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Num toque rápido e ágil, ambos estavam no sótão. Ao fechar o alçapão, Jane foi envolvida por beijos na nuca, rumando para o pescoço até Aidan encontrar sua boca. A pele do garoto formigava desejo, um desejo profundo pela pele macia e convidativa da garota em sua frente.

     Num ato rápido, Duchannes se afastou de Aidan e se deitou na cama feita do seu quarto. Aidan a encarou, à sua frente, por algo que pensou não ser mais que cinco segundos... Ele concluiu então que esta era a visão mais perfeita dos céus e infernos.

     Jane envergava uma calça mom jeans surrada e um sutiã que parecia ter sido escolhido muito bem. Aidan mordeu o lábio e se encaixou entre a menina. Dessa vez, a iniciativa do beijo foi unicamente de Jane Rose, que posicionou perfeitamente suas pernas ao redor do tronco de Aidan. O garoto, já não aguentando a ansiedade de seus hormônios que ferviam, tocou no metal gélido do botão da calça de Jane, porém, inseguro, ele demorou tanto para realizar o ato a seguir que Jane a abriu.

     Aidan deslizou o jeans pelas pernas de Jane. Logo, deslizou suas mãos quentes e precisas em sua pele, queimando onde passava. Jane agradeceu internamente por já estar escurecendo lá fora e dentro do quarto, assim a iluminação não estava tão contra sua insegurança. Aidan, por sua vez, desejava toda essa luz para o ambiente, para satisfazer-se visualmente pela visão da garota que ama entregue à ele.

     — Eu sou completamente apaixonado por cada detalhe seu — Aidan disse ao pé do ouvido da garota, que levantou-se fazendo menção para Gallagher deitar-se em seu lugar. Assim que fez, Jane tirou com sutileza a calça que Aidan vestia, era um dos seus típicos moletom. Ao ver-se livre da peça, Jane o encarou e corou quando reparou em seu volume. Sentiu-se tentada pelo garoto. Sentiu as benditas borboletas sobrevoarem o céu de sua barriga, sentiu um desejo insaciável.

     — Você tem certeza, amor? — Jane encarou Aidan na luz fraca de início de noite. Balançou a cabeça positivamente. — Quero que diga — Aidan carregava uma séria expressão no seu rosto, esperando a resposta. Sua voz era um eco distante no sótão, misto de calmaria e ansiedade. 

     — Eu tenho a certeza que quero você, Gallagher.

     Aidan sorriu terno, beijou as maçãs do rosto quente de Jane Rose e tocou seus lábios com suavidade. Jane, não querendo mais esperar, montou no garoto que arfou com o contato repentino das peças tão finas que os separavam. Tecidos finos, peles e camadas, esse contato e essa necessidade. Um desejo em comum. A atmosfera do ambiente, o vinil que ainda tocava na esquina de alguma parede do sótão. A acústica que a madeira criava, fazia parecer que o ar havia sido comprimido embaixo daquele colchão, entre as madeiras dos pallets. 

     A magia que é quebrada num estalar de dedos, igualava-se ao toque de chamada vindo do celular de Aidan. Típico, sempre tem um para ligar nas horas indevidas. Da mesa de cabeceira, o celular iluminava os semblantes nitidamente decepcionados com a intromissão. 

     — Puta merda — Aidan revirou os olhos, aflito com a situação. Tentaram ignorar, Jane ainda mantinha Gallagher embaixo do seu corpo curvado, suas testas encostadas e as respirações descompensadas. Aidan apertou a cintura de Jane, a fazendo arfar no momento que a chamada cai no caixa-postal, contudo, quem ligava era insistente.

     — Atenda, amor... — disse Jane. Aidan sorriu com "amor", quem costumava chamar o outro assim, era ele. Por isso não resistiu ao pedido de sua amada e mesmo contra sua vontade, atendeu seu amigo: 

     — Fala, Oliver. Espero que seja muito importante — Jane Rose ouviu Aidan falar assim que alcançou o aparelho. — Porra, eu esqueci... Ok, vou ver o que faço. Beleza... Até depois, bro.

ϲєє & ϲιgαяєττєѕ ❥ gαℓℓαgнєяOnde histórias criam vida. Descubra agora