Já tem algumas horas que estou nesse navio com mais alguns shinobis, não são muitos, mas parece que eles têm missões em outros países visto que não escutei nenhum deles dizendo que iria ao País da Água, que é o meu destino.
Está quase anoitecendo e, enquanto os outros ninjas estão conversando nos alojamentos, eu estou aqui fora, sozinha na popa do navio, olhando a Lua que está bem esquisita.
Eu não acho que deve ser só impressão, pois, para mim, é como se ela estivesse mais próxima da Terra; contudo só vou poder confirmar minhas suspeitas quando eu for falar com a Mizukage.
Falando nela, faz muito tempo que não a vejo e vai ser bom revê-la depois que tudo se manteve estável, uma vez que desde a Quarta Guerra Mundial Shinobi, eu só fui poucas vezes à Kirigakure a trabalho.
Infelizmente, essas idas não foram bem aproveitadas porque quase não falei com ela ou com Choujurou, tudo foi bem corrido e espero que dessa vez seja diferente.
Eu queria poder ir mais vezes à Vila da Névoa sem ser a trabalho, mas como é impossível, eu tento aproveitar ao máximo o pouco tempo que tenho.
Eu queria poder falar ao Choujurou que gosto dele, mas não acho que devo, visto que a distância é bem ruim para nós. Além disso, o mar atrapalha bastante e não quero estragar a nossa amizade e nem parar de ir à Kiri por ser recusada… seria humilhante demais.
Então já que não posso ficar ao seu lado como desejo, só de estar próxima quando venho nessas missões já é o suficiente para mim. Na verdade, não é nada suficiente; mas tenho que me contentar com isso.
Ele continua com o seu jeitinho de sempre, mesmo que 3 anos tenham se passado, sua timidez o domina e até acho fofo quando fica sem jeito e todo vermelho de vergonha. Dá muita vontade de apertá-lo quando está assim, mas, para a minha infelicidade, tenho que me segurar.
Parei de pensar nele, ignorei a Lua e apenas fiquei observando o movimento das águas até sentir frio e ir me juntar aos ninjas, que se mantiveram nos alojamentos.
Mais algumas horas se passaram e, de longe, vi as luzes do porto de Kiri, me animei por finalmente estar chegando na vila e esperei mais alguns minutos para sair da embarcação.
Quando o navio parou de se mover, desci e andei pela ponte-cais até alcançar Choujurou, que esfregava as mãos uma na outra, eu sabia que estava nervoso e incomodado com algo, então me apressei e rapidamente o alcancei.
S/n: ─ Oi, está tudo bem?
Choujurou: ─ A-Ah, está sim.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
