A ACOMPANHANTE

CAPÍTULO 16

kathelly!

Através da vidraça do meu quarto, que dá uma visão direta para a praia de Malibu, da pra ver que o dia de hoje já começou agitado... Há uma boa quantidade de pessoas na praia, alguns ambulantes já estão chegando para trabalhar e o trajeto já começou bem cedo, o que é uma coisa normal para um lugar desse grande, bonito e cheio de vida.

Nasci e fui criada em Miami até os meus quinze anos de idade para ser mais exata, mas assim que completei esses benditos quinze anos, meu pai teve que se mudar para Los Angeles por conta de uma proposta de emprego, e desde então nós moramos nessa cidade maravilhosa.

Bom, aqui em Malibu pra ser sincera não é um lugar ruim pra mim, o que se torna ruim são os suburbanos que vivem em parte dessa cidade... Em um canto que é infestado de favelados e embustes que já deveriam ter acabado a anos.

Não é que não goste de favelados ou pobres, mas acho que essa gente deveria ficar bem longe de pessoas de alto padrão. É horrível ter que abrir a janela da minha cobertura todos os dias e dar de cara com pessoas frequentando a minha praia. Essa gente já deveria está em um lugar a altura do povo deles há muito tempo, isso é um fato e ninguém pode negar!

Estava de escorada na vidraça do meu quarto observando o mar, quando de repente a porta do meu quarto foi aberta me pregando um grande susto... Quem ousa abrir essa merda sem bater antes? Só pode ser a folgada da josie!

- Senhorita? Sua mãe pediu para avisar que a mesa do café já está posta.- a voz da imbecil da empregada soou atrás de mim tirando todas as minhas dúvidas.

Parece até que essa mulher tem retardo mental, porque ela nunca entende as minhas ordens... Se fosse por mim ela já estaria na rua há anos, mas a tonta da minha mãe agora inventou de fazer caridade para esses suburbanos.

Viro-me imediatamente em sua direção ficando de frente para ela, me afasto da vidraça caminhando até ela e paro de frente olhando-a de cima a baixo.

- Josie, você tem algum retardo mental?- pergunto a fitando com um certo ódio dentro de mim.

Ela abaixou sua cabeça assim que ouviu minha pergunta fazendo aquela cara de cachorro arrependido, mas isso não cola comigo.

- Não senhora... Sei que a senhora não gosta que entre em seu quarto sem sua permissão, mas sua mãe me pediu, foi só por isso que entrei.- ela se explicou choramingando.

- Não importa se foi minha mãe ou se foi o papa, nunca mais entre aqui sem ouvir um sim da minha boca ou você vai parar no olho da rua... Agora saía já daqui e me deixe em paz!- a adverti sendo direta e reta.

Essa gentinha tem que ser tratada dessa forma, se der muita corda pode ter certeza que eles se aproveitam ao máximo, mas comigo NÃO!

Esses episódios me faz ter tanta saudade do meu apartamento, lá ninguém tem a audácia de se opor a uma ordem minha, mas infelizmente ele está em reforma, então tenho que aguentar esse povinho mal educado que trabalha para meus pais... Não vejo a hora de voltar para casa, minha casa!

Como já estava pronta há mais de meia hora, resolvi sair do quarto e tomar café com a minha família, coisa que não faço há um bom tempo!

- Ahh, olha quem acordou... Bom dia minha bonequinha, como foi sua noite?- meu pai me questionou assim que colocou seus olhos sobre mim.

Meu pai é a melhor pessoa desse mundo, eu o amo e me acho totalmente parecida com ele. Já o meu relacionamento com a minha mãe é bem diferente... Ela é bem diferente de mim, e isso me irrita!

- Bom dia papai! Tive uma noite tranquila e dormi muito bem, obrigada por perguntar!- o respondi carinhosamente enquanto me juntava a eles na mesa.