[N/A: Pessoal, eu sei que Armandinho não tem nada a ver com nada, ainda mais considerando que as músicas dos capítulos são da lista que o Richie fez pro Eddie, massssss, eu perdi uma aposta com meu namorado e prometi pra ele que colocaria uma música do Armandinho no capítulo 16. Como o 16 vai ser o último, deixei pra colocar no 15. Peço desculpas duhuihfidshf. Alternativamente, o título desse capítulo deveria ser "15. The west coast pop art experimental band - I won't hurt you". Espero que gostem e até terça que vem!]
Richie
— Richie, qual é. — Disse Beverly. — Você tem que sair dessa fossa.
Richie tragou o cigarro e jogou a latinha de cerveja para dentro da sacola de papel.
— Eu não to na fossa, Beverly. E você tá na frente do meu sol.
— Ah não tá? Você tá deitado numa cadeira de praia, no meio tarde, bebendo cerveja quente.
Beverly puxou os óculos escuros que Richie usava, quase o deixando cego pela luz forte.
— Olha, até onde a minha mãe sabe, é coca. — Disse Richie, erguendo a lata vermelha genérica.
Beverly sacudiu a cabeça e sentou-se na cadeira de praia ao lado. Richie voltou a cabeça pra ela.
— Bev, é o último fim de semana quente do ano, o que você esperava que eu fizesse?
— Saísse dessa fossa e se arrumasse pra festa comigo.
Richie suspirou. Havia três meses desde o início das aulas, e estava ficando cada dia mais parecido com o inverno. Greta Bowie estava aproveitando que seus pais tinham viajado naquele fim de semana para dar uma festa de fim de verão, mesmo que o verão já nem estivesse por perto.
— Eu não vou pra essa festa. — Richie disse. — Eu me recuso. A minha vida começou a dar errado quando eu fui pra uma festa na casa da Greta.
— A Greta pode ser uma desgraçada mas ela não tem culpa das coisas que te acontecem, Richie. Vamos, vai ser legal. Você precisa começar a superar.
Richie estava prestes a dizer que não precisava superar nada, porque estava tudo bem, quando eles ouviram a porta dos fundos da casa se abrir.
— Richie, tem outra das suas amigas aqui. — Disse a mãe dele à porta, dando espaço para que Louise passasse.
Ela se aproximou, cumprimentou Beverly e sentou-se ao seu lado.
— Qual foi? — Disse Richie. — Et tu, Louise?
— Pelo amor, Richie, você tem que sair de casa. — Disse Louise, e Beverly concordou.
Richie apagou o cigarro e jogou a ponta dentro do saco de papel com as latinhas vazias.
— Gente eu não preciso superar nada, ok? Tá tudo ótimo por aqui.
Louise e Beverly trocaram olhares. Richie suspirou.
— Não quero ver o Eddie. Ok, tá bom? Será que eu tenho esse direito?
Ele não queria ver Eddie, e principalmente não queria ver Eddie com aquela menina que andava pendurada nele ultimamente. Ele jurava por Deus que ela era só uma amiga e parceira no projeto de química em que estavam trabalhando, mas Richie quase explodia de ciúmes quando a via. E estava tentando não se sentir assim, porque sabia que esse direito ele não tinha, e ela nunca havia feito nada de errado. Mas ainda assim era difícil não se sentir uma merda toda vez que ela passava com aquela porra de cabelo loiro perfeito descendo pelas costas. Richie estava de mau humor havia dias, e sabia que as amigas já não aguentavam mais aquilo.
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Boys Don't Cry - Reddie
Storie d'amore1989 - Richie Tozier podia ser um otário aos 16 anos, mas pelo menos era feliz. Ou pelo menos era o que pensava, sentado com os amigos em um clube escondido embaixo da terra. As preocupações da adolescência - que iriam parecer bobas em poucos anos...