Now or Never

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1995, Hollywood 

A mais nova banda iria tocar no Teatro Orpheum. Dá pra acreditar? Isso é um sonho!

Pois é, era exatamente isso que os quatro garotos pensavam aquele momento. Luke, Reggie, Alex e Bobby formavam a Sunset Curve, e iriam realizar este sonho dali a duas horas. 

- Um, dois, três!

Take off, last stop

Countdown till we blast open the top

Face first, full charge

Electric hammer to the heart

Clocks move forward

But we don't get older, no

Kept on climbing

Till our stars collided

And all the times we fell behind

Were just the keys to paradise

Don't look down

'Cause we're still rising up right now

And even if we hit the ground

We'll still fly

Keep dreaming like we'll live forever

But live it like it's now or never

Quando o último acorde da música acabou, os garotos agradeceram, sendo elogiados por quem estava ali. Uma garota que limpava as mesas aplaudiu.

- Obrigada, somos a Sunset Curve! - Reggie agradeceu no microfone.

- Pena que era só um ensaio, nunca tocamos tão bem - Bobby opinou, trocando um toque com o amigo.

- Mais tarde a casa estará cheia de figurões de gravadoras - Luke disse, animado.

- Alex, você foi um arraso - Reggie exclamou.

- Eu estava só aquecendo. Vocês que mandaram ver - o baterista replicou meio envergonhado. 

- Só uma vez, aceite que é incrível - o baixista insistiu. Alex olhou para os colegas e, vendo que todos concordavam, acabou cedendo.

- Beleza, eu fui um arraso - admitiu sorrindo.

- Melhor a gente comer antes do show - Luke sugeriu. - Que tal um cachorro-quente?

- Boa - Alex concordou. Bobby desceu do palco rapidamente, se dirigindo à garota que os aplaudira antes.

- Estou de boa - disse, se apoiando na mesa. - Vegetariano. Jamais machucaria um bichinho - e piscou para a morena.

- Vocês são demais - ela admitiu. - E olha que vejo muitas bandas. Já estive em algumas, também. Me fisgaram legal.

- É isso que queremos. Aliás, sou o Luke - se apresentou, sendo seguido pelos amigos. 

- É um prazer, galera. Sou a Rose - seguiu os garotos, sorrindo. Reggie a entregou um CD.

- Nossa demo, e uma camiseta. Tamanho: gata - ele piscou.

- Valeu - ela riu levemente. - Prometo não limpar mesas com ela.

- Melhor assim - Alex disse. - Até porque, se molhar, ela vai esfarelar nas suas mãos - terminou meio constrangido. 

- Vocês não iam pegar cachorros-quentes? - Bobby lembrou os amigos.

- Verdade - Luke concordou, se apoiando na mesa perto de Rose. - Ele almoçou hambúrguer - contou, logo saindo do lugar e sendo seguido por Alex e Reggie. 

Eles abriram as portas e saíram para a rua, animados e sorridentes.

- Era isso que eu queria! - o guitarrista exclamou.

- Sentir o cheiro da Sunset Boulevard? - o loiro perguntou, confuso.

- Não - revirou os olhos. - O que aquela garota falou. Sobre a nossa música. É a energia que nos conecta com o público. Quando tocamos, sentem nossa vibe. Quero que todos se conectem com a gente.

- Então precisaremos de mais camisetas - Reggie falou, fazendo os amigos rirem. 

- Vamos, galera - e então os três foram comer os tais cachorros-quentes. 

☆♬○♩●♪★♪●♩○♬☆

- Vamos lá, mamãe, por favor! - a garota implorava. - Por que não podemos ir ver o Luke tocar?

- Eu discordei desde o início dessa ideia de entrar em uma banda aos dezessete anos - a mulher respondeu enquanto arrumava a mesa.

- Mas eles vão tocar no Orpheum! Não é demais que tenham chegado onde estão?

- Será que preciso lembrar do que seu irmão disse à você quando foi embora? Ou se lembra de que ele gritou para deus e o mundo que você era somente uma pirralha que atrapalharia tudo? - a mãe exclamou irritada, não se dando conta do que havia feito. Quando não recebeu resposta, virou-se e viu sua filha com os olhos cheios d'água, com as mãos tapando a boca. Ela arregalou os olhos. - Oh meu deus, me perdoe Lily, não pensei no que disse - mas era tarde demais. A garota saíra correndo em direção ao seu quarto, trancando a porta.

Não era segredo para ninguém que Lilith só se dava bem com seu irmão naquela família, então foi um choque gigante quanto ele disse aquelas coisas para ela. E no fundo, a menor sabia que ele havia dito aquilo tudo no momento da raiva, ela podia ser bem insistente quando queria. Mas ainda doía quando lembrava daquele dia. Poxa, ela só queria fazer o que amava também! 

Em um momento de raiva, ela pegou um dos porta-retratos em sua mesinha e o jogou na parede. A foto em questão fora tirada em seu aniversário de dez anos, onde seus pais juraram a amar para sempre. Bom, parece que mais um juramento foi quebrado, assim como quando seu irmão jurou nunca a abandonar. 

Algum tempo mais tarde, seus pais estavam sentados no sofá assistindo o noticiário quando a garota ouviu as palavras "tragédia" e "Sunset Curve". Rapidamente abriu uma fresta da porta sem fazer barulho para ouvir melhor. As frases ditas a seguir a chocaram. Seu irmão morto?! Não, não devia ser verdade. Não podia ser verdade. Mas logo foi tudo confirmado, e então seu mundo desabou.

☆♬○♩●♪★♪●♩○♬☆

Oioiii genteee! O que acharam desse primeiro capítulo? Meio curtinho, eu sei, mas foi só para iniciar mesmo.

Eu tive essa ideia literalmente dois minutos antes de ir dormir, e resolvi escrever. Espero que gostem!

A Lilith é quatro anos mais nova que o Luke, então ela tem 13 anos neste capítulo.

Se perceberem qualquer erro de escrita, por favor avisem! Eu não costumo revisar meus capítulos, então posso acabar não percebendo.

Até o próximo capítulo!

ALL I WANT - Reggie Peters (HIATUS)Onde histórias criam vida. Descubra agora