Em uma distopia apocalíptica no ano de 2393 d.C, se dá a história dos protagonistas, Kit e Wallow, um casal de adolescentes que resiste ao fim do planeta Terra, mas será que é o fim do amor também? Não! não é o fim, porque através do caos do mundo...
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O menino não perdeu nem mas um segundo. Seu traje tinha dois cilindros cheios, foi logo desconectado e com urgência, conectado ao da ruiva, Wallow apertava-a no braço, tremendo e chamando baixinho:
—Por favor, por favor, respire! que esteja viva! Deus não permitiria que em milhões de possibilidades de a encontrar, uma coincidência dessa me fizesse ve-lá morta, Senhor! Que ela não esteja morta! eu não suportaria.—
O rapaz fechou os olhos apertando-a como se pudesse segurar a vida que esvaia daquele corpo, até uns segundos se esgotarem de sua súplica, e finalmente uma brusca respiração se elevar e ele poder sentir o peito de Kit se movendo contra o seu, Abraçando o corpo franzino, beijou a cabeleireira ruiva de sua menina, derramando lágrimas de emoção. Ao contrário do que se imaginou, mesmo após voltar a respirar, ela não despertou de seu sono, e Wallow ajeitando seu traje, transferiu eles para a nave, que indo contra todas as suas incertezas se manteve firme, os esperando pacientemente até resgata-la. A Oficial Kah chegou a ponto de lançar um cabo para os puxar do módulo de escape, que já começava a partir para o desconhecido. Mesmo sendo uma das Abelhas da Utopia, ainda tinha um pingo de humanidade em seu coração, a ponto de ajudar o jovem no resgate de sua amada.
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Logo, sem mas motivos para descer em Marte, eles se viram traçando um novo destino para retornar a Terra. O menino despiu Kit de seus trajes, deixando-a apenas com suas roupas civis, ele nunca tinha visto uma mulher grávida (No seu mundo na capital os nascimentos eram apenas em incubadoras e as crianças eram doadas aos seus genitores. Já na terra ele também não teve oportunidade de ver, já que ter filhos tinha se tornado quase escasso, quem queria botar uma vida no mundo em um lugar sem esperança como aquele?) por isso estranhou a aparência da ruiva, nem passava pela sua cabeça que ela teria um filho dele, achou num primeiro momento que seria uma doença o seu estado, e enquanto a deixava descansar, ficou ruminando preocupado do que era aquilo. Horas se passou e nada na menina despertar, estavam prestes a entrar na atmosfera do Planeta. Wallow se obrigou a forçosamente alimenta-la com um caldo ralo, encontrado e esquentado no microondas da cozinha da nave, levando com a colher até seus lábios. De longe podia se ouvir os murros e gritos dos tripulantes, presos no quarto fechado, passaram com certeza uma barra, estando confinados naquele cubículo por três dias, mas nos alojamentos, a menina foi instalada com conforto, em uma cama macia se recuperava.
