Prologo

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Não revisado

JESSICA MIRANDA

Fiquei sentada por alguns instantes. Olhando para todo o lado do quarto, e com medo eu ainda não tinha saído do lugar, cada passo poderia ser um completo desastre.

A minha sorte havia ido embora, ele tinha desaparecido, e com ele foi meu coração.

Ele tinha se tornado a minha sorte, tinha me feito parar de sentir medo, mas agora sem ele, toda a onda de azar poderia voltar e depois de dias vivendo no paraíso, agora sentia que as trevas estava na minha volta.

Estava com medo.

Cresci vivendo com o azar, a má sorte estava comigo a vida toda, mas depois de conhecer Miguel a minha vida tinha um pouco mais de sorte, nada de ruim tinha me acontecido, e agora sem ele tudo parecia prestes a dar errado.

_Jessica. _A voz da minha prima me fez olhar em direção da porta. _Você tem que sair do quarto.

_Encontrou ele? _Perguntei ignorando tudo que ela queria me dizer.

Ela negou se aproximando.

_Me desculpe Jessica, mas parece que ninguém conhece Miguel Vasconcello, é como ele nunca estivesse existo.

_Você acha que ele mentiu até o nome? _Perguntei trazendo a coberta para mais perto.

_Ele era um acompanhante, ele pode ter metido por tudo.

A sua frase me fez lembrar das histórias que ouvir ele contar, da sua família, da sua mãe, dos irmãos e dos sobrinhos, tudo parecia tão verdadeiro, ele teria mentido sobre tudo, inventado toda uma história para me enganar, enganar a minha família, pois eu já sabia que ele era uma farsa, estava pagando para ele ser perfeito.

E ele tinha sido muito mais que perfeito, talvez tudo realmente fosse uma mentira, até nossas noites juntos e as palavras doce que ele me disse.

Mas uma coisa era verdade, aquele bebê dentro de mim.

Uma criança estava se formando ali em meu ventre, e precisava encontrar Miguel ou seja lá quem ele fosse para que pudesse dizer o que havia acontecido, qual foi a consequência da nossa mentira.

_Você precisa sair do quarto. _Olhei minha prima e a encarei como se ela fosse uma louca. _Jessica ele não era um trevo de quatro folhas, ele não era sua sorte.

_Claro que era. _Falei querendo de uma vez por todas que ela entendesse. _Eu não tivesse nenhum azar quando ele esteve comigo, andei de bicicleta depois de anos, fiz coisas que nunca faria e depois que ele se foi, eu quase morri atropelada, fiquei presa no elevador e cair na escada, eu quase perdi o meu bebê.

_Coisas ruim acontecem com todo mundo.

_Nao! _Falei de uma maneira ruído, coisa que não gostaria de fazer com ela. _Coisas ruins acontecem comigo, e até não encontrar o Miguel, seja lá quem ele seja eu não vou arriscar a vida do meu bebê saindo desse quarto correndo o risco de um foguete cair na minha cabeça. Encontre ele.

Ela ficou em silêncio, como se sentisse muito a mulher na qual eu me tornei, talvez ela me conhecia mais.

Pode ser que tivesse mudado, eu sempre lidei com o azar sozinha, sempre estava preparada para o que fosse que ele tivesse para mim, por isso usava a mochila por todos os lados, mas agora não era só eu, não poderia arriscar perder esse bebê.

Precisava encontrar Miguel, e com ele teria a sorte novamente, mesmo que fosse até o bebê nascer, pois o que me importava agora era o pequeno ser humano que crescia em mim, se depois que ele nascesse Miguel quisesse sumir eu não me importava, só precisava de sorte para ter o bebê.

O amor que sinto pelo pai da criança poderia ser esquecido.

_Vou tentar encontrar ele. _Foi tudo que ela disse antes de sair e fechar a porta do quarto.

Me deitei novamente, e ali com a cabeça no travesseiro desejei que ele aparecesse novamente, apenas para me ajudar naquele momento.

_Onde você está Miguel? _Perguntei baixinho para mim mesma querendo que ele pudesse ouvir.





Em breve.... o livro terá início após o término do livro PORTHOS!

JESSICA #3.5 Onde histórias criam vida. Descubra agora