André ainda me olhava, mas sem dizer nada, sabia que sua cabeça várias perguntas eram formadas, mas ele preferiu se manter em silêncio, e eu não estava muito feliz por ele ter impedido que fosse com a ambulância, me deixando pra trás dizendo que eu não era nada da sua irmã.
Agora nós dois estamos um na frente do outro esperando que os médicos voltem e nos der alguma notícia, as vezes pego o meu celular para responder Natália e Aramis, faço isso apenas pra me distrair, pra me tranquilizar, pois ficar sem notícias me deixa nervoso me causando a dores de cabeça.
_Acho que você deveria ir embora. _Eu desviei o olhar do meu celular ao ouvir as André e gostaria muito de dizer algo que se compra ao tom que ele usou comigo, mas eu apenas o ignorei e voltei a atenção para o meu celular. _Quando ela está melhor eu posso te ligar.
_Nao você não vai me ligar. _Falei respondendo rapidamente uma pergunta de Anna. _E eu não vou sair daqui, não sem falar com ela ou saber como ela e o bebê estão.
_Nao quer me contar a história de você ser Miguel sendo que sei que você se chama Porthos.
_Creio que sua irmã mereça essa explicação primeiro. _Falei o olhando novamente e o ouvir resmungar algo.
_Andre. _Um senhor alto com jaleco branco se aproximou e André se colocou em pé eu fiz o mesmo.
_Dr. Nataniel, como ela está.
_Jessica tá bem, e o bebê também, foi somente uma queda de pressão, ela já acordou e tá chamado por você. _Andre guardou o seu celular e o vi se afastar com o médico eu tentei ir mais ele me olhou.
_Ninguem o chamou.
_Eu tenho o direito de ver ela. _Falei dando um passo na sua direção.
_Nao, não até ela querer vê-lo, até lá você não pode entrar, afinal você não é nada dela.
_Eu sou o pai do bebê. _O médico olhou e logo Andre se virou mais uma vez. _Eu tenho direito.
_Isso é ela que tem que decidir. E não não posso ter certeza se você é ou não pai do meu sobrinho.
_Sobrinho? Então é..._ Ele deu um pequeno sorriso e pegou o celular novamente.
_Sim é um menino, agora espere uma ligação, se ela quiser te ver te ligarei, Rhana vai me mandar o numero.
_Nao é mais fácil me pedir?
_Ja estou perdendo muito tempo aqui Miguel, quero dizer Porthos, minha irmã tá me esperando. _Sendo assim ele guardou o celular e se afastou acompanhando do médico e eu frustrado e irritado me sentei mais uma vez.
Passou minutos até que o meu celular tocasse, um número não conhecido então o atendi.
_Voce é muito desgramado, quer dizer que pra te achar eu só deveria ter falado com Rhana, e eu procurando pelo resto do mundo inteiro e você estava assim tão perto.
_Quem é?? _Perguntei não reconhecendo a voz da mulher que falava.
_Rose! Prima da Jessica, não acredito que você mentiu até sobre seu nome.
_Rose eu...
_Ta! Tá! Eu sei... só tô ligando pra dizer que Rhana me passou seu número e já que André não me responde mais eu tive que ligar pra você. Como minha prima está?
_Bem, quer dizer o médico disse que foi só uma queda de pressão, mas eu ainda não a vi.
_Espero que ela de ter um pelo chute massa sua linda bunda, só por fazer a minha princesa sofrer esses meses.
_Eu sinto muito, eu...
_É eu imagino que tenha uma explicação enorme pra dar, mas não sou que devo ouvir, como tá Aramis?
_Aramis? Bem, Aramis tá bem. _Falei meu confuso pela mudança de assunto, mas se ela conhece Rhana provavelmente conhece meu irmão também.
_Fico feliz em saber disso, te ligo depois que a minha prima lhe fizer comer o pão que o diabo amassou, até Miguel. _E com isso ela desligou eu acabei salvando o número dela e quando ia guardar o celular uma notificação no meu WhatsApp surgiu, e apesar de não reconhecer o número eu vi sabia que era André.
Quarto 48, infelizmente ela quer te ver.
Eu demorei alguns minutos até encontrar o quarto, afinal André estava na porta com os braços cruzados me esperando.
_Nao faça ela ficar nervosa, o médico pediu pra ela maneirar nas emoções E sinto que você é exatamente o contrário que ele pediu, então pense bem no que vai dizer pra minha irmã, ela se acha mulher maravilha quando a questão é cuidar dos irmãos, mas esquece que ela precisa de cuidados.
_Nao vou fazer nada pra fazer ela se sentir mal.
_É o que espero. _Ele disse abrindo a porta e dando um passo para o lado para que possa passar. _Ela é valiosa demais Porthos.
_Eu sei. _Falei acreditando que ele só queria o melhor da sua irmã, a proteger e por esse motivo dei alguns passos e entrei no quarto.
Jessica estava sentada na cama e abriu bem os olhos quando me viu, como se fosse algo que sua mente estivesse criando, vi rapidamente lágrimas tomarem conta dos grandes olhos verdes que ela tinha.
_Miguel. _Ela falou e logo limpou as lágrimas que caiem e estendeu o braço deixando claro que gostaria que fosse até ela, e assim fiz, em alguns passos peguei a sua mão, e me sentei na beirada da sua cama. _Por favor diga que não estou sonhando.
_Nao está. _Falei e ela sorri Lu secando as lágrimas novamente. _Jessica eu...
_Nao importa, não agora, só... _Ela respirou fundo e levou a minha mão que segurava a sua até a sua barriga. _So importa que você voltou, e eu sinto que tudo ficará bem. Estamos seguros com você.
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