ϲєє & ϲιgαяєττєѕ ❥ gαℓℓαgнєя

❦ 08 ❦

Realmente, Aidan não mora muito longe da loja onde Jane Rose trabalha. Jane observava minuciosamente cada passo que dava durante o trajeto; passaram pelo parque onde se encontraram ontem e isso fez a tímida garota lembrar do beijo na bochecha que recebera, na despedida. Aquele toque simples e singelo fez Jane ter dificuldades ao pregar os olhos à noite.

     — Se você não se importa, irei colocar o CD da NeverShoutNever! para tocar enquanto faço nosso almoço — o menino anunciou como se preparado para uma recusa, fazendo Jane sorrir.

     — Me importar? — ela soltou uma risada anasalada. — Eu irei amar!

     Aidan estava levemente nervoso, mas havia pensado muito sobre o convite e realmente estava decidido que era o que ele queria. Disso ele estava seguro, porém, o jovem tinha receio sobre tantas coisas. Ele já havia falado sobre o vício em cigarros da menina – o que não foi muito bem aceito por ela – e mais cedo havia reclamado de sua alimentação. Claro, Aidan estava com a melhor das intenções, tendo em vista sua tamanha preocupação com a menina franzina e ligeiramente pálida. 

     — Eu moro aqui. — eles param em frente a uma casa relativamente grande e bonita, assim como outras naquela rua. — Pertinho, viu? — algo na voz do garoto tinha de entonação animada, sabendo que mora perto de pontos onde ele encontraria a menina além de seu endereço; na loja de discos e CDs além da cafeteria Cold Gold.

     Ao adentrar a casa, Jane se encantou com a sala grande e bem arquitetada, com mobílias rústicas de madeira maciça à combinar e objetos de decoração naturais e sofisticados. Jane achou incomum um lugar ser tão aconchegante e claro, pois onde ela está acostumado é escuro, principalmente o seu quarto no sótão, apesar de confortável.

     — Irei subir rapidinho pra buscar meu brteyes no quarto, enquanto isso, a cozinha é logo ali — Aidan apontou sinalizando e desapareceu escadas à cima. Jane franziu o cenho para o nome desconhecido por ela mas o garoto já havia desaparecido de vista.

     A menina admirou os detalhes da casa do menino enquanto se encaminhava cuidadosamente ao cômodo indicado, com medo de esbarrar nos vasos de grandes e vivas plantas. Lírios, costela-de-adão e jibóias suspensas. a sala era amadeirada e biofílica, indo contra a fachada moderna.

     Ao retornar, o CD passou a encher a cozinha com as músicas da banda favorita de Jane Rose, fazendo sentir-se confortável na casa de Aidan.

     — Irei fazer Penne Marinara, você gosta? — Aidan dobrou as mangas longas de sua camisa acinzentada até os cotovelos.

     — Sim, adoro macarrão! — respondeu a menina, indo para o lado de Aidan, no balcão principal da cozinha. — Você quer que eu faça algo?

     — Ah, sim, eu quero — ele olhou pra ela e sorriu. — Quero que você me conte mais sobre você enquanto apreciamos a música e eu faço sozinho nosso almoço! — Aidan estava animado e sorridente, entretanto, Jane ficou recuada. Ela não queria mostrar quem realmente é, sua história traumática e sem vida que ela tem.

     Em contrapartida, Aidan a faz sentir-se tão bem que ela não se importa a ponto de planejar sua saída sorrateira; mas as coisas estão mudando para Jane. Ela não percebia que precisava de uma alma amiga até conhecer o menino. Mas... bem, Jane Rose sabia que uma hora ou outra teria de fazer aparecer quem realmente é, quem ela não tenta ser quando está na companhia de terceiros. Por outro lado, Gallagher queria saber quem menina Jane era quando ninguém a está vendo, quando ela está em seu quarto depois de executar sua monótona rotina. Quais são suas manias mais emngraçadas e qual foi o seu maior mico da vida. Porém, Jane, se assustava com a intensidade de menos de uma semana.