Imagine Naruto Clássico e Shippuden

Madara

Estava distraído andando por Konoha quando uma mulher aparece correndo atrás de um cachorro e se esbarra em mim.

Nem liguei para isso, eu só queria ir até o lago onde Hashirama e eu brincávamos quando éramos crianças. Ah, falando nele, nós brigamos mais uma vez, e agora eu só queria ir naquele lago para esfriar a cabeça.

Quando cheguei lá, nunca imaginei que aquela mulher que se esbarrou em mim há alguns minutos atrás, estivesse lá. E novamente, ela não me viu e entrou na mata atrás do seu cachorro descontrolado.

Deitei em cima das pedrinhas da beirada do lago e fechei os olhos, estava querendo apreciar aquela brisa fresca que a água correndo me proporcionava.

Depois de alguns minutos, uma sombra se faz no meu rosto. Abro os olhos e vejo aquele mesmo cachorro. Ele parecia estar bem feliz em me ver, não ficou com medo e começou a lamber meu rosto. ─ Levantei e tentei fazê-lo parar de me lamber.

S/n: ─ Chimi, volta aqui! Nem sei por que invento de tentar levar você para passear. ─ Consegui escutar a mulher chamando seu cachorro, ela saiu de trás de uns arbustos e olhou em volta procurando pelo animal. ─ Vejo que encontrou alguém ─ Ela andou até mim e se sentou ao meu lado.

Estava me perguntando o porquê dela fazer isso. Geralmente, as pessoas evitam até de fazer contato visual comigo. Eu praticamente não existia naquela vila.

S/n: ─ Oi. Sou a S/n, prazer em conhecê-lo. ─ Disse estendendo a mão para me cumprimentar.

Madara: ─ Oi ─ Falei meio receoso, mas logo estendi a mão retribuindo seu cumprimento.

S/n: ─ Você é um dos fundadores de Konoha, certo?

Madara: ─ Sim... Não sei se você se lembra, mas hoje, você esbarrou em mim.

S/n: ─ Não consigo me lembrar do seu rosto. Provavelmente eu estava correndo atrás do Chimi e nem te vi.

Madara: ─ Estava mesmo.

S/n: ─ De qualquer forma, peço desculpas, foi sem querer.

Madara: ─ Tudo bem ─ Sorri. Chimi se deitou ao meu lado e colocou a cabeça em cima da minha coxa.

S/n: ─ Ele gostou de você. Chimi não é de agir assim com pessoas desconhecidas.

Será que este cachorro tinha algum tipo de problema? Nem os cachorros da vila gostam de olhar para mim. Por que ele chegaria a esse ponto? E por que esses dois são tão amigáveis comigo? Não consigo entender.

Alguns meses depois...

Não aguento mais ficar nesta vila. As pessoas continuam me olhando estranho e até me evitam, e isso me incomoda muito. Esse é um de vários motivos que tenho para não ficar mais nesta vila.

Eu não pertenço a esse lugar, nunca pertenci. E Hashirama e eu ainda estávamos sem nos falar. Nossas ideias de como ter paz eram completamente diferentes... e isso ainda causa muita discórdia entre a gente. Vou desertar de Konoha e a s/n tem que vir comigo.

Estou indo até ela para ver se ela aceita a minha proposta. A encontro sentada em um dos bancos perto da academia ninja que estava sendo construída, vou até lá e me sento ao seu lado.

Madara: ─ Oi, s/n.

S/n: ─ Oi ─ Falou desanimada.

Madara: ─ O que deu em você? Cadê a sua alegria de sempre?

S/n: ─ Estou com um pressentimento ruim.

Madara: ─ Desde quando?

S/n: ─ Desde de manhã, mas logo voltarei ao normal, não se preocupe.

Ela não está bem, nem se virou para falar comigo. Não vou preocupá-la com isso agora, vou escrever um bilhete contando o que pretendo fazer e vou entregá-lo a ela.

Madara: ─ Aqui está, leia mais tarde ─ Coloquei o bilhete na sua mão e saí.

[...]

P.O.V ON: S/N

Ontem, Madara me entregou um bilhete já que eu não estava muito sociável. Aquela sensação ruim não passava, depois de um tempo, fiquei um pouco melhor e fui ler o que ele queria dizer.
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S/n, não me sinto "em casa" em Konoha, pretendo abandonar tudo e quero que você venha comigo. Vou estar te esperando naquele lago às 09:00 da noite. Vou te esperar até dez minutos depois da hora marcada, se eu não te ver, vou me convencer de que a sua resposta é um não.

Madara ____________________________________

Mal termino de ler e saio correndo. Por que fui ler logo agora? Não vai dar tempo! Corro o mais rápido possível e ao mesmo tempo, com muito medo de que não desse tempo. Quando chego no lago, ele já estava saindo.

S/n: ─ Madara! ─ Gritei. Ele olhou para trás e voltou.

Madara: ─ Cadê o Chimi? ─ Não o respondi. ─ Você não vem, não é?

S/n: ─ Não.

Madara: ─ Então, porque veio até aqui?

S/n: ─ Não quero que você vá.

Madara: ─ Já está decidido.

S/n: ─ Por favor, não faça isso!

Madara: ─ Então... isso é um adeus. ─ Ele virou e já estava pronto para ir. Eu tinha que impedi-lo de alguma forma, mas como? Ah, já si!

S/n: ─ Madara, eu te amo praga! ─ Ele virou de novo com os olhos arregalados. Não parecia acreditar no que falei.

Madara: ─ O que você disse?

S/n: ─ Disse que te amo.

Madara: ─ Por que você fala isso logo agora?

S/n: ─ Porque estou te perdendo... não quero que vá, fique.

Madara: ─ Venha comigo. Nós podemos ir para todos os lugares.

S/n: ─ Eu não quero ir, a minha casa é aqui, pertenço à Konoha.

Madara: ─ Tudo bem, eu vou de qualquer jeito.

Ao ouvir aquilo, meu coração se despedaçou. Será que ele não se importa com o que acabei de falar? Imediatamente me virei e saí andando, eu não queria mais olhar na cara dele. Se ele quer ir, que assim seja.

P.O.V ON: MADARA

Madara: ─ Estou brincando amor, não vou fazer isso. Te amo demais para te largar assim. ─ Falei a abraçando por trás.

De repente, sinto algo úmido caindo nas minhas mãos. Ela vira para mim, e com os olhos cheios d'água, diz:

─ Seu idiota! Nunca mais me assuste desse jeito! ─ Ela me deu um soco no peito e depois me abraçou escondendo o rosto que estava todo molhado.

Madara: ─ Me desculpa, não vou fazer mais isso. ─ Falo tirando alguns fios de cabelo que estavam grudados em seu rosto, e em seguida, a puxo para um beijo. ─ Você aceita ser a namorada desse cara complicado?

S/n: ─ Nem preciso responder, né?

Madara: ─ Não ─ Sorri.

S/n: ─ Não se preocupe, amor, nós vamos resolver todos os seus problemas.

Madara: ─ Muito obrigado, você é um anjo mesmo.─ Eu disse dando um selinho em sua testa.

S/n: ─ Vamos voltar para vila?

Madara: ─ Vamos. Aonde você for, eu vou.