu mundo... Com certeza você está aliviado por ele estar morto. – O tom de ironia dele me irritou.

Após ouviu aquilo o Bruxo estalou os dedos e Ramon foi arremessado contra uma parede por uma força invisível.

Todos os quadros da parede caíram com o impacto da colisão e meu coração disparou.

Só me acalmei quando vi que Ramon tinha ficado bem.

— Fale do Jonathan de novo e mato você, seu imbecil!

— Eu já estou morto, idiota! – ele lembrou, se levantando do chão com dificuldade.

Fiquei entre os dois, para que o Bruxo não usasse magia novamente.

— Se a vida do seu ex importava tanto assim pra você, mate logo esse desgraçado – atiçou Ramon.

— Não tente esses jogos mentais comigo. Morte é pouco para esse filho da puta!

O Bruxo puxou do bolso do paletó um frasco. Concluí que aquela era poção a qual ele havia falado durante o nosso passeio, a que eu concordei em ajudá-lo a fazer.

As travessuras de Vinícius (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora