A garota olhou ao redor, estranhando a voz que ouvia baixinho. Além de suas amigas, um filhotinho de cachorro empurrava as pequenas patinhas em sua canela.
"Eu mesma, amiga, sou eu, a Ana!"
Ela arregalou os olhos para o filhotinho.
- Ana!? - indagou, chocada, e o filhote começou a latir loucamente, balançando o rabo.
"Amiga, pelo amor de Deus, eu não sei como isso aconteceu, eu estava vendo uns brinquedinhos de cachorro e do nada isso aconteceu! Por favor, me salva!!"
Mari pegou o filhote no colo e gritou pelo resto do grupo de amigas, sacudindo um braço.
- Minha gente, me socorre aqui!! - disse, apontando o filhote fofinho. As amigas tiveram uma pequena comoção com o cachorrinho quando finalmente o viram, acariciando o pelo macio do bichinho. - Gente, eu não sei se vocês vão acreditar em mim, mas...
Ela olhou para o filhotinho, sem saber se estava louca ou se tinha entendido direito, e o cachorro latiu novamente.
"É sério, Mari, me ajuda logo!"
- Esse filhotinho é a Ana.
As outras duas amigas a encararam como se ela fosse louca, rindo logo em seguida. Aquela era a coisa mais absurda que já ouviram Mari dizer, e olha que a amiga tinha seus momentos de surto.
Porém, elas lentamente entenderam que a amiga falava sério e suas risadas se desfizeram.
Ana agora era um filhotinho de cachorro.
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Porcelana
Короткий рассказS31072020 "Desse jeito, não tinha quem viesse ao mercado mesmo..."