Capitulo 9

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Não revisado



PORTHOS LOHAN


Eu estava sentando no sofá da sala, olhava pra a xícara em minha mão, o café ali com certeza já não estava tão quente, mas eu não sentia vontade de tomar, apenas o aceitei por educação, mas agora que eu e Jessica estávamos sozinhos que poderíamos conversar eu me sentia meio que nervoso, pois eu não sabia exatamente como resolver essa questão.

Ela tinha ido toma um banho, fazia alguns minutos e agora Rita e Josué me olhava em silêncio, preferia que eles fizessem as perguntas que tinham pra fazer, pois ter o olhar dos dois ali em mim não estava ajudando e a cada minuto que passava eu sentia que Jessica demorava demais em seu banho.

_Vou ver como ela está. _Rita falou se levantando indo para a direção do quarto de Jessica, eu poderia ver também, afinal conhecia a casa, mas ainda sim permaneci onde estava.

_Então vejo que ela lhe encontrou. _Olhei o velho homem ali na minha frente, com uma barba branca rala. _Não sei se isso é bom ou ruim.

_Pensei que confiasse em mim. _disse algo que ele mesmo tinha falado alguns meses atrás.

_Sim, mas pensamentos mudam, assim como seres humanos, então me diga que não fará mais aquela menina sofrer.

_Sei que ama Jessica, Josué, eu também a amo, talvez nunca tenha dito isso, mas eu amo ela e fazer ela sofrer não é algo que vou fazer.

_Bom saber. _Ele se levantou e eu olhei pra trás, apenas para ver Jessica e Rita entrarem na sala. _Como se sente menina?

_Muito bem, apesar do cansaço,mas bem.

_Vamos está em casa, mas se precisar de algo, é só chamar. _Vejo Rita abraçá-la e logo se afastar para que Josué fizesse o mesmo.

Eu acabei deixando a xícara sobre o móvel na minha frente e me levantei, vendo os dois irem embora pelo elevador que ali tinha e então olhei Jessica caminhar até onde estava e se sentar no sofá espaçoso que ali tinha.

_Nao quer descansar? _Ela negou e cruzou as penas sobre o sofá como se estivesse preste a começar uma meditação e apontou para que me sentando-se também.

_Temos que conversar. _Ela tocou a barriga por cima da blusa que usava e eu me sentei, olhando para o movimento que ela fazia na sua barriga, ainda sem acreditar que aquilo era real, que teríamos mesmo um filho.

_Sim temos. _Ela está tão confortável, os cabelos curtos molhados e parecia mais tranquila da mulher que revi na festa de noivado de Aramis, ela precisa até mais viva.

_Entao você é realmente dentista?

_Sim, eu lhe disse isso mais que uma vez.

_Eu pensei que... pensei que fosse uma mentira, pra que todos acreditasse, que você...

_Eu sou formado em odontologia, especializado em Odontopediatria, eu tinha uma clínica aqui no Rio, mas com a oferta que recebi eu acabei acabando a associação e iniciando um novo trabalho em Laranjeiras.

_O trabalho de acompanhante era...

_Eu comecei nesse trabalho cedo Jessica, quando tinha dezenove, era divertido e ganhava bem, conseguia pagar a faculdade, mas depois de alguns anos ficou sem graça e decidir sair e abrir a clínica, eu já tinha parado há mais de um ano quando quando você ligou para à agência.

_Entao...

_Eu devia uma favor para o dono, e pra pagar eu tive que aceitar... bom ser seu acompanhante, afinal você queria alguém perfeito.

_E você era o cara... _Fala disse dando um pequeno suspiro.

_Eu não mentir quem sou Jessica, quer dizer apesar de ser contratado pra ser o que quiser que você desejasse você desejou que fosse eu, e bom uma boa parte disso eu fiz, apenas escondi o necessário.

_Como sua família e seu nome?

_Isso, eram muito pessoais, me desculpe.

_Preciso de algo mais? _Eu ainda a olhei com as mãos sobre a barriga.

_Eu e sua mãe...

_Eu sei... _Ela me cortou e afastou o cabelo para trás da orelha. _Rose fez a mãe dela contar toda a verdade, mas eu não conseguir lhe encontrar, me desculpe não ter acreditado em você, eu deveria saber, tudo daquela mulher não era real, ela sempre contou mentiras.

_Ta tudo bem. _Disse e vi ela bocejar. _Jessica, eu morando em São Paulo...

_Vai me deixar não é? _Sua pergunta veio com uma voz mais sofrida e sabia que ela choraria em segundos se demorasse.

_Não... Quer dizer... Eu estarei longe, mas minha responsabilidade como pai vai continuar... e...

_Miguel... Porthos, eu... e o bebê precisamos de você, você não entende, mas desde que você saiu da minha vida, o azar piorou, tudo começou a dar errado eu não posso perder esse bebê, pois eu já o amo, eu amo ele demais, esse menino se tornou um pedaço grande da minha vida. _Um choro se iniciou. _Voce não pode ficar longe, não pode sumir, eu não posso mais passar por algo e...

_Jessica se acalma. _Pedi alcançando sua mão, e sentindo a mesmo gelada, eu começava a me preocupar, com seu nervosismo. _Eu não sou sua sorte.

_Sim você é... Porthos você...

_Não sou, tudo que fez foi por você, não tem nada haver comigo, não existe isso de sorte e azar.

_Nao me diga sobre isso, não venha me falar sobre azar é sorte, pois eu sei muito bem sobre isso, você não sabe como é minha vida sem você, eu... nós precisamos de você.

_Eu estarei com vocês. _Tentei dizer, mas ali eu via a mulher que estava no noivado, a palidez estava de volta e o choro estava ali também. _Jessica por favor respira.

Ela puxou um pouco o ar e repetiu isso novamente, e eu apenas quis que ela se acalmava mais.

_Nao pode fazer isso comigo, não pode me abandonar novamente. _Ela disse deixando as lágrimas caírem e daí eu percebi que Jessica precisava de alguma ajuda psicológica, algo ali não estava certo e me preocupava muito.

 _Ela disse deixando as lágrimas caírem e daí eu percebi que Jessica precisava de alguma ajuda psicológica, algo ali não estava certo e me preocupava muito

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Até a próxima ✌🏻😌

JESSICA #3.5 Onde histórias criam vida. Descubra agora