Felicidade durou pouco...

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Já tinha se passado três dias de calmaria,de festas e de felicidades

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Já tinha se passado três dias de calmaria,de festas e de felicidades. Uma estranha lassidão tomou todos. Esse fato era por conta do lugar e das festividades,que os deixava descuidados e desapercebidos. Ninguém notou a falta de uma mulher,no meio de tanto tumulto. E nem notaria já que aquela mulher não estava no mesmo nível de humor que eles,ela não tinha felicidade,portanto não podia estar no mesmo ambiente,em que esse sentimento prevalecia. Armada com um punhal e um alforje:forrado dos alimentos arrecadados,saiu sem chamar atenção para sua pessoa da mina. Sabia que podia morrer,também estava ciente que condenaria a todos,mas ele não ficaria sem justiça. O homem que causou aquela dor,que como um buraco vazio e oco,a consumia todos os dias,não ficaria impune,pelo mal que tinha feito,precisava pagar,não podia ter felicidade,precisava sofrer como ela,sentir na pele,oque ela sentiu ao perder o único ser que a mantia com esperança,naquele lugar maldito.

E ele pagaria. Percorreu o deserto sem prestar atenção a sua volta,sua boca seca,sedenta por água,mas estava tão focada no objetivo,que quase não notava,anoiteceu,pegou uma fina fatia da carne,a pôs na boca,não sentia fome,só forçou-se a comer,precisava sobreviver até chegar no lugar que tinha como destino. Ficou nisso esses três dias,em que eles curtia o momento de felicidade. Até avistar a uns quilômetros de distância oque procurava,era lá naquele lugar estéril,branco como Marfim,que se encontrava a arma de sua vingança,coisa que vinha a semanas planejando,até na viagem que fizeram,ela estudou o terreno,e sabia que aquele lugar estava lá. Nas sombras como uma espada,pronta para ceifar. Trôpega,sem medo,se aproximou do Campo plano,alarmes,foi acionados,armadilhas prontas para disparar,com um pano Branco na mão deu sinal,vinha em missão de paz,uma paz que duraria até ela entregar seus irmãos. Logo estava com os canos das armas,apontadas em suas costas,homens uniformizados,vieram e a conduziram ao seu líder,ao explicar os motivos de estar ali.

—Essa mulher diz ter informações
seguras,sobre um grupo de cristãos, acampados a uns quilômetros daqui!—

O lugar onde estava,era em uma Utopia moderna,cercada de tecnologias,limpa e organizada com todos os meios e instrumentos necessários para a sobrevivência,faziam parte da terceira categoria,pessoas que aceitaram a ajuda dos grandes,se tornando membros das crenças deles,submetendo-se aos chipes nas mãos e testas,entregando fieis,os condenando tudo através da espionagem e no fim os matando. Eles de corpo e alma para não morrer,trocando tudo,por remédios,comida e segurança. Se preservando de forma egoísta,mas feliz,por não terem sidos torturados,por não terem vistos amores e parentes morrendo. Eles estavam livres e aliviados. Um homem de máscara,respirando ruidosamente,virou-se para ela,cruzando as mãos por cima da mesa.

—Diga criança,como posso te ajudar?Onde viste essas pessoas?faz parte deles também? E porque devo acreditar em alguém que está entregando seus próprios irmãos?será uma armadilha para nós cairmos?—

A moça engoliu em seco,tinha a expressão desvairada de uma louca mas respondeu com ardor:

—Não Senhor eu estou falando a verdade!eu não faço parte deles,estive os espionando quase minha vida inteira,e sei que há um homem que veio de Marte,com a intenção de os trair,mas aconteceu justamente ao contrário,esse ser se voltou para o outro lado e não cumpriu a missão,está nesse momento contraindo matrimônio com uma das infiéis de nosso rei Apolion. Por isso rogo que vá e o capture,ele precisa pagar pelo mal que tem feito.—

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