Capítulo 17

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...pela presença de uma senhora de cabelos grisalhos extremamente elegante, que me olha de cima a baixo, o que está me deixando extremamente desconfortável.

- Oi, meu amado filho!- disse com um tom irônico, agora fiquei curiosa- Quem é essa baleia ao seu lado?- pergunta debochada, já me dando ranço da mesma sem nem ao menos conhecê-la.

- Amado? Sabemos bem que você só me suporta querida mãe- respondeu com um deboche disfarçado de raiva- se você não respeitar a Julie dentro da minha casa coloco a senhora para fora sem nem ao menos saber o que te fez sair de Londres até essa terra que você tanto odeia- disse extremamente irritado, fazendo com que eu me encante ainda mais por esse bombom de coco.

- Ok querido filho!- disse rindo debochadamente- Bom, vamos tomar o café preparado por sua amada Sol e depois conversamos- diz irritada, já se levantando.

Assim que ela sai da sala Henry se vira em minha direção e começa a falar

- Bela essa megera que você acabou de conhecer é minha querida mãe, te peço desculpas por cada palavra que ela falou e falará pelos próximos minutos, e te peço que isso não influencie em nossa relação, adoro você bela-nem ao menos me deixou responder e já me beijou...

Terminamos o beijo e fomos em direção a sala de jantar, Deus me ajude a suportar cada palavra que essa cobra jogar contra mim e meu lindo, só por Deus para aguentar essa abençoada.

- OI Solzinha!- disse abraçando a Sol.

-Oi minha menina!- fala me dando um beijo na testa.

-Vejamos a puta empregadinha e a baleia horrorosa, meu filho como você está mal acompanhado em- afirma rindo nojentamente.

-MÃE JÁ CHEGA- gritou Henry- Sol acompanhe a Julie no café que eu e a senhora ali vamos conversar no escritório- disse já saindo da sala de jantar e a peçonhenta logo levantou indo atrás com sua pose de dona do mundo.

-Sol ela sempre foi assim?- falo horrorizada.

-Sim minha filha, tanto é, que o menino passou a infância toda morando com os avós- disse reflexiva, Henry disse que tinha passado um período com os avós quando criança e sobre as mãos habilidosas da avó na cozinha, mas não passou por minha cabeça que havia sido tanto tempo assim, estou literalmente chocada.

-Mas, e o pai dele ?- perguntei querendo entender mais dessa família.

-Sempre foi loucamente apaixonado por ela e cego diante de todas as suas péssimas atitudes, principalmente dar a criação do único filho para os pais dele- fala demonstrando todo seu desgosto perante essa situação.

-E os avós do Henry? Onde estão?- perguntei ainda horrorizada com toda essa situação.

-Faleceram a três anos, em um acidente de avião, em quê estavam indo para Londres ver o Henry que era como um filho para aquela italiana arretada e aquele inglês turrão- disse emocionada se lembrando dos antigos patrões- Henry nunca mais foi o mesmo desde a morte deles, se fechou para o mundo e deixou de sorrir, se culpando pela fatalidade, mas incrivelmente desde que ele te conheceu ele voltou a ser meu menino, obrigada- fala me abraçando e deixa uma lágrima cair, que eu seco com carinho e dou um beijo em sua bochecha.

- Agora vamos tomar café Solzinha, para esquecer de toda essa história- disse sorrindo e a servindo com suco.

Começamos a conversar e rir deixando para trás aquele clima triste deixado pelas lembranças.

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Eu e Sol começamos a retirar a mesa rindo de uma história engraçada que eu a estava contando, entretanto fomos interrompidas pela entrada repentina de Henry e os gritos de sua mãe atrás dele.

-VOCÊ NÃO TEM DIREITO DE FAZER ISSO COMIGO E COM SEU PAI SEU GAROTO MIMADO! ESSA HERANÇA PERTENCE A SEU PAI TAMBÉM!- grita raivosa.

-NÃO, A HERANÇA É MINHA!! MEUS AVÓS DEIXARAM PARA MIM! A SENHORA ESTÁ OUVINDO?- grita também- SOL chame os seguranças para retirar essa senhora da minha casa- diz moderando o tom de voz mesmo ainda cheio de irritação.

-NÃO PRECISA EMPREGADINHA E QUERIDO FILHO SAIBA QUE ISSO NÃO VAI FICAR ASSIM!!- fala saindo da casa pisando duro e deixando uma ameaça velada para trás.

Henry se senta na cadeira cobrindo o rosto ainda vermelho de raiva, me ajoelho em sua frente e retiro as mãos de seu rosto e dou um beijo em sua testa.

-Meu amor, fica calmo estou aqui com você- disse olhando em seus olhos, que me puxa para um abraço apertado e sinto o corpo dele tremer, e toda a raiva até então presa sair em formato de lágrimas e o abraço se tornar ainda mais apertado.

O abraço continuou até ele se recompor e com os olhos ainda tristes começar a falar comigo e com Sol, que eu nem havia notado que ainda estava na sala, que assim como ele também estava emocionada com todo aquele circo amontado por aquela senhora.

-Eu não aguento mais toda essa ganância dos meus pais, eles nunca estiveram ao meu lado verdadeiramente, e sempre souberam que meus avós me tinham como filho e eles sempre deixaram claro que o herdeiro deles era eu em vida, afinal meu pai recebeu toda sua herança ainda com meus avós vivos e se ele gastou em farras, qual a minha culpa nisso? Me irrita ver a audácia deles em vir me pedir dinheiro, a mim o filho abandonada, o filho renegado pela maior socialite de Londres e por um dos playboys mais ricos do mundo. Eu sou tão descartável assim Sol, a ponto de só servir para ser o banco deles?- disse em um desabafo, com um misto de raiva e chateação.

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Obrigada por serem os melhores leitores dessa plataforma e por toda a paciência com essa autora super ocupada...amo vocês, que Deus os abençoe!

Julie Santoro Onde histórias criam vida. Descubra agora